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Uma nova chance para as plataformas de Sergipe

Petrobras inicia mais uma tentativa de contratação

Petrobras fará nova tentativa de contratação das plataformas FPSOs que vão produzir em Sergipe Águas Profundas, anuncia Magda Chambriard [na imagem], CEO da Petrobras (Foto Guarim de Lorena/Agência Petrobras)
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na coletiva de imprensa sobre o Plano Estratégico 2050 e o Plano de Negócios 2025-2029 | Foto Guarim de Lorena/Agência Petrobras

NESTA EDIÇÃO.nova licitação para os FPSOs de Seap. 

Senado marca votação do Paten.

MME e MMA assinam manifestação conjunta para incluir 91 blocos na oferta permanente.

Mercado livre sustenta expansão da geração no Brasil. 

Mineradora descobre reservas de terras raras em Minas Gerais.


EDIÇÃO APRESENTADA POR

A Petrobras iniciou no sábado (30/11) a nova tentativa de contratação das plataformas que vão produzir em Sergipe Águas Profundas (Seap). 

  • A estatal vem tentando contratar as duas unidades há três anos, sem sucesso. 
  • A demora levou a atrasos no projeto, que passou a ter previsão de entrada em operação em 2030. Antes, a previsão era em 2028. 

 A baixa competitividade da tentativa de contratação anterior fez a empresa estender o prazo três vezes, antes de desistir da licitação e montar um grupo de trabalho para elaborar uma nova tentativa. A dificuldade de financiamento é uma das principais questões. 

Desta vez, a contratação das plataformas será no modelo build, operate and transfer (BOT), no qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um tempo inicial definido em contrato. Depois desse período, a operação será transferida para a Petrobras.

  • A primeira unidade a ser contratada será Seap 2. 
  • O vencedor da concorrência terá a opção de fornecer também Seap 1, no mesmo modelo BOT.
  • Se isso se confirmar, a previsão é que a Seap 1 entre em operação em 2031. Caso contrário, será necessário abrir uma nova concorrência para o ativo e o FPSO ficaria para 2032.

Sergipe é aprincipal nova fronteira de produção de gás do país. O projeto prevê ainda um gasoduto, com capacidade para 18 milhões de m³/d de gás natural, que deve entrar em operação junto com as plataformas. 

  • As unidades terão capacidade de processar 120 mil barris/dia de petróleo cada e até 12 milhões de m³/d de gás natural, que será exportado diretamente para venda, sem necessidade de tratamento adicional em terra. 

A importância do projeto para o mercado nacional de gás tem gerado insatisfação com a estatal. Na visão do senador Laércio Oliveira (PP/SE) , o atraso no projeto é “conveniente” para a companhia que exerce um papel dominante na oferta de gás natural no Brasil.

  • Para o senador, sem mais gás nacional, o mercado brasileiro ficará mais exposto às importações de GNL, fator que leva o preço de mercado doméstico a ser influenciado pelo internacional.


Paten na pauta. Senado Federal marcou para 4 de dezembro a votação Programa da Aceleração da Transição Energética (Paten), após o relator Laércio Oliveira (PP/SE) desistir das propostas para reduzir a concentração da Petrobras na oferta de gás natural. O calendário foi definido na semana passada, em reunião de líderes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG).
 
Mais gás a caminho. A Equinor recebeu 200 km de tubos de aço para o gasoduto do projeto Raia, na Bacia de Campos, maior projeto de gás natural em andamento no Brasil. Os tubos fabricados pela Tenaris no interior paulista tiveram 99% de conteúdo local no aço utilizado e um contrato de R$ 2 bilhões.

  • Segundo a presidente da petroleira norueguesa, Verônica Coelho, alguns fatores que dificultaram o avanço de projetos nos últimos anos no Brasil nos últimos anos foram a falta de previsibilidade de leilões e problemas com o licenciamento ambiental

Falando em leilões… Os ministérios de Minas e Energia (MME) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) assinaram a manifestação conjunta para disponibilizar 91 blocos exploratórios para oferta permanente no polígono do pré-sal e nas bacias Potiguar e São Francisco.

  • O próximo ciclo tem potencial para arrecadar R$ 2,4 bilhões em bônus de assinatura, considerando os sistemas de partilha e de concessão.

O gás argentino é um risco? Gás e hidrogênio muitas vezes devem competir pelo mesmo mercado. O gás natural pode ter papel transitório na industrialização do Brasil, mas encará-lo como solução de longo prazo pode ser pouco vantajoso para um país com potencial de autossuficiência no hidrogênio renovável. Leia na coluna de Gabriel Chiappini
 
Hub de hidrogênio na Bolívia. A estatal YPFB estuda o desenvolvimento de quatro projetos de hidrogênio verde na Bolívia, nas regiões de Entre Ríos, Río Grande, Warnes e Villa Montes. Segundo o diretor de avaliação e controle de projetos da companhia, os resultados são esperados para o terceiro trimestre de 2025.
 
Mercado livre sustenta expansão. Entre as usinas que entraram em operação comercial no Brasil em 2024, 84% foram destinadas ao ambiente de contratação livre, segundo dados da Aneel. Ao todo, 299 projetos de geração começaram a operar este ano, com potência instalada de 8,5 GW. Desse total, 251 projetos com 8,5 GW de capacidade têm foco no mercado livre.
 
Também vê maior competição. A ampliação do portfólio de produtos oferecido aos clientes do mercado livre, com novos modelos de contratação da energia elétrica, traz mais flexibilidade ao mercado e permite ao consumidor ter maior controle sobre os seus gastos de energia, na visão dos executivos da CPFL Energia. As comercializadoras têm buscado novas formas de negociar energia, de modo a lidar com a maior competitividade no segmento. 
 
Logística para eólica offshore. O Porto do Açu, no Rio de Janeiro, assinou, na quinta (28/11), um memorando de entendimento com a empresa belga Sarens, para estudar parcerias em soluções logísticas no transporte de componentes da cadeia de energia eólica offshore. O plano é ser um hub de apoio à indústria, além de um polo de fabricação e montagem da cadeia de valor.
 
Terras raras em MG. A mineradora Cabo Verde Mineração, por meio de sua controladora Copem, anunciou a descoberta de elementos terras raras (ETR) em suas áreas de exploração nos municípios de Cabo Verde, Muzambinho e Botelhos, localizados no Sul de Minas Gerais. A companhia espera investir R$ 70 milhões em uma planta de beneficiamento.

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