Petróleo tem mais longo rali em dois anos

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Editada por Gustavo Gaudarde
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Os preços do petróleo avançaram nessa quarta (10/2), estendendo seu rali para o nono dia seguido, na maior sequência de ganhos em dois anos, apoiados por cortes de oferta em países produtores e expectativas de que o avanço da vacinação contra a Covid-19 vá desencadear uma recuperação na demanda.

— O Brent fechou a sessão em alta de US$ 0,38 (0,62%), a US$ 61,47 o barril, enquanto o WTI US$ 0,32 (0,55%), para US$ 58,68 o barril.

— A elevação também foi motivada pelos estoques de petróleo dos EUA, que registraram uma queda inesperada na última semana, recuando em 6,6 milhões de barris, segundo a Administração de Informações sobre Energia (AIE). Investing.com, com Reuters

AIE: demanda por óleo vai superar oferta A oferta e demanda globais de petróleo estão em curso para continuar a se reequilibrar neste ano, após a turbulência trazida pela pandemia em 2020, afirmou nesta quinta (11/2) a Agência Internacional de Energia (AIE).

— Apesar de aumentar suas estimativas para a produção mundial de petróleo em 2021, a AIE disse em seu relatório mensal que uma recuperação na demanda superará a produção crescente no segundo semestre do ano para provocar “uma rápida redução no estoque”, diminuindo o excesso de petróleo que se acumulou no mundo desde o início da pandemia de covid-19.

– A agência aumentou significativamente sua previsão para nações produtoras fora da Opep e aliados como a Rússia, com a oferta mundial de petróleo subindo 830 mil barris por dia neste ano.

— Ao mesmo tempo, a AIE reduziu sua previsão de demanda global em 200 mil barris por dia, para 96,4 milhões de barris, ou cerca de 3% a menos do que em 2019, antes da pandemia – embora tenha acrescentado que parte disso veio graças a uma mudança nos dados históricos.

— Mesmo assim, com grande parte do mundo desenvolvido às voltas com as novas variantes da covid-19 e renovadas medidas de distanciamento social, uma perspectiva econômica otimista e a disciplina da Opep e aliados estão acelerando a redução dos estoques globais de petróleo, disse a AIE. Valor, com Dow Jones Newswires

Proposta pelo Polo Albacora Um consórcio formado por Talos Energy, EIG Global Energy Partners, Enauta e 3R Petroleum Óleo e Gás apresentou oferta não vinculante pelos campos de Albacora e Albacora Leste, da Petrobras, na Bacia de Campos, disseram à Reuters quatro fontes familiarizadas com o assunto.

— Os dois campos são responsáveis pela produção de 77 mil barris de óleo equivalente por dia, de acordo com documentos divulgados pela Petrobras.

— O preço exato da proposta não estava claro, embora o ativo provavelmente chegue a bilhões de dólares, disseram duas das fontes, que pediram anonimato para discutir assuntos confidenciais. A oferta foi oficialmente apresentada na segunda (8/2), disse uma das fontes.

— O desinvestimento em Albacora e Albacora Leste seria o maior da Petrobras em campos de pequeno e médio portes desde 2017, quando a empresa vendeu uma participação em seu campo de Roncador para a norueguesa Equinor por US$ 2,9 bilhões. MoneyTimes, com Reuters

Política, crise e o preço das refinarias O receio de interferência do governo nos preços dos combustíveis da Petrobras pode levar investidores a pagar menos pelas refinarias postas à venda pela companhia.

— Analistas do mercado financeiro e especialistas do setor de petróleo avaliam que o valor a ser pago pelo Fundo Mubadala pela refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, de US$ 1,65 bilhão, ficou abaixo do de mercado e já reflete o receio de ingerência política no setor.

— Segundo cálculos do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a planta baiana valeria entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, com base no método de Fluxo de Caixa Descontado.

— Além disso, os especialistas dizem que o momento de crise não é o mais favorável para a venda de ativos de grande porte, como refinarias. A Petrobras quer se desfazer de oito das suas 13 refinarias e manter apenas as instaladas no Sudeste do país. Infomoney, com Agência Estado

— Nessa quarta (10/2), cerca de 2 mil trabalhadores próprios e terceirizados da RLAM promoveram um ato em protesto contra a venda da refinaria. No sábado (13/2), o Sindipetro-Bahia, filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), deverá decidir a data do início de uma greve dos petroleiros baianos por tempo indeterminado.

Venda da BSBios A Petrobras, por meio da subsidiária Petrobras Biocombustível (Pbio), concluiu a venda de sua participação de 50% na BSBios. Pela operação, a companhia recebeu um total de R$ 253 milhões na terça (9/2).

— Além desse montante, serão mantidos mais R$ 67 milhões em conta vinculada para indenização de eventuais contingências e liberados conforme o previsto em contrato. Foram também recebidos R$ 2 milhões antecipados em forma de Juros sobre Capital Próprio. Assim, o total da operação é de R$ 322 milhões. Infomoney, com Agência Estado

Marisete Pereira defende concessão O Ministério de Minas e Energia (MME) avalia que, após o leilão das áreas remanescentes da cessão onerosa, a concessão é o regime mais vantajoso para futuras licitações de petróleo e gás – inclusive no pré-sal. A matéria é considerada uma das pautas prioritárias da pasta no Congresso Nacional para 2021.

— Em entrevista ao Canal Energia, a secretária-executiva do MME, Marisete Pereira, defendeu a aprovação do projeto que acaba com a exclusividade do regime de partilha no polígono do pré-sal. A matéria também retira o direito de preferência da Petrobras nos leilões.

— “As áreas que hoje restam são áreas com uma competitividade limitada. Portanto, outro regime seria mais vantajoso. Leiloado Atapu e Sépia, o regime de concessão para as outras áreas terminam sendo, do ponto de vista de atratividade, melhor”, disse Marisete.

— O PL 3178/19 segue há mais de um ano parado na Comissão de Infraestrutura do Senado, onde deve ser redistribuído para um novo relator após a instalação das atividades. Um relatório favorável ao projeto já existe desde o final de 2019, feito pelo então relator, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), atual presidente do Senado. epbr

Modernização do setor elétrico O PLS 232/16, da chamada modernização do setor elétrico, foi encaminhado nessa quarta (10/2) à Câmara dos Deputados. O relator no Senado, Marcos Rogério (DEM/RO), entregou em mãos o projeto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL).

— Após articulação do Ministério de Minas e Energia (MME) e de Marcos Rogério, na semana passada, os senadores Jean-Paul Prates (PT/RN) e Major Olímpio (PSL/SP) retiraram os requerimentos que obrigavam a matéria a ser apreciada pelo plenário do Senado.

— A informação foi adiantada pelo político epbr, serviço de informações exclusivas da epbr, na última sexta (5/2).

— O projeto entregue à Câmara contém um trecho já aprovado pela MP 998: o fim dos subsídios às fontes renováveis, de forma escalonada, e a criação de um novo mecanismo de valoração de atributos ambientais destas fontes. O Executivo terá um ano para criar a política pública, pelas regras aprovadas na medida provisória.

— A matéria também modifica outros aspectos regulatórios do setor elétrico, como a separação entre lastro e energia, considerada de grande importância pelo MME e pelo mercado. epbr

Acordo para Belo Monte A Norte Energia assinou nessa quarta (10/2) um termo de compromisso com o Ibama sobre a operação da hidrelétrica de Belo Monte (PA).

— O acordo prevê que a companhia obterá o licenciamento para operar o Hidrograma B em 2021 depois que executar medidas adicionais de mitigação e compensação dos impactos do empreendimento para o Trecho de Vazão Reduzida (TVR), na Volta Grande do Xingu.

— Segundo a empresa, as medidas de mitigação e de compensação adicionais visam garantir a produção energética e a conservação do meio ambiente e dos modos de vida das populações da Volta Grande do Xingu. Para assegurar o cumprimento das medidas, a Norte Energia fornecerá garantias financeiras ao Ibama. IstoÉ Dinheiro, com Agência Estado

Benefícios para GD O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, defendeu nessa quarta (10/2) que não cabe à agência reguladora definir se haverá ou não subsídios para a geração distribuída. A tarefa, segundo ele, cabe apenas ao Executivo ou ao Congresso Nacional.

— “O regulador não faz política pública, mas sim cumpre política pública. Diante da nossa expertise, nós podemos opinar junto ao formulador de política pública quando da formulação desse regulamento”, afirmou, em entrevista à epbr.

— De acordo com Pepitone, o diretor Efrain Cruz, relator da revisão das regras atuais para geração distribuída na agência, vem promovendo conversas semanais com atores envolvidos no processo.

— A declaração vai na linha do que decidiu em novembro do ano passado o Tribunal de Contas da União (TCU). A corte apontou que a diferenciação tarifária para consumidores com sistemas de GD é uma forma de subsídio cruzado, já que repassa custos e encargos do setor de forma desigual aos consumidores e onera quem não aderiu ao sistema.

— O TCU deu 90 dias para que a Aneel apresente um plano de ação ao tribunal colocando fim aos subsídios. O prazo termina em 24 de fevereiro. epbr

Volvo no projeto Ecovaga A Volvo Car Brasil se uniu ao projeto Ecovaga, iniciativa idealizada entre a rede de estacionamentos Estapar e a Enel X, empresa de soluções energéticas da Enel Brasil, para criar a primeira rede de recarga semi-pública para veículos híbridos e elétricos do país.

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