Produção nacional de petróleo cai 8% em fevereiro

FPSO P-76, operado pela Petrobras, iniciou produção no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, em fevereiro de 2019 (Foto: Agência Petrobras)
O FPSO P-76 começou a produção em meados de fevereiro (Foto: Agência Petrobras)

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Editada por Gustavo Gaudarde
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A produção média de petróleo no Brasil somou 2,73 milhões de barris/dia em fevereiro, queda de 8% ante igual mês de 2020, segundo o Painel Dinâmico de Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP, atualizado nessa quarta (17). Houve queda também em relação a janeiro de 2021, de -4,9%.

— Já a produção de gás natural, de 130,0 milhões de m3/dia, foi superior à de fevereiro do ano passado (128,9 milhões de m3/dia), mas inferior à de janeiro, de 136,4 milhões de m3/d.

— A ANP destacou que a produção brasileira de petróleo e gás natural no pré-sal foi de cerca de 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), 73,14% do total do país, o maior percentual de participação já registrado. A produção total foi de 3,55 milhões de boe/d.

— Os campos de Búzios e Tupi (ex-Lula), no pré-sal da Bacia de Santos, novamente se destacaram. Búzios, da cessão onerosa, voltou a crescer, totalizando cerca de 673 mil boe/d – 19% da produção total nacional, levando a produção da cessão onerosa a 22,37% do total do País.

— Já Tupi permanece o maior produtor, com 32,8% da produção nacional (aproximadamente 1,2 milhões de boe/d).

— Ainda segundo o boletim, a Petrobras registrou queda de 2,6% na produção de petróleo no Brasil em fevereiro, ante janeiro. A companhia produziu, em média, 2,083 milhões de barris diários no mês passado, recuo também de 2,6% em relação a igual mês de 2020. G1, com Valor

A produção total nos três contratos em regime de partilha apresentou média diária de 46 mil barris de petróleo por dia (bpd) em janeiro de 2021. A média diária do total do excedente em óleo da União nos três contratos foi de 9,2 mil bpd, aumento de 7% sobre o mês anterior. Os dados são do Boletim Mensal dos Contratos de Partilha de Produção, elaborado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA).

— Desde 2017, início da série histórica, a produção acumulada da partilha é de 49 milhões de barris de petróleo. A parcela acumulada do excedente em óleo da União é de 7,9 milhões de barris de petróleo.

— Já o gás natural apresentou produção de 274 mil m³/d, em média, referente aos dois contratos com aproveitamento comercial, sendo 197 mil m³/d no Entorno de Sapinhoá e 77 mil m³/d em Tartaruga Verde Sudoeste. Em comparação a dezembro, houve aumento de 15%.

Petróleo registra nova queda. Os contratos futuros fecharam em baixa nessa quarta (17), em sessão marcada pela divulgação de dado de estoques de petróleo nos EUA e a publicação do relatório da Agência Internacional de Energia (IEA).

— O Brent para maio recuou 0,71% (US$ 0,49), aos US$ 68,39 o barril, enquanto o WTI com entrega para abril fechou em queda de 0,90% (US$ 0,59), cotado a US$ 64,80 o barril.

— Apesar das perspectivas de aumento da demanda, há no curto prazo a preocupação com o noticiário sobre a covid-19, em meio dificuldades na vacinação e novas medidas de restrição de mobilidade para conter o vírus.

— Além disso, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA informou que os estoques de petróleo no país avançaram 2,396 milhões de barris na semana passada, enquanto analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta de 1,4 milhão de barris. Terra, com Estadão Conteúdo

A IEA entende que é “pouco provável” que o ritmo de crescimento da demanda volte a ser o que era antes da pandemia, e os níveis de consumo de 2019 podem ser vistos novamente apenas em 2023.

— A pandemia derrubou a demanda por óleo de 99,7 milhões de barris/dia em 2019 para 91 milhões de barris/dia em 2020. Desequilibrou por completo um mercado que entregou 93,9 milhões de barris/dia, e tinha capacidade para produzir ainda mais.

— Até 2026, neste cenário de crescimento, a EIA prevê um consumo de 104,1 milhões de barri/dia, um aumento de 4,4 milhões de barris/dia em relação a 2019.

– A depender de políticas climáticas, contudo, a demanda pode nunca mais voltar ao patamar pré-crise.

Solução caseira na Eletrobras Três executivos da própria Eletrobras estão entre as apostas para assumir a presidência da estatal no lugar de Wilson Ferreira Jr. – que tomou posse como presidente da BR distribuidora nessa terça (16/3).

— Antonio Varejão Godoy é atualmente assistente da presidência da Chesf e foi ex-diretor de Geração da Eletrobrás. Ele começou a trabalhar na companhia em 1985 e foi presidente do Conselho de Administração de Belo Monte.

— Pedro Luiz de Oliveira Jatobá também está entre os cotados. Ele é atualmente o diretor de Geração da Eletrobrás e atua em empresas do grupo desde 1980.

— Presidente interina da companhia desde segunda (15/3), a diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Cavalcanti Presta, também figura entre as apostas.

— O maior desafio para atrair executivos do setor privado é a remuneração da vaga, que é considerada baixa no mercado – cerca de R$ 58 mil mensais. Estadão

3R Petroleum. A empresa já assinou contratos no valor de US$ 599 milhões para compra de ativos da Petrobras. Desse total, a empresa pagou US$ 216 milhões e outros US$ 383 milhões estão pendentes, disse o diretor financeiro Rodrigo Pizarro nessa quarta (17/3).

— Ao todo, a 3R já comprou seis polos de produção de campos maduros da estatal, dos quais um já é operado pela empresa: o polo Macau (RN). A conclusão da compra dos demais ativos – Pescada e Arabaiana, Fazenda Belém, Rio Ventura e os polos Recôncavo e Peroá – está prevista para ocorrer até o fim deste ano.

— A empresa tem acordo com a Petrobras para ser reembolsada por 40% dos custos de abandono dos ativos adquiridos. Esse percentual equivale a US$ 191 milhões, para cobertura das despesas com descomissionamento. Valor

— A 3R Petroleum registrou prejuízo de R$ 147,5 milhões no quarto trimestre do ano passado. Com isso, a companhia apurou prejuízo líquido total de R$ 172,3 milhões em 2020. Megawhat

Cade aprova compra do Polo Remanso O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra, pela PetroRecôncavo, do polo Remanso, da Petrobras, localizado na Bahia. A conclusão do negócio ainda depende do aval da ANP.

— Em dezembro, a PetroRecôncavo venceu a disputa pelos 12 campos do polo Remanso, com uma oferta de US$ 30 milhões. Este ano, saiu vitoriosa na disputa pelo polo Miranga. Todos os ativos ficam na Bahia, sede da petroleira.

— No final de fevereiro, a petroleira baiana deu entrada em um pedido de oferta inicial de ações (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Mais prazo para documentos de CL e participações especiais Foi publicada nessa quarta (17/3), no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução ANP nº 840/2021, que altera o prazo para envio de relatórios de conteúdo local (CL) relativos ao primeiro trimestre de 2021.

Biodiesel garantido em 2021. A previsão brasileira de colher uma safra recorde de soja este ano, acima de 130 milhões de toneladas, deixa os produtores de biodiesel em uma posição mais confortável em relação à disponibilidade de matéria-prima, em comparação com o ano passado. Com isso, não haverá necessidade de reduzir o percentual do produto no diesel fóssil.

— A avaliação é de Erasmo Battistella, CEO do ECB Group, para quem o período que vai do final de fevereiro até abril é estratégico para o setor. Battistella concedeu entrevista exclusiva à epbr.

— “Fim de fevereiro, março e abril para o Brasil é muito estratégico, porque é o momento em que o Brasil colhe a soja e onde as empresas fazem o estoque, e com isso se preparam para que não ocorra o que aconteceu o ano passado”, diz.

Copom aumenta Selic para 2,75% Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) subiu nessa quarta (17/3) a meta para os juros básicos (Selic) em 0,75 ponto percentual, aos 2,75% ao ano.

— O patamar anterior, de 2%,  era a mínima histórica alcançada pela taxa de referência no Brasil, vigente desde agosto do ano passado.

— A alta não deve ser a última. O BC avisou que, exceto por “uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude”.

— Caso se confirme esse prognóstico, portanto, daqui a 42 dias a Selic pode ir até 3,5% ao ano.

— A última vez em que a Selic subiu foi em 2015, quase seis anos atrás, aos 14,25% ao ano. Passou a cair a partir de 2016, com alguns intervalos de pausa, até os 2% ao ano. Valor Investe

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