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Petrobras promete avanços na Margem Equatorial além da Foz do Amazonas

Companhia prevê nova perfuração no Rio Grande do Norte para 2026

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assina contrato que destina R$ 318,5 milhões do Fundo Amazônia para o fortalecimento do Plano Amazônia, em 17 de junho de 2024 (Foto Valter Campanato/Agência Brasil)
Magda Chambriard, assina contrato que destina R$ 318,5 milhões do Fundo Amazônia para o fortalecimento do Plano Amazônia (Foto Valter Campanato/Agência Brasil)

NESTA EDIÇÃO. Próximos passos na exploração Margem Equatorial incluem perfuração na Bacia Potiguar em 2026.

Brasil e Nigéria negociam parcerias em petróleo, gás e fertilizantes.

Cai a participação da Petrobras em contratos de longo prazo com distribuidoras de gás natural


EDIÇÃO APRESENTADA POR

Enquanto avança nos processos finais para a licença de perfuração na bacia da Foz do Amazonas, a Petrobras traça os próximos passos para a exploração da Margem Equatorial

Em reunião com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), na sexta (22/8), a presidente da estatal, Magda Chambriard, prometeu uma nova perfuração em águas profundas na Bacia Potiguar em 2026.

  • Foi justamente em águas potiguares que a estatal iniciou a exploração da Margem Equatorial em 2024. Desde então, a bacia já recebeu duas perfurações: o poço Pitu Oeste, no bloco POT–M-853, e o poço Anhangá, no bloco POT-M-762. 
  • Ambos encontraram petróleo, mas a Petrobras informou que precisa de estudos adicionais para atestar a viabilidade econômica.
  • Uma nova perfuração depende agora da licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). 

Os próximos meses podem ter, assim, a maior mobilização da estatal para o Nordeste e Norte do país nos últimos anos

Isso porque esta semana a estatal também deve concluir a Avaliação Pré-Operacional (APO) no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, etapa final antes da resposta do Ibama sobre a licença ambiental para a perfuração em águas profundas na costa do Amapá. 

  • O exercício que visa testar a resposta da petroleira a emergências teve início às 18h10 de domingo (24/8) e vai durar de três a quatro dias.
  • Depois da primeira negativa pelo órgão ambiental, em 2023, este é o mais próximo que a companhia já chegou da obtenção da licença.

 Com a conclusão da APO, a expectativa é de uma resposta rápida do órgão ambiental

  • A sonda já está na locação da perfuração para realizar o teste e pode, portanto, iniciar os trabalhos na sequência.

“Estamos à beira de um consenso para a perfuração desse poço”, disse Chambriard, em participação no energy talks da agência eixos na semana passada. Assista na íntegra.

Apesar de a área ambiental do governo ser contra a abertura de novas fronteiras exploratórias para petróleo e gás no país, o presidente Lula (PT) vem cobrando publicamente o avanço da atividade

  • Fazem coro o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP) e os governadores do Norte e Nordeste.

A Margem Equatorial é a grande aposta da estatal para repor o declínio das reservas do pré-sal. 

  • A região é considerada de grande potencial por estar próxima a descobertas na Guiana e no Suriname.
  • O atual plano de negócios da estatal prevê a perfuração de 15 poços na Margem Equatorial até 2029. Desses, oito estão previstos para os blocos na Bacia da Foz do Amazonas. 
  • Chambriard já indicou, inclusive, que pretende prosseguir com os trabalhos na Bacia da Foz do Amazonas mesmo que os resultados do primeiro poço sejam negativos.
  • “Nenhuma campanha exploratória de uma nova fronteira tem um poço só. Então, a seguir, nós temos mais uns seis ou sete a serem furados nessa região, onde nós também já submetemos a solicitação de licenciamento ambiental ao Ibama”, afirmou. 


Preço do barril. Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta na segunda (25/8). O Brent para novembro avançou 1,49% (US$ 1,00), a US$ 68,22 o barril. 

  • Os preços foram influenciados pelo aumento das incertezas sobre um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e da expectativa de que os EUA elevem tarifas sobre a Índia como punição pela compra de petróleo russo. 

Parceria com a Nigéria. O presidente Lula e o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, identificaram as áreas de petróleo, gás natural e fertilizantes entre as principais oportunidades para recompor o fluxo comercial entre os dois países, que “diminuiu drasticamente” de US$ 10 bilhões em 2014 para US$ 2 bilhões no ano passado. 

  • O país é o quarto maior parceiro comercial brasileiro na África. 

Maior diversidade no gás. A participação da Petrobras nos contratos de longo prazo com distribuidoras de gás natural caiu de 100% para 69% no intervalo de 2021 até o fim de 2024, o que representa uma abertura gradual do setor, segundo levantamento do Observatório do Gás Natural. 

  • O estudo identificou que, apesar do crescimento no número de agentes autorizados e consumidores livres, a competição “ainda não alcançou de fato o consumidor final, e os preços do gás continuam elevados”. 

Biocombustíveis. O preço médio do etanol hidratado esta semana ficou em R$ 4,17 o litro, recuo de 0,48% na comparação com a semana anterior, segundo levantamento da ANP. O etanol ficou mais competitivo em relação à gasolina em sete estados.

Armazenamento de carbono. Joint venture formada por Equinor, TotalEnergies e Shell para o serviço de armazenamento de carbono no Mar do Norte, a Northern Lights deu início ao serviço de CCS para indústrias europeias. 

Geopolítica do clima. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que ainda não sabe o quanto o governo dos EUA vai atrapalhar o andamento das negociações climáticas internacionais. Durante uma entrevista à TV GGN, Haddad alertou para possíveis retrocessos ambientais, democráticos, políticos e geopolíticos.

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