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Petróleo vai deixar gás natural 7% mais caro, estima consultoria

Contratos, indexados ao Brent, deverão ter reajustes trimestrais entre 7% e 8% até o início de 2024, segundo StoneX

Preços do petróleo, Brent, vai deixar gás natural 7% mais caro, estima consultoria StoneX. Na imagem: Gasodutos na cor amarela em instalação do terminal de GNL da Baía de Guanabara (Foto: Agência Petrobras)
Instalação do terminal de GNL da Baía de Guanabara (Foto: Agência Petrobras)

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Você vai ver aqui: Preços do petróleo em alta – e resistentes nos próximos meses – devem levar a reajustes trimestrais no gás natural de 7% e 8% até o início de 2024, com indexação dos contratos ao Brent, segundo estimativas da StoneX.

O consumo de energia dispara com onda de calor. Falha em duas linhas de transmissão interrompeu o fornecimento de energia elétrica no Rio. Seca na região Norte ameaça abastecimento.

A área técnica da Aneel recomendou o reconhecimento de 20% dos valores solicitados pela Light para o repasse de perdas com furto de energia.

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Preços do gás. A StoneX estima que os preços do gás natural devem subir, ao menos, 7,4% a partir de outubro, após a revisão trimestral nos contratos da Petrobras, refletindo a alta do Brent, principal indexador.

– No terceiro trimestre, o Brent subiu 8,92% em relação à média do trimestre anterior e acumula valorização de 27,8% desde julho. O câmbio no período recuou 1,37%, para R$4,95, destaca a consultoria, com base no fechamento de 21 de setembro.

– “A molécula de gás natural indexada a 11,9% do Brent está valendo $10,21/MMBTU e R$2,25/m3”. Valor sem impostos e demais custos da cadeia, como a tarifa de transporte.

Petróleo em alta. A Stonex corrobora a perspectiva que os preços do petróleo devem seguir em alta no fim do ano, refletindo o corte da oferta promovido pela Opep+.

– Com isso, estima que os preços de gás natural serão, em média, 8% mais altos a partir de janeiro 2024. Em agosto, o reajuste trimestral da Petrobras levou a um corte de 7%, com transporte incluído.

Juros no Brasil. O Copom manteve a trajetória no corte na taxa básica de juros, com redução 0,50 ponto porcentual na semana passada, para 12,75% ao ano. A ata será publicada amanhã (26/9), quando devem ser detalhadas expectativas sobre o efeito climático e da energia nas expectativas do comitê.

E nos EUA. Os juros e os alertas das autoridades monetárias americanas seguraram os preços do petróleo na semana passada, encerrando a sequência de alta (Reuters). O Brent no mercado futuro se estabilizou em US$ 93 por barril (-0,3%). É negociado a US$ 92 nesta segunda.

– A Rússia cortou a exportação de derivados, o que pressiona as margens dos combustíveis no mercado internacional.

– Segundo analistas, o país tem conseguido driblar sanções e a imposição de um teto de preço sobre o óleo, tentativa do G7 de limitar os ganhos do país usados no financiamento da guerra (Reuters, em inglês).

A Europa conta com gás americanos por décadas. “Precisaremos de alguma [participação] de fósseis no sistema nas próximas décadas. E, nesse contexto, haverá necessidade da [oferta de] energia americana”, afirmou Ditte Jorgensen, diretora-geral de Energia da Comissão Europeia ao FT.

– A Europa se prepara para atravessar mais um inverno sem a oferta de gás natural russo, limitada após a invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Medidas em curso de racionamento e substituição por fontes renováveis não serão, contudo, suficientes no curto prazo, diz a executiva.

Consumo de energia dispara com onda de calor. ONS estima um aumento de carga de 5,8% em setembro em relação a 2022. Na região Norte, o consumo deve disparar 11%; no Centro-Sul, maior mercado do país, em 6,1%.

– “A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida”, afirma Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS. A oferta de energia está sob controle, diz o operador.

Rio. Uma falha em duas linhas de transmissão interrompeu o fornecimento de energia elétrica em partes do Rio de Janeiro na tarde de sexta (23/9), segundo informações divulgadas pela Eletrobras.

Clima extremo. O Rio Grande do Sul ainda enfrenta temporais, após chuvas de granizo no fim de semana. Na região Norte, o governo montou uma força-tarefa para lidar com a seca, mais agressiva esse ano e que coloca em risco o abastecimento, dependente dos rios.

Recuperação da Light. A área técnica da Aneel recomendou o reconhecimento de de R$ 488 milhões por perdas não-técnicas (basicamente o roubo e furto de energia) para o ciclo tarifário 2022-2026 da distribuidora.

– A Light pediu R$ 2,3 bilhões, valor que reforçaria o caixa da distribuidora em recuperação judicial, segundo informações do Valor. A decisão final cabe à diretoria da agência.

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