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Você vai ver aqui: Em comentário breve, Lula admite exploração de petróleo em nova fronteira na Bacia da Foz do Amazonas, desde que não represente riscos. Debate segue em Brasília; Prates cita possibilidade de investimento na Guiana. Indústria propõe ‘fim do PPI’ para o gás natural
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Antes de embarcar de volta para o Brasil, o presidente Lula afirmou que “se extrair petróleo da Foz do Amazonas – que é a 530 quilômetros do Amazonas, é em alto mar – se oferece problema para o Amazonas, certamente não será explorado”.
“Mas eu acho que sim, porque é a 530 quilômetros da Amazônia. Eu vou conversar para saber”, afirmou.
– Lula respondeu a uma pergunta sobre a campanha da Petrobras na Bacia da Foz do Amazonas, que teve a licença negada pelo Ibama na semana passada. Foi uma resposta curta, após coletiva em Hiroshima, no Japão, ao fim da cúpula do G7 (Valor).
– O presidente deve retornar aos trabalhos no Brasil na terça (23/5) – e vai encontrar a demanda da Petrobras e dos políticos do Amapá em prol da campanha.
Com clima, investimentos e a guerra na Ucrânia na pauta, Lula voltou a cobrar na coletiva os aportes e doações de países ricos para medidas de reversão da crise climática.
– Para a Amazônia, defendeu que a população da região “tem o direito de ter os bens materiais que todo mundo tem”. Comentário feito no contexto da promessa brasileira de encerrar o desmatamento ilegal. Lula citou a bioeconomia como alternativa de desenvolvimento econômico.
Petrobras olha para a Guiana. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse ao Estadão que a companhia comprou “por segurança” o pacote de dados do leilão de petróleo da Guiana. “Por enquanto é só uma ideia, uma conversa interna”, disse.
– Se a negativa do Ibama for definitiva, “temos também a possibilidade de voltar a nos internacionalizar um pouco em relação à Guiana, em relação a outros lugares. Talvez diante da impossibilidade de furar na Foz [do Amazonas], a gente possa testar alguma coisa na Guiana e Suriname”, respondeu.
– Essa possibilidade já havia sido levantada em 2020 por Roberto Castello Branco, primeiro presidente da Petrobras no governo Bolsonaro. Na época, o executivo afirmou que a companhia estava sendo barrada na Foz do Amazonas.
Marina Silva. Segundo a Folha, fontes do Palácio admitem que uma intervenção do governo no licenciamento do projeto no Amapá pode implicar em uma crise na proposta internacional do Brasil, de reforço de políticas climáticas, contrariando o que defende a ministra Marina Silva.
Até aqui. A Petrobras marcou para 29 de maio o prazo para desmobilizar os recursos da campanha, enquanto aguarda o recurso que será feito ao Ibama. O presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, reiterou que a proposta da Petrobras é inviável; e que a decisão foi técnica. Veja a cobertura completa aqui.
Produção de gás em Azulão. A Justiça reverteu uma liminar que anulava o licenciamento ambiental do campo de Azulão, no Amazonas, operado pela Eneva. A decisão antecipada em primeira instância havia acatado a tese que o licenciamento deveria ter sido feito pelo Ibama e não pelo órgão estadual do estado, o Ipaam.
– Com isso, o campo de gás segue em operação. Ele abastece a termelétrica do mercado isolado de Boa Vista, em Roraima, estado ainda sem conexão com o sistema nacional de transmissão de energia. Veja os detalhes
Venda de ativos da Petrobras. Prates também disse que negocia com empresas que estão com negócios avançados para compra de ativos da companhia. Ele cita os casos de contratos assinados, em que faltava a conclusão da venda (closing).
– “Certamente não são refinarias, mas em exploração e produção, campos maduros, revitalização e outras áreas também, a gente chama o cara que quer comprar e diz que não vai dar mais. E a receptividade tem sido ótima. Vamos negociar? Vamos. Vamos fechar negócio? Não sei”.
Polo Bahia Terra. A ANP concluiu a desinterdição das 38 instalações do Polo Bahia Terra que tiveram a operação paralisada no fim de 2022, por questões de segurança. É um caso em que houve proposta e adiantamento de valores para venda do polo, do interesse do Petrorecôncavo e Eneva.
Gás natural no ‘fim do PPI’. O Fórum do Gás pediu ao MME para a Petrobras reduzir o preço do gás natural, na esteira do anúncio do “fim do PPI”. Entre as entidades reunidas no grupo estão a Abrace (grandes consumidores) e a Abraceel (comercializadoras).
– Afirmam, entre outros pontos, que o gás da Petrobras está travado em preços que subiram após a crise energética de 2021, quando as térmicas precisaram segurar a falta de energia nas UHEs (Valor).
Os preços do petróleo seguem sob controle. Na abertura do dia, o Brent estava praticamente estável, em US$75,62 por barril. Subiu cerca de 2% na semana passada, após as quedas com a desaceleração econômica.