. Técnicos dos ministério de Minas e Energia (MME) e da Fazenda reúnem-se hoje (4) para discutir a criação de uma política de amortecimento de preços dos combustíveis que chegue ao bolso do consumidor. Esta é a segunda reunião do grupo de trabalho criado para esse fim. A discussão inclui derivados do petróleo, como a gasolina. O acordo firmado com os caminhoneiros para o fim do movimento grevista define a redução de R$ 0,46 no preço do diesel. Agora, a intenção é incluir também na discussão os demais combustíveis, criando um mecanismo que proteja o consumidor da volatilidade dos preços finais.
. O diretor da ANP Aurélio Amaral se reúne nesta segunda-feira com representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) para falar sobre Renovaio. A E&P Brasil mostrou na última semana que as companhias aéreas querem a retirada do QAV das metas compulsórias do programa: https://goo.gl/
. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, nomeou nesta segunda-feira (4/6) Guilherme Godói como diretor do Departamento de Monitoramento do Sistema Elétrico da Secretaria de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia. Quem também foi nomeado nesta segunda-feira foi Domingos Andreatta, novo secretário adjunto de Energia Elétrica do MME.
A Petrobras sinalizou para o governo que aceita rediscutir a política de reajuste diário da gasolinae alongar a periodicidade das mudanças de preços do combustível ao consumidor, segundo fontes do governo. As condições, contudo, são que a empresa não perca o lastro do preço praticado internamente com relação ao preço internacional e também que ela seja protegida contra a importação nos períodos em que o preço do mercado externo estiver abaixo do vigente no Brasil. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou acreditar que a Petrobrás vai reavaliar a política de preços dos combustíveis.
De 2009 a 2014, os governos Lula-Dilma, seguindo a nova matriz macroeconômica, mantiveram um programa de financiamentos fortemente subsidiados para a compra de caminhões. O resultado não poderia ser outro: superdimensionamento da frota.
Com o fim da greve dos caminhoneiros –que resultou em desconto de R$ 0,46 no litro do óleo diesel– e a normalização do abastecimento de combustíveis, o comando do Congresso não vislumbra um cenário de queda de preços de gasolina, etanol e gás de cozinha. Em Brasília, o litro da gasolina é vendido à população por aproximadamente R$ 5 nos postos. O botijão de gás chega a R$ 80.
As maiores distribuidoras de combustíveis vão discutir hoje com o governo o impacto da greve dos caminhoneiros, que durou dez dias e deixou milhares de postos secos. O balanço da crise será feito por teleconferência entre a Plural, entidade que reúne a BR (da Petrobrás), Raízen (joint venture de Cosan e Shell) e Ipiranga (do Ultra), representantes do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP).
A indústria de biodiesel espera a isonomia de tributos e do reembolso dado pelo governo aos produtores de diesel de petróleo e à Petrobrás, após a redução do PIS/Cofins sobre o combustível fóssil. As medidas foram anunciadas para encerrar a greve de caminhoneiros e garantir o desconto de R$ 0,46 por litro vendido nos postos. O setor lembra que a lei 11.116, de 2005, proíbe a cobrança maior de tributos sobre biodiesel. Por enquanto, segundo associações do setor, a compensação financeira nem sequer foi apresentada a produtores. Sem a desoneração e a compensação tributária, eles temem o fracasso do leilão bimestral para a aquisição de biodiesel nesta semana. O Ministério de Minas e Energia informou que cumprirá a lei, mas não explicou como reembolsará produtores.
A saída de Pedro Parente do comando da Petrobras colocou os produtores de etanol em alerta. Após o “tsunami” provocado pela greve dos caminhoneiros no mercado de combustíveis nos últimos dias, o receios imediato no setor é de que a troca de comando mude a política de precificação da gasolina A, que sai das refinarias da estatal, e que desde o início foi fortemente comemorada pelas usinas.
A gestão de Ivan Monteiro na presidência da Petrobras tende a ser de continuidade da que vinha sendo conduzida por Pedro Parente. Não à toa, a escolha do governo pelo nome do diretor Financeiro e de Relações com Investidores da petroleira foi uma tentativa de acalmar o mercado, após a companhia ter perdido cerca de R$ 40 bilhões na última sexta-feira na bolsa B3. Bem avaliado pelos analistas de mercado, Monteiro é considerado responsável por boa parte do sucesso da melhora no perfil da empresa nos últimos anos. O novo presidente da Petrobras,Ivan Monteiro, aceitou pagar R$ 200 mil à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para encerrar, em setembro passado, um processo sancionador aberto pelo órgão contra ele. O valor foi sugerido pelo próprio Monteiro e aceito pela CVM.
A renúncia da presidência da Petrobras, anunciada na sexta-feira, abriu caminho para que Pedro Parente assuma o cargo de CEO da BRF, como esperam analistas e fontes próximas à companhia. A decisão sobre a condução do executivo ao comando da empresa de alimentos poderá ser tomada já nesta semana, conforme apurou o Valor.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) enviou em abril ao Tribunal de Contas da União (TCU) os dados de um laudo que projeta a existência de até 17,2 bilhões de barris de óleo recuperáveis nas reservas excedentes da cessão onerosa do pré-sal. O volume é quase 15% superior ao que a própria agência havia divulgado em novembro do ano passado.
Ainda sem um acordo para a revisão do contrato de cessão onerosa do pré-sal, governo e Petrobras acreditam que a aprovação do Projeto de Lei 8.939/17 ajudará a destravar as negociações.Colocada em regime de urgência, a matéria deve ser votada ainda esta semana pela Câmara dos Deputados.
A saída de Pedro Parente do comando da Petrobras pegou o mercado de surpresa e trouxe novo tombo para as ações na sexta-feira, com desvalorização de 14,9% para as preferenciais. Os papéis só permaneceram no “top 10” da Carteira Valor em junho, com três indicações, porque as corretoras participantes enviaram suas sugestões no fim de maio, antes do feriado, conforme o regulamento. Consultadas após o episódio, só a estreante Elite Investimentos teria mantido a petrolífera na sua seleção do mês.
A renúncia de Pedro Parente à presidência da Petrobras atinge em cheio o recém-lançado plano de desinvestimentos da companhia na área de refino. A credibilidade do programa, pelo qual a empresa pretende se desfazer de uma participação de 60% em quatro refinarias, cedendo 25% do mercado de refino do país, era baseada na política de preços dos combustíveis implementada pelo executivo e que foi justamente o motivo da crise que levou à sua demissão.
O governo federal não prorrogará o decreto que convocou as Forças Armadas para a liberação de rodovias que foram bloqueadas durante a greve dos caminhoneiros. A decisão foi informada ontem pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, após reunião do grupo de monitoramento da retomada do abastecimento.
O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), controlado por Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, busca alternativas para fortalecer sua estrutura de capital, e assegurar sua sobrevivência. O Valor apurou que o fundo Apollo, sócio da consultoria de reestruturação de empresas Starboard, estuda fazer oferta pelo EAS, podendo, inclusive, assumir o controle do estaleiro. A empresa de navegação Satco é outro candidato a investir no estaleiro e poderia trazer junto com ela uma carteira de encomendas de navios.
O petróleo vem caindo nos últimos dias por causa da possibilidade de Rússia e OPEP aumentarem sua produção, mas especialistas advertem que o preço da commodity não voltará tão cedo ao baixo patamar dos últimos anos. Isso porque os estoques de petróleo armazenados pelos países desenvolvidos caíram para o menor nível em três anos, o que torna o preço bastante sensível a quaisquer eventos geopolíticos, diz Brenda Shaffer, professora da Universidade Georgetown e pesquisadora do Centro de Energia do Atlantic Council.
O Estadão Notícias desta segunda-feira, 4, trata do pedido de demissão do agora ex-presidente da Petrobrás Pedro Parente, situação que expôs a fragilidade da política econômica do governo Michel Temer. Por outro lado, se a escolha do atual diretor financeiro, Ivan Monteiro, para assumir o comando da estatal não reconstrói a credibilidade da empresa, ao menos “evita danos adicionais”, na opinião do economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, ouvido pelo programa.