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Petrobras em ritmo de entregas

Programa de revitalização da indústria naval entra em nova fase

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em entrevista exclusiva ao estúdio eixos durante a ROG.e 2024, no Porto Maravilha, no Rio, em 25/9/2024 (Foto Victor Curi/eixos)
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, concede entrevista exclusiva ao estúdio eixos, diretamente da ROG.e 2024 no Rio

NESTA EDIÇÃO. Transpetro inicia mais uma contratação de navios próprios

Frente Nacional dos Consumidores de Energia critica pleitos por extensão de usina a carvão.

Com aumento das temperaturas, Brasil bate recordes de consumo de energia. 

Competição por recursos hídricos é desafio para projetos de hidrogênio.

Ampliação da integração entre Nordeste e Sudeste leva nova dinâmica ao mercado de gás.


EDIÇÃO APRESENTADA POR

Cumprindo uma promessa de governo, o presidente Lula (PT) participa nesta segunda-feira (17/2) do lançamento da segunda licitação do programa de retomada da contratação de navios próprios da Petrobras

A nova etapa já estava prevista e inclui a encomenda de oito navios gaseiros.

  • Uma das principais novidades é a inclusão de embarcações capazes de carregar amônia, o que vai marcar a entrada da Transpetro nesse novo mercado.  

A contratação de navios pela Petrobras foi um dos pilares do plano de revitalização da construção naval nos governos do PT.

Mas a retomada efetiva da construção naval no país e a geração de empregos nesse setor segue sendo um desafio. 

  • Por enquanto, apenas 16 navios das 25 embarcações previstas no programa estão incluídas no plano de investimentos da estatal. 
  • Um dos principais pleitos da indústria nacional é pela continuidade e previsibilidade das demandas. Uma das dificuldades é competir com o mercado internacional, sobretudo com os estaleiros asiáticos. 

No site: Braskem anuncia primeiro navio de frota própria; embarcação foi construída na China

A aceleração das entregas da estatal foi um dos pedidos de Lula quando nomeou a CEO da companhia, Magda Chambriard, em maio de 2024.

  • Nos últimos dias, inclusive, a estatal também fez uma série de anúncios no E&P, com uma nova descoberta no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos e a entrada em operação da maior plataforma de produção do país, o FPSO Almirante Tamandaré — também construído na China. 


Preço do barril. O petróleo abriu o dia em alta na sexta-feira (14), mas passou a cair no fim da manhã, com avanço nas conversas entre Ucrânia e Rússia por um acordo que encerre a guerra. O Brent para abril caiu 0,37%, a US$ 74,74 o barril.

Sem citar a Margem Equatorial, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o Brasil invista em energia limpa e na transição energética. Também apontou dados de redução do desmatamento e a importância do Ibama e do ICMBio nessas ações de combate.

  • O discurso, realizado em cerimônia ao lado do presidente Lula, foi feito em meio a embates no governo sobre a liberação da pesquisa para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, na Bacia da Foz do Amazonas.

Falando em transição… Não perca a live do encontro presencial da Diálogos da Transição, maior fórum de debates sobre transição energética no Brasil. Acompanhe a transmissão ao vivo e participe enviando suas perguntas pelo chat hoje (17), a partir das 9h. 

Consumidores contra carvão. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia reagiu, na sexta-feira (14), à possibilidade de recontratação da termelétrica de Candiota. Para a entidade, é necessário encerrar a geração a carvão em território nacional. 

  • Um novo contrato para a usina no Rio Grande do Sul é uma reivindicação de políticos gaúchos. 

R$ 170 milhões em GD. A Helexia Brasil anunciou a captação por meio da emissão de debêntures para financiar a implantação de 21 projetos de geração distribuída em sete estados. Os empreendimentos totalizam 56 MWp de capacidade.

Abertura do mercado livre. A Aneel incluiu nas propostas de melhorias regulatórias para o novo momento do mercado a maior transparência sobre os dados dos consumidores e a vedação do compartilhamento de marcas e logotipos, assim como de infraestrutura, por grupos que atuam na distribuição e na comercialização. 

  • As sugestões fazem parte da terceira rodada de discussões sobre aperfeiçoamentos regulatórios para a abertura de mercado. 

Gestão de riscos passou a ser uma questão de maior preocupação no ambiente livre de energia recentemente. A elevação dos preços e uma maior incerteza em relação aos reservatórios das usinas hidrelétricas em 2024 ligaram um sinal de alerta a comercializadoras nesse segmento. 

  • No ano passado, o cenário gerou tensão no mercado, sobretudo com as notícias de que a comercializadora Gold Energia corria risco de entrar em default.

 Clima extremo. Em um intervalo de 21 dias, o consumo instantâneo de energia bateu três recordes no Sistema Interligado Nacional. A nova marca é de 103.754 MW, registrada às 14h42 de quarta (12). O pico histórico de consumo foi atingido pelo segundo dia seguido. 

Desafio para o hidrogênio. A preocupação com a competição por recursos hídricos entre a produção de hidrogênio e o abastecimento humano e agrícola merece atenção. Leia na coluna de Gabriel Chiappini

8% do PIB para net zero. O dirigente do Banco Central Europeu e presidente do BC da Alemanha, Joachim Nagel, afirmou que os países da União Europeia precisam investir mais de 1,2 bilhão de euros, anualmente, no período entre 2021 até 2030 para atingir a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030.

Taxonomia sustentável. O coordenador do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Roberto Kishinami, defendeu que sistemas agrivoltaicos tenham espaço na Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB). Durante audiência sobre o tema, Kishinami criticou a metodologia atual por priorizar o uso de terras não produtivas para a instalação de painéis solares.

Nova dinâmica. O gás natural dos produtores do Nordeste, enfim, chegou ao Centro-Sul, com a interconexão entre as redes de gasodutos da TAG e da NTS. O cenário influencia os movimentos de supridores e consumidores em meio à abertura do mercado. Leia na gas week.

Opinião: A implementação do mercado regulado de carbono cria tanto desafios quanto oportunidades, exigindo um planejamento estratégico atento e uma postura proativa, escrevem Guilherme Mota, Felipe Boechem, Claudia Hori e Gabriela Mello, respectivamente, sócios advogadas do Lefosse.

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