Petróleo vira em manhã de volatilidade após início de desencalhe no Suez

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Editada por Gustavo Gaudarde
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Os preços do petróleo caíram após a notícia que o navio encalhado no Canal de Suez voltou a flutuar, mas voltaram a subir após a abertura das bolsas ocidentais. Os contratos do Brent com vencimento em junho recuaram para US$ 63,01, depois bateram a máxima no dia de US$ 65,24 na sessão desta segunda.

— O navio cargueiro Ever Given, que bloqueia a rota no Egito há quase uma semana, começou a ser movimentado na madrugada desta segunda (29), segundo informações da Reuters.

— A restrição na movimentação na commodity provocou uma apreensão no mercado – preocupações com a movimentação do óleo fizeram as cotações avançarem 4% na sexta. Diante das restrições na demanda, o Brent perdeu mais de 10% do valor em três semanas, após bater US$ 70,67 em 8 de março.

Segundo informações da S&P Global Platts, em 2019 (último ano com dados completos), cerca de 5.163 navios-tanque passaram pelo canal. Os fluxo de óleo incluíram 2,2 milhão de barris/dia de petróleo e 2,9 milhão de barris/dia de produtos refinados.

— “Qualquer bloqueio prolongado pode ser prejudicial para os transportadores que enfrentam custos de combustível mais altos e, na medida em que esses preços são repassados ​​aos refinadores e outros importadores, há risco de queda em toda a cadeia de valor do petróleo”, explica a consultoria. epbr

Avaliação Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), publicada no fim de semana, destacou que altos estoques impediram que o bloqueio do Suez provocasse danos maiores ao suprimento do mercado.

— Por mudanças na estrutura do mercado e na capacidade dos navios aptos a navegar pelo Suez, a rota passou a ser importante para o suprimento dos países asiáticos.

— “A situação se inverteu há cerca de uma década, quando o estouro do fornecimento de petróleo dos Estados Unidos, Canadá e Brasil se combinou com o rápido crescimento econômico da Ásia para mudar o equilíbrio do petróleo bruto de ambos os hemisférios”, diz a agência (Estadão).

Acordo China-Irã. Plano prevê aporte de US$ 400 bilhões durante 25 anos em troca de suprimento constante de petróleo a preço baixo, em um amplo acordo econômico e de segurança.

— A negociação aprofunda a influência da China no Oriente Médio e mina esforços americanos para manter o Irã isolado.

— Não está claro o ritmo de implementação do pacto assinado no sábado (27), uma vez que a disputa dos EUA com o Teerã sobre o programa nuclear iraniano permanece sem solução. O governo Trump reverteu a abertura de relações iniciada na gestão Obama, com aliados europeus.

— O atual presidente Joe Biden sinalizou a vontade de recuperar acordos com o Irã, mas o país (com o apoio da China) quer que os EUA ajam primeiro, com a suspensão de sanções, que sufocam a economia iraniana. Estadão

Para a agenda. Transição energética, infraestrutura, abastecimento e GLP nas próximas entrevistas e lives da epbr:

• No ar: André Clark, diretor geral da Siemens Energy Brasil, trata dos planos de descarbonização da companhia, inovação e o papel do setor privado na construção de políticas climáticas. https://youtu.be/DBUV0kkyFpw
• Quarta (31), às 18h. O epbr entrevista receberá Valéria Lima, diretora de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), para uma conversa sobre o cenário do abastecimento nacional, venda de refinarias, descarbonização e Renovabio. https://youtu.be/ph80qulMByI
• Quinta (1º), às 18h. O convidado será José Firmo, CEO do Porto do Açu, complexo portuário no Norte Fluminense. A pauta são os planos para viabilização de novos projetos de hidrogênio verde, gás natural e infraestrutura para energia. https://youtu.be/r6WJaBcYcks
• Terça (6/4), às 17h. O webinar Livre Mercado: um debate latino sobre a formação de preços do GLP reúne Cláudia Viegas, diretora da LCA; Marcelo Colomer, Pesquisador do GEE-UFRJ; e Christino Áureo, deputado federal e coordenador da Freper, para uma conversa sobre política e mercado para o GLP. https://youtu.be/gZfipdyNLEs

STF derruba cobrança no Rio. O Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a tentativa do estado do Rio de Janeiro de exigir ICMS sobre a extração de petróleo. Os ministros derrubaram duas leis estaduais, de 2003 e 2015, que previam alíquota de 18% sobre o preço do barril.

— De acordo com advogados, todas as empresas que exploram petróleo no Rio de Janeiro impugnaram a exigência no Judiciário. Liminares foram concedidas e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) foi favorável aos contribuintes.

— Apenas para a Shell, BG Group, Petrogal e Chevron a discussão teria um impacto de R$ 600 milhões, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás (ABEP), que ajuizou a ADI 5481. Valor

Cessão de contratos de E&P. A ANP realizará, em 7 de abril, a partir das 14h, o Workshop sobre Cessão de Contratos de E&P. O objetivo é prestar informações e orientações às empresas que atuam em E&P de petróleo e gás natural interessadas em processos de cessão de contratos.

Nordeste bate novo solar. A região registrou na última quarta (24) o pico de 1.587 MW às 12:19 horas, energia suficiente para abastecer 13,3% da carga de todo o Nordeste.

— A melhor marca até então era do dia 13 de março, quando 1.561 MW foram verificados às 13:26 horas.

— Em relação à geração média, o montante chegou a 555 MW médios, sendo suficiente para atender a demanda de 4,7% da região. O recorde anterior era de 5 de março, quando foram disponibilizados 544 MW médios. Canal Energia

Comerc busca novos mercados. Fundo da Perfin fez um aporte de R$ 200 milhões na Comerc para para viabilizar a entrada em novos mercados.

— O fundo passará a ter participação de 20% na operação. Comerc e Perfin são parceiros em outros negócios, incluindo a Nexway Eficiência e a Sou Vagalume, recém-lançada joint-venture com foco em energia solar por assinatura.

Geração com biogás. A ENC Energy Brasil pretende dobrar sua capacidade instalada atual em projetos de geração de energia a partir de biogás de aterros sanitários até 2024, chegando a 55 MW.

— A companhia comercializa energia no mercado livre (ACL) e por meio de sistemas de geração distribuída. Atualmente, detém plantas a biogás de aterro em seis estados (MA, PE, RJ, SP, MG e PR). Valor

CA da Eletrobras. O conselheiro de administração Ricardo Brandão Silva, indicado pela União,
apresentou carta de renúncia e deixará o cargo a partir de 1º de abril.

— Ana Carolina Tannuri Laferté Marinho, eleita em reunião do CA, irá substituí-lo para completar o mandato até a Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para o dia 27 de abril, quando deve ser formalizada a nomeação do novo presidente da estatal, o atual secretário de Energia Elétrica, Rodrigo Limp.

— A nova conselheira é subchefe adjunta de Infraestrutura da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil desde janeiro de 2018, e já consta como candidata, indicada pela União, na Proposta de Administração da 61ª AGO.

— Mauro Cunha também deixou o conselho de administração da estatal, após o governo anunciar a indicação de Limp pela União e ignorando a opinião da consultoria Korn Ferry, contratada para conduzir o processo de sucessão. Investing.com, com Estadão Conteúdo

OAS tem de devolver dinheiro do tríplex do Guarujá. A 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que a OAS e a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) devolvam o valor pago pela ex-primeira-dama Marisa Letícia na compra de um apartamento no Guarujá (SP). A unidade deu origem à primeira acusação da Lava-Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valor

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