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Petrobras: venda da Repar e da Refap deve ficar para depois das eleições de 2022

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR).

 Foto:  Divulgação Petrobrás/Diego Pisante
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR). Foto: Divulgação Petrobrás/Diego Pisante

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O diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Rodrigo Araujo, disse nessa terça (30/11) que a venda das refinarias Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, provavelmente ocorrerá depois das eleições de 2022. A fala do diretor ocorreu em encontro com investidores na Bolsa de Nova York, informa a Reuters.

— “Não acertamos nenhum prazo com o Cade ainda, mas achamos que no próximo ano vamos lançar esses processos, provavelmente não haverá o início da fase vinculante antes das eleições. Mas vamos lançar novamente os processos Refap e Repar”, afirmou Araujo, no encontro transmitido pela internet.

— As duas unidades integram o pacote de oito refinarias do Termo de Cessação de Compromisso (TCC) firmado entre a petroleira e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2019 para desinvestimento em refino. Pelo cronograma atualizado pelo Cade em 28 de abril, a Refap deveria ser vendida até 31 de julho deste ano, e a Repar, até 31 de dezembro.

— Entretanto, as negociações com a Ultrapar, interessada em adquirir a refinaria gaúcha, não avançaram, e o processo foi encerrado em outubro. Na Repar, propostas aquém do esperado pela Petrobras também fizeram a empresa cancelar a venda.

— Além de Repar e Refap, a Petrobras também cancelou o processo de venda da refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. A venda foi cancelada por ausência de propostas vinculantes.

— Nessa terça (30/11), a Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o Mubadala Capital. A venda foi fechada pelo valor de US$ 1,8 bilhão, após ajustes. A Acelen, empresa criada pelo Mubadala, começa a operar a Refinaria de Mataripe – novo nome da planta – a partir de hoje (1º/12).

— Junto com a RLAM, o Mubadala adquiriu 669 km de dutos que integram a rede da refinaria, incluindo oleodutos curtos e longos. Assim como quatro terminais na Bahia: Candeias, Itabua, Jequié e Madre de Deus.

— Em 25 de agosto, a Petrobras anunciou a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, para a Ream Participações, veículo societário de propriedade dos sócios da Atem’s Distribuidora de Petróleo, por US$ 189,5 milhões. E em 11 de novembro, a petroleira assinou contrato de venda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, com a Forbes & Manhattan Resources Inc. (F&M Resources), por US$ 33 milhões.

— Em protesto contra a conclusão da venda da RLAM e a venda de outros ativos da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou para sexta (3/12) um ato nacional contra a privatização do Sistema Petrobras.

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Lula diz que mudará política de preços da Petrobras O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a política da Petrobras baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI) e disse que não a manterá, caso volte à Presidência da República.

— “Não vai ter essa política de aumento de gás, não vai ter essa política de aumento da gasolina e não vai ter essa política de distribuição de dividendos de forma alucinada como eles estão fazendo. Os acionistas merecem ganhar alguma coisa, mas quem tem que ganhar por conta da Petrobras é o povo brasileiro que é o criador da Petrobras”, disse Lula em entrevista à Rádio Gaúcha.

— Questionado sobre qual política adotaria se voltar à presidência, Lula respondeu: “a que eu já implementei uma vez. A gente tinha efetivamente uma política de preço compatível com a sobrevivência da Petrobras.”

— Lula disse que outros candidatos à presidência também poderiam mudar a política da Petrobras. “Qualquer pessoa séria que ganhar eleições em 2022 não vai manter essa política de paridade de preço do petróleo”, afirmou.

— Também afirmou que metade da inflação hoje está subordinada aos preços controlados pelo governo. “Portanto o governo tem muita responsabilidade pela inflação. Pelo preço da energia, do gás, da gasolina, do diesel”, disse ele. InfoMoney

Mudanças no CA da OceanPact Marcelo Fernandez Trindade renunciou aos cargos de membro e presidente do Conselho de Administração da OceanPact, por razões pessoais. Luis Antonio Gomes Araujo, que já integrava o CA como membro independente, foi eleito como presidente do conselho.

— O CA da OceanPact também nomeou Luis Claudio Rapparini como conselheiro, na qualidade de membro independente.

Ômicron leva petróleo a menor preço desde setembro Os preços do petróleo fecharam em queda nessa terça (30/11) pressionados por preocupações sobre a eficácia das vacinas contra a variante ômicron e também pelas expectativas em torno de um aumento nas taxas de juros dos EUA antes do esperado.

— O Brent caiu 3,91%, a US$ 70,57 o barril, enquanto o WTI fechou o dia com queda de 5,4% a US$ 66,18 por barril. Os preços caíram para seu menor nível desde o início de setembro. Valor

Petrobras propõe reajuste de 50% no preço do gás A Petrobras ofereceu às distribuidoras de gás natural canalizado com contratos vencendo no fim de dezembro uma nova proposta de fornecimento do insumo por quatro anos, a partir de janeiro de 2022, com reajuste de 50% no preço atual. É metade do percentual inicialmente ofertado pela petroleira.

— O preço do gás subiria de aproximadamente US$ 8 para US$ 12 por milhão de BTU durante o primeiro ano de vigência dos novos contratos. Nos anos subsequentes, haveria redução dos valores, a depender do preço internacional do petróleo e do dólar, além do eventual aumento da oferta da molécula por outros produtores. Valor

— A Abegás, que reúne as distribuidoras, entrou com representação no Cade no início de novembro para que a Petrobras mantenha as condições dos contratos de gás natural com as distribuidoras enquanto ainda for a principal supridora do mercado.

Erick Portela Pettendorfer deixa a TBG O diretor-presidente da TBG, Erick Portela Pettendorfer, anunciou sua saída da empresa. O comunicado foi feito pelo executivo em seu perfil no Linkedin.

— O executivo assumiu a presidência da transportadora em outubro de 2019. Antes, foi gerente de Estratégia em Óleo e Gás e gerente Geral de Processamento de Gás Natural na Petrobras. Também integrou os Conselhos de Administração da TAG (2016-2019) e da NTS (2017-2019).

— Pettendorfer também foi diretor-presidente da Petrobras Bolívia durante quatro anos e presidente do Conselho de Administração da Transierra durante dois anos.

Copel compra eólica no Rio Grande do Norte A Copel concluiu nessa terça (30/11) a aquisição do Complexo Eólico Vilas, de 186,7 MW, em Serra do Mel, Rio Grande do Norte, com financiamentos até 2040 contratados junto ao Banco do Nordeste (BNB). A avaliação do ativo foi atualizada para pouco menos de R$ 1,09 bilhão.

— O complexo está em operação e é formado por cinco parques eólicos. Parte da energia foi comercializada no ambiente regulado, e, até o início do suprimento, previsto para 2023 e 2024, será comercializada no mercado livre de energia. Valor

Aneel regulamenta usinas híbridas A diretoria da Aneel aprovou nessa terça (30/11) a regulamentação para as usinas híbridas. O normativo traz as definições e as regras para a outorga desses empreendimentos e para a contratação do uso dos sistemas de transmissão, além de definir a forma de tarifação e da aplicação dos descontos legais nas tarifas de uso do sistema de transmissão.

— A regulamentação permite combinações de fontes de geração – usinas fotovoltaicas, eólicas, hidrelétricas grandes e pequenas e termelétricas. Entre as vantagens elencadas pela Aneel estão a complementaridade das fontes de geração, a utilização da rede de transmissão de maneira mais eficiente e estável, a mitigação de riscos comerciais e a economia na compra de terreno e em outros custos.

Comissão do Senado limita cobrança de perdas não técnicas na conta de luz A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado aprovou o projeto de lei 5.325/2019, do senador Zequinha Marinho (PSC/PA), que limita a inclusão na conta de energia das perdas não técnicas, provocadas por furtos de energia, erros de medição ou faturamento ou por ausência de equipamento de medição. A matéria agora segue para a Comissão de Infraestrutura (CI).

— O texto original previa que a Aneel ficaria impedida de incluir nas tarifas as perdas não técnicas. Mas foi alterado pelo relator da matéria, senador Jorginho Mello (PL/SC): em vez de proibir qualquer repasse, apresentou emenda que prevê um limite para as perdas, a partir do qual a prestadora do serviço arca com os prejuízos.

— Na CI, a matéria deverá receber decisão terminativa. Se não houver recurso para análise no Plenário do Senado, o texto será enviado diretamente para a Câmara dos Deputados. Agência Senado

Sinalização de LTs A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou nessa terça (30/11) o projeto de lei 4009/2021, do senador Telmário Mota (PROS/RR), que estabelece critérios para sinalização de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica. O PL recebeu parecer favorável da senadora Kátia Abreu (PP/TO). Se não houver recurso para votação em Plenário, o texto segue para análise da Câmara dos Deputados.

— O PL foi motivado pelo acidente com a cantora Marília Mendonça, que morreu no dia 5 de novembro, depois que o avião em que viajava colidiu com redes de transmissão de energia elétrica em Caratinga (MG).

— De acordo com o projeto, devem ser sinalizadas todas as linhas de transmissão, inclusive aquelas sob concessão ou permissão de distribuição. Agência Senado

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