Ministros querem amarrar privatização da Eletrobras e concessões às negociações com o Centrão

MPs da Eletrobrás e da PPSA receberam mais de uma centena de emendas - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
MPs da Eletrobrás e da PPSA receberam mais de uma centena de emendas - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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A privatização da Eletrobras, por iniciativa de ministros da área econômica, deve figurar nas negociações do Planalto por cargos e apoio parlamentar do Centrão, informa a Folha.

—  Ministros Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) pediram ao presidente, em reunião nesta terça (19), que a pauta de privatizações e concessões de suas pastas fiquem amarradas ao “toma lá”. Jornal cita PL, PP e Republicanos.

— Além de dar andamento aos projeto – a privatização da Eletrobras está emperrada na Câmara dos Deputados desde o governo de Michel Temer – é uma estratégia de Guedes para conter o impacto da aliança com o Centrão nos gastos públicos.

— Guedes têm cobrado emprenho na privatização da estatal. Bento Albuquerque vem afirmando que conta com a aprovação do projeto no Congresso Nacional no segundo semestre deste ano, para executar o plano em 2021. Texto precisa passar por Câmara e Senado.

— Tarcísio corre para colocar de pé os leilões de concessão, que a Infraestrutura vêm garantindo que serão realizados mesmo com as dificuldades decorrentes da pandemia de covid-19. Confia que a natureza dos contratos, de longo prazo, será capaz de garantir os investimentos.

— “São ativos de 30 anos, de longo prazo. A gente vê os investidores interessados. Muitos concorrentes nossos, com a Índia, tiraram os projetos da praça. A gente não vislumbra fuga de investidores”, afirmou a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa, ao Globo. Foco de Marcos Pontes é o leilão da 5G.

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“Toda tentativa, neste momento, de piorar o ambiente de negócios, por meio de práticas protecionistas que prejudicam a livre competição, configura um risco adicional àquele já enfrentado bravamente pela indústria”, escreve a presidente do IBP, Clarissa Lins, em O Globo.

— No artigo Energia para superar, executiva defende o papel da indústria de óleo na economia brasileira, na resposta à crise de saúde pública e argumenta contra intervenções que reduzam liberdades no mercado.

— “Pelo contrário, devemos avançar ainda mais, tanto na busca do regime único de concessão, quanto na implementação do Novo Mercado de Gás e na abertura saudável do mercado de refino“, afirma.

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e Carlos Pascual, vice-presidente sênior da IHS Markit, participam do webinar A geopolítica da crise e os impactos do coronavírus no setor de energia no Brasil do IBP, nesta quarta (20), às 17h. Mediação de Clarissa Lins. IBP

Revés para os caminhoneiros: o governo não deve atender a um pedido da categoria para congelar temporariamente a tabela de preços mínimos do frete, que deve ser reduzida acompanhando o recuo nos preços do diesel. Informações da agência Infra.

— A Petrobras elevou os preços do diesel em 8%, em média, acompanhando o mercado internacional – concorrentes da petroleira afirma que ainda há defasagem no preço dos combustíveis. Foi a primeira alta do ano, que ainda acumula redução da ordem de 40%.

— Preço médio de revenda do diesel S500 na semana encerrada em 16 de maio, antes do reajuste, acumula queda de 19,61% após 16 semanas consecutivas de baixa, comercializado a R$ 3,055/litro (ANP).

Está disponível a gravação do webinar com Anelise Lara, diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, e os analistas Luiz Carvalho, do banco UBS, e Felipe Perez, da IHS Markit, sobre refino, venda de ativos no downstream e cenários para o mercado de petróleo e preços dos combustíveis.

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A ANP conclui uma análise de impacto na arrecadação de estados e municípios em caso de redução da alíquota de royalties para o mínimo de 5% previsto em lei, exclusivamente, para campos de empresas de pequeno e médio portes. Estudo segue para o MME.

Está suspensa a exploração do prospecto batizado de Harpia, no bloco BM-PAMA-3, Bacia do Pará-Maranhão. Projeto operado pela Petrobras, que conseguiu decisão favorável da ANP para isenção de prazos até emissão de licença de ambiental para perfuração.

—  A Petrobras fez a descoberta de Harpia com a perfuração do poço 1-BRSA-903-PAS. O plano de avaliação (PAD) prevê a perfuração de um poço firme e um teste de formação contingente ao resultado do poço.

Cotações do petróleo seguem em alta. Futuros do WTI nos EUA abriram em alta de 2,3%, a US$ 32,70 por barril. O Brent negociado em Londres, subia 2,4%, para US$ 35,49.

A produção de óleo e de condensado da Rússia caiu para 9,42 milhões de barris/dia entre 1° de maio e 19 de maio, informa a Reuters. Distinção é importante porque a parcela de condensado não foi incluída no acordo de controle de produção do OPEP+.

— A produção de óleo é de 8,7 milhões de barris/dia, próximo da meta firmada pelo país, de 8,5 milhões. No caso do condensado de gás natural, produção é da ordem de 700 mil a 800 mil barris/dia. A produção total da Rússia em abril foi de 11,4 milhões de barris/dia.

O Irã enviou quatro navios-tanque para a abastecer a Venezuela. Os dois países estão sob embargo americanos e entendem que, portanto, não há restrição envolvendo outras partes para fazerem negócios entre si. Washington discorda, mas uma interceptação vem sendo descartada. Argus

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