diálogos da transição

Ferro, aço e química verdes selecionados em acelerador da transição

Brasil soma 15 projetos industriais de hidrogênio verde selecionados pelo ITA

Tubos metálicos em indústria siderúrgica (Foto ludex2014/Pixabay)
Com abundantes recursos de energia renovável e minério de ferro, Brasil tem os elementos para se tornar “um gigante do aço verde”, avalia E3G (Foto ludex2014/Pixabay)

NESTA EDIÇÃO. Projetos de hidrogênio verde da Stegra, Green Energy Park e Grupo KWPar são selecionados em plataforma internacional para catalisar investimentos.

Brasil soma 15 empreendimentos no ITA, com potencial de US$ 23 bilhões.


EDIÇÃO APRESENTADA POR

Enviada por e-mail na quarta (15/10/2025)

O Acelerador da Transição Industrial (ITA), plataforma internacional para escalar investimentos verdes, anunciou nesta quarta (15/10) a seleção de três novos projetos no Brasil. 
 
Stegra, Green Energy Park e Grupo KWPar pretendem utilizar hidrogênio renovável para produção de ferro, aço e produtos químicos com baixas emissões, respectivamente.
 
Eles receberão apoio dedicado para identificar barreiras e soluções de política, demanda e financiamento para ajudá-los a atingir as decisões finais de investimento (FID, sigla em inglês). 
 
Com essas três seleções, chegou a 15 o número de projetos do Brasil no ITA. O potencial de investimentos é calculado em US$ 23 bilhões, segundo a plataforma, que conta com parceria do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil (MDIC). 
 
“Países como o Brasil estão aproveitando a oferta abundante e competitiva de energia renovável para se posicionar na vanguarda da indústria do futuro”, afirma Faustine Delasalle, diretora executiva do ITA e CEO da Mission Possible Partnership.
 
Um relatório elaborado pela Mission Possible Partnership (MPP) e o ITA, aponta que o Brasil já conseguiu US$ 6 bilhões de investimento e tem até US$ 55 bilhões em oportunidades anunciadas.



O apoio do ITA no Brasil inclui projetos de empresas como Fortescue, European Energy, Acelen, Votorantim Cimentos, Mizu Cimentos, consórcio Eco Fusion, Alcoa, Solatio, Green Energy Park, Atlas Agro, e Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e Gerdau.
 
São iniciativas que miram a descarbonização da indústria pesada e do transporte de longa distância, responsáveis por quase um terço das emissões globais.
 
E o mundo está de olho nas oportunidades brasileiras. De acordo com o relatório da MPP e do ITA, o país se sobressai com o maior número de projetos verdes identificados na América do Sul e possui o 10º maior portfólio de indústria limpa do mundo.
 
Foram mapeados 23 projetos de indústria limpa de escala comercial, sendo quatro já financiados ou em operação e 19 anunciados e aguardando investimento, em segmentos como químicos, cimento, alumínio e aviação. 
 
O Brasil também lidera o grupo de economias emergentes e em desenvolvimento, fora a China, que, em conjunto, respondem por 25% do financiamento já garantido e 50% do potencial de investimento em projetos de indústria limpa. 


Qual será o combustível nas vitrines da COP? O duelo biodiesel versus coprocessado está de volta. Agora o ringue é a COP30, marcada para novembro, em Belém (PA). Nos bastidores, há uma disputa sobre qual será o combustível dos ônibus que transportarão os milhares de delegados e observadores a circular pela capital paraense durante a cúpula.
 
Certificado no Corsia. A Petrobras anunciou nesta quarta (15/10) que a Reduc, no Rio de Janeiro, recebeu a certificação internacional ISCC CORSIA para produzir e comercializar combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês).

Em defesa do carvão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), defendeu nesta quarta (15/10) a extensão dos benefícios dados às termelétricas a carvão de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul e Paraná. Na Câmara, o PL que trata do tema foi retirado de pauta.
 
Angra 3. Também na Comissão de Relações Exteriores desta quarta, o ministro disse que não há correlação direta entre a compra de participação na Eletronuclear pela Âmbar Energia com a conclusão da usina nuclear de Angra 3.
 
Por falar em Eletronuclear… O TCU recomendou à empresa que, no prazo de 120 dias, estabeleça uma política específica para monitorar e mitigar sua exposição às variáveis de câmbio.
 
Curtailment. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, ratificou o entendimento do ONS de que as distribuidoras podem cortar a carga e a geração de energia, quando necessário para garantir a segurança e a estabilidade do sistema elétrico. Segundo Feitosa, a prerrogativa se estende também a usinas tipo II e à MMGD.
 
Financiamento climático. O Círculo de Ministros de Finanças da COP30 lançou em Washington (DC), nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (15), seu relatório com contribuições para o Mapa do Caminho de Baku a Belém. Produzido e assinado pela coordenação brasileira do círculo, o relatório foi acompanhado por uma Declaração Ministerial assinada por mais de 30 países.

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