Mercado de óleo recua dividido entre OPEP+ e desenvolvimento de vacinas

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Editada por Gustavo Gaudarde
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Preços do petróleo em queda, enquanto mercado aguarda decisão do OPEP+, grupo de exportadores liderado por Arábia Saudita e Rússia, sobre o futuro do acordo para controle da oferta de óleo.

— Brent recua cerca de 1%, próximo de US$ 47 no mercado futuro. A despeito da incerteza, os preços são estimulados pelo desenvolvimento das vacinas contra a covid-19, que podem interromper a pandemia a partir de 2021.

— Na reunião de dois dias encerrada domingo, o OPEP+ não chegou a um acordo sobre a extensão dos cortes de produção, previstos para acabar, gradativamente, a partir de janeiro. A proposta central é adiar o cronograma em três meses, mas há resistência dada a dependência de alguns países do grupo pelas receitas do óleo. Segundo a Bloomberg, é considerado um adiamento menor, de dois meses.

— A agência também destaca que a combinação da pandemia com os efeitos particulares na economia dos EUA “quebrou” os produtores do shale americano, voltando a concentrar o poder sobre o mercado nas mãos dos grandes produtores reunidos na OPEP.

— Em novembro, os preços do petróleo registraram uma recuperação próximo a 25%, mas ainda acumulam perdas de 21% desde o início do ano. “As empresas de petróleo e gás coletivamente perderam mais valor de mercado, em termos percentuais, desde o início do ano do que qualquer outro setor relevante, incluindo companhias aéreas comerciais e hotéis”, destaca a Dow Jones, no Valor.

A S&P Global e a IHS Markit chegaram a um acordo de fusão, que precificou a IHS em US$ 44 bilhõesincluindo uma parcela de dívida de US$ 4,8 bilhões, informaram as companhias nesta segunda (30).

— As gigantes do mercado de informações financeiras pretendem concluir a operação na segunda metade de 2021. Atuais acionistas da S&P terão 67,75% das ações combinadas após a fusão.

— “Combinadas, as duas empresas fornecerão soluções abrangentes em dados, plataformas, benchmarks e análises em ESG, clima e transição energética”, diz o comunicado.

Compass Gás e Energia, do grupo Cosan, foi desclassificada da concorrência pela Gaspetro por não atender às exigências do acordo firmado com o Cade em 2019 (TCC), em que fora definidas as medidas para redução da participação da Petrobras no mercado de gás natural.

— As informações foram publicadas pelas Petrobras nesta segunda (30). Semana passada, a própria Cosan havia comunicado desqualificação e informou que a “Compass seguirá acompanhando junto à Petrobras o processo de alienação da Gaspetro, assim como outras oportunidades no mercado de distribuição de gás natural, como parte integrante da sua estratégia de negócios”.

— A Petrobras não detalha o motivo da desclassificação. O TCC prevê que a empresa “deve garantir que os compradores possuam independência com relação aos agentes que compõem os demais elos da cadeia de gás, não possuindo, direta ou indiretamente, participação societária destes agentes”, além de independia em relação à própria Petrobras, entre outras exigências.

A GasBrasiliano, distribuidora de gás da região noroeste de São Paulo, fechou parceria com a ZEG Biogás para viabilizar a conexão de agroindústrias do Noroeste do estado com potencial de produção de biometano à rede da concessionária.

— As companhias mapearam 140 usinas de açúcar e etanol, com capacidade para fornecer mais de 1 milhão de m³/dia de biometano à rede. A expectativa da GasBrasiliano é não apenas aumentar a injeção do bioenergético à malha de dutos, mas também passar a ser distribuidora de gás para usinas ainda não conectadas ao sistema de distribuição. Valor

A Petrobras foi condenada pela Justiça por vender gasolina de aviação contaminada. Os donos de um avião relatam que a empresa forneceu combustível adulterado, o que teria provocados problemas no armazenamento e distribuição da gasolina dentro da aeronave.

— O João Luís Zorzo, da 15ª Vara Cível de Brasília, considerou que a Petrobras não se manifestou no processo. Assim, ele fez o julgamento “à revelia”. O juiz destacou que, por ter ficado inerte no processo, a Petrobras deve “arcar com as consequências”.

— Os donos do avião relataram prejuízo de quase R$ 60 mil — pouco menos de R$ 10 mil pelo combustível, mais quase R$ 50 mil com os reparos necessários. A Petrobras informou que vai recorrer e “adotará todas as medidas necessárias a resguardar os seus interesses”. O Globo

Enauta adiou a decisão sobre o futuro do campo de Atlanta. Com a decisão da sua única sócia, a Barra Energia, em deixar o campo, a Enauta precisa assumir integralmente o ativo ou dar início ao abandono conjunto.

—  “A Enauta já vinha revisando o projeto com o objetivo de torná-lo mais robusto e resiliente aos novos cenários de preços de petróleo, gerando maior valor para os acionistas. Com a notificação da Barra Energia, esse estudo será acelerado e embasará a decisão da companhia,” afirmou Décio Oddone, CEO da Enauta, em novembro. epbr

ANP retomou os trabalhos para a 17ª rodada de concessão de blocos, com a publicação, para consulta pública, do pré-edital e da minuta dos contratos. O leilão está previsto para 7 de outubro de 2021.

— A rodada vai ofertar 92 blocos em quatro bacias sedimentares (Campos, Pelotas, Potiguar e Santos), com área total de 53,9 mil km². Foram incluídos blocos que podem conter jazidas localizadas além das 200 milhas náuticas, na extensão da plataforma continental brasileira. epbr

A carga de energia do Brasil deverá aumentar 4,4% em dezembro na comparação anual, apontou relatório do ONS divulgado na sexta (27).

— Por outro lado, o operador projetou chuvas nas regiões das hidrelétricas abaixo da média histórica para o período: em 47% no Sudeste; 64% no Sul; 62% no Nordeste; e 80% no Norte. Reuters

O Porto de Paranaguá (PR) recebeu a primeira carga de soja em dez anos, com o desembarque de 30,5 mil toneladas dos EUA, na sexta (27). Embora seja uma quantidade pequena, é o maior volume de soja importada do país desde 1997.

– O Brasil deve importar 1 milhão de toneladas em 2020, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o maior volume ao menos desde 2008. Reuters

O Bradesco comprou mais de 1,4 milhão de certificados de energia renovável (I-RECs) da AES Brasil, por R$ 1,7 milhão. Em nota ao mercado, o banco disse que o valor da aquisição terá desembolsos anuais realizados de acordo com a utilização dos certificados durante cinco anos. Money Times

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