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Reservas provadas da Petrobras garantem produção até 2037

Reposição de reservas em 2024 foi sustentada pelo desenvolvimento de campos do pré-sal

FPSO Cidade Angra do Reis (Foto André Motta de Souza/Agência Petrobras)
FPSO Cidade Angra do Reis em operação offshore para a produção de óleo e gás | Foto André Motta de Souza/Agência Petrobras

NESTA EDIÇÃO. Petrobras encerrou ano passado com 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente em reservas provadas.

Tarifas ao México e Canadá podem encarecer combustíveis e abrir espaço para petróleo brasileiro nos EUA

Caminhoneiros marcam reunião para debater a alta do diesel no Brasil. 

Justiça determina repasses à Amazonas Energia pelas flexibilizações de critérios de eficiência.

União Europeia lança plano para reduzir dependência externa.


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Sem grandes novas descobertas, a Petrobras encerrou 2024 com 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, de acordo com os critérios da US Securities and Exchange Commission. 

  • Do total, 85% correspondem a petróleo e 15% a gás natural.
  • Com isso, a relação entre as reservas provadas e a produção da estatal está em 13,2 anos. Na prática, isso significa que o atual volume de recursos seria capaz de manter a extração nos níveis recentes até 2037.
  • No ano passado, a companhia atingiu a meta de produção, com uma extração média de 2,7 milhões de boe/dia de petróleo e gás natural. 

Ao todo, a Petrobras adicionou 1,3 bilhão de boe em reservas em 2024, com um índice de reposição de 154%.

  • A reposição ocorreu sobretudo devido ao desenvolvimento de áreas no pré-sal, com destaque para os campos de Búzios, Itapu, Tupi e Sépia, na Bacia de Santos. 

A expectativa de declínio das reservas no pré-sal a partir da próxima década é um dos principais motivos para a companhia apostar na exploração em novas fronteiras

  • A demora no avanço das atividades exploratórias, pelas dificuldades em obter o licenciamento ambiental para uma perfuração em águas profundas na Bacia da Foz do Amazonas, é um sinal de alerta para um possível declínio na produção nacional a partir da virada da década


Estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 3,46 milhão de barris, a 415,13 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta menor, de 1,1 milhão de barris.

Preço do barril. O aumento dos estoques nos EUA foi um dos fatores que contribuiu para a queda na cotação do petróleo na quarta (29/1). O Brent para abril recuou 1,15%, a US$ 75,61 o barril.

Alta dos combustíveis nos EUA… O novo mandato de Donald Trump pode elevar os preços de gasolina e diesel para os consumidores, aponta a consultoria Hedgepoint. Isso porque o presidente dos Estados Unidos indicou a intenção de estabelecer uma tarifa de 25% sobre as importações de petróleo do Canadá e do México, o que aumentaria o custo dos insumos das refinarias norteamericanas. 

  • Segundo o gerente de relacionamento da Hedgepoint, Timothy Vince, caso as tarifas tornem o petróleo canadense mais caro, as refinarias nos EUA podem recorrer ao Brasil como fornecedor alternativo, como também a fornecedores do Oriente Médio.

…E no Brasil. Preocupados com o possível aumento no preço do diesel, as principais lideranças de caminhoneiros marcaram uma reunião para o dia 8 de fevereiro, no Porto de Santos.

  • A partir do dia 1º de fevereiro, as alíquotas de ICMS de diesel e gasolina terão aumentos. 

Amazonas Energia. Uma nova decisão judicial determinou que a Aneel garanta os repasses à empresa pelas flexibilizações de critérios de eficiência previstas no processo de transferência da distribuidora para a Âmbar. No fim do ano passado, a Aneel já havia determinado os pagamentos, em meio à troca de controlador. A CCEE é a responsável pelos repasses. 

  • A decisão também determinou que Cigás deve pagar uma multa por litigância de má-fé durante o processo de transferência da distribuidora.

Biometano. A Natura fechou uma parceria com a Ultragaz para ampliar a substituição do uso de combustíveis fósseis por biometano na sua fábrica em Cajamar (SP). A expectativa é de redução de 20% das emissões de carbono no complexo industrial.

Biocombustível de palma. O Grupo Brasil BioFuels (BBF) iniciou a operação da Usina Termoelétrica BBF Água Branca, ainda em teste. A energia gerada na usina com o uso de biocombustível proveniente da palma atenderá ao município de Itaituba (PA).

Bússola da Competitividade. A Comissão Europeia apresentou um plano para reativar a economia da União Europeia, com foco na redução de dependências externas, como de insumos da China e do gás da Rússia, e maior resiliência da indústria regional.

  • Os objetivos incluem acelerar a transição para fontes de energia renovável e a diversificação de matérias-primas, como minerais críticos para transição energética, além de reduzir a burocracia e estimular a inovação. 

Mudança de planos. O governo japonês anunciou uma revisão de suas regras para leilões de energia eólica offshore, enquanto o setor globalmente enfrenta atrasos e despesas crescentes causadas por cadeias de suprimentos restritas e inflação. 

  • Após uma série de consultas para tentar garantir a conclusão dos projetos offshore, o governo japonês vai adotar um esquema de ajuste de preços de eletricidade e depósitos mais altos para cobrir atrasos. (Reuters

A descarbonização do transporte aéreo na América Latina e Caribe deve custar US$ 318 bilhões entre 2020 e 2050, ou cerca de US$ 10,2 bilhões por ano, mostra relatório da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta).

  • Com o SAF duas a cinco vezes mais caro que o querosene convencional, de petróleo, o estudo observa também aumento de custos para as companhias aéreas e, consequentemente, passagens mais caras. Leia na Diálogos da Transição.

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