Petrobras reduz importação de gás natural da Bolívia e revende cargas de GNL

Essa newsletter é enviada primeiro
aos assinantes, por e-mail.
Assine gratuitamente

COMECE SEU DIA

Quem faz
Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
[email protected]

em jogo

A Petrobras reduziu as importações de gás natural da Bolívia, abaixo dos volumes mínimos previstos no contrato com a YPFB, recorrendo a uma declaração de força maior. Atualmente, o contrato é de 10 milhões a 20 milhões de m³/dia, mas segundo a petroleira boliviana, as importações são da ordem de 10 milhões de m³ /dia. Valor

— Ao Valor, a Petrobras informou que toma medidas para reequilibrar o mercado, o que inclui a declaração de força-maior junto aos seus sócios no campo de gás de Manati, na Bahia, cuja produção é 100% vendida para a Petrobras; e a revenda de cargas de GNL encomendadas para abril e maio.

O MME autorizou a Bahiagás (distribuidora da Bahia) a importar até 1,8 milhão de m³ de GNL do mercado spot. Autorização válida por três anos e para utilização do terminal da Petrobras no estado, que está sendo arrendado.

— A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) também foi autorizada a importar gás natural.

A produção da Petrobras, no Brasil, em março, foi de 2,188 milhões de barris/dia de petróleo, alta de 2,3% em relação a fevereiro (2,139 milhões). Março foi o mês de início das medidas restritivas em resposta ao agravamento da crise sanitária – para abril, a companhia estima um patamar de produção de 2,1 milhões de barris/dia.

— A produção nacional em março foi de 2,968 milhões de barris/dia, -0,13% em relação ao mês anterior (2,972 milhões). Dados da ANP. Valor

Há 223 casos confirmados de covid-19 entre profissionais de plataformas e sondas offshore, de acordo com a ANP, no balanço fechado sábado (25). São 499 casos confirmados entre as empresas de exploração e produção e 1.396 casos suspeitos. Não há registro de mortes.

Os contrato do petróleo Brent para junho operava em queda de 5,69%, a US$ 20,22 na manhã desta segunda (27); o WTI recuava 21,43%, a US$ 13,31. Nos EUA, interrupção da produção no Golfo do México e em terra – balanço mais recente da Baker Hughes aponta que o número de sondas em operação caiu quase pela metade desde meados de março.

— Os contrato do petróleo Brent para junho vence na quinta, colocando o mercado em alerta – na execução dos vencimentos do WTI, semana passada, o mercado colapsou, com preços chegando a -US$ 36 por barril. Valor

A ANP dispensou distribuidoras e produtores de etanol do cumprimento do prazo de 2 de maio para apresentação dos extratos de contratos de fornecimento de etanol anidro. Fica mantido o prazo de 1° de julho. Anidro é o biocombustível misturado a gasolina.

O MME confirmou a necessidade de rever as metas do RenovaBio, programa que prevê a compra, pelas distribuidoras de combustíveis, de créditos de descarbonização (CBIOs), emitidos por produtores e importadores.

— “Esse novo e excepcional contexto afeta diretamente os produtores de biocombustíveis e também os distribuidores de combustíveis. Para os distribuidores (…) pode representar uma carga da obrigação. Além disso, com a queda na demanda, não há garantias de que haverá a comercialização de biocombustíveis em volume suficiente para gerar a quantidade necessária de CBIOs”, informa. MME

— Nesta segunda (27), começam oficialmente as negociações de CBIO em balcão na B3. De acordo com dados da ANP da semana passada, há 1 milhão de pré-CBIOs cadastros na agência – volume que poderá ser emitido considerando vendas e a eficiência certificada dos biocombustíveis.

A Petrobras corta os preços médios do diesel em 10% nesta segunda (27), mas mantém os da gasolina.

Mercado de olho na condução da política econômica. Após a demissão de Sérgio Moro, que foi um dos pilares do governo Bolsonaro, e de Luiz Henrique Mandetta, durante o combate à pandemia, atenções voltadas à Paulo Guedes.

— Guedes é quem “dá o Norte” da economia, afirmou Bolsonaro nesta segunda (27), ao chegar ao Planalto. O Globo

— Mas o ministro da Economia não está feliz com o “PAC do Marinho”, em referência ao plano Pró-Brasil, criado com apoio do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que foi secretário de Guedes no início do governo e atuou na aprovação da Reforma da Previdência.

— “Nos bastidores, a área econômica vê uma articulação de Marinho com parlamentares para colocar em Guedes o carimbo de insensível com os pobres. O ministro da Economia tem rebatido as críticas ao dizer a interlocutores que partiu dele próprio a ideia de criação do auxílio emergencial aos trabalhadores informais, combinando com presidente para subir o valor e chegar aos R$ 600”, informa o Estadão.

— No Valor, destaque para o mercado financeiro. “A saída de Moro deflagrou um novo capítulo da crise, com acusações de interferência política de Bolsonaro na escolha de cargos da Polícia Federal, o que tende a aumentar os pedidos de abertura de processos de impeachment contra o presidente”.

— A apreensão de analistas é que a crise leve a uma mudança de rumo na economia, com o abandono da agenda liberal, para dar lugar a medidas populistas, com efeitos no pós-crise.

— Industriais levaram a Guedes a preocupação com a inundação do mercado mundial por produtos da China. O temor é que com a redução atividade econômica e estoques em alta na China, fornecedores do país adotem uma estratégia comercial agressiva no mercado internacional. Valor

Por e-mail, você recebe também recebe diariamente a agenda das autoridades

[sc name=”newsletter”]