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Indicação de substitutos destrava Aneel, mas incerteza sobre diretoria continua

Governo publicou lista de interinos, mas ainda não conseguiu costurar acordo para indicação do novo diretor

Diretoria da Aneel participa da 42ª reunião pública ordinária, em 12/11/2024 (Foto Reprodução Youtube Aneel)
42ª Reunião pública ordinária da diretoria da Aneel, em 12 de novembro de 2024 | Foto Reprodução Youtube Aneel

NESTA EDIÇÃO. Sai a lista de diretores substitutos na Aneel, mas incertezas sobre vaga continuam. 

EPE indica necessidade de R$ 34,7 bilhões em investimentos em linhas de transmissão e subestações. 

Minerais críticos e reservas de óleo e gás ajudam a explicar interesse de Trump pela Groenlândia. 

Preço médio da gasolina no Brasil sobe em 2024, mas ainda está abaixo que a média mundial. 


EDIÇÃO APRESENTADA POR

O governo publicou na quinta (09/1) a lista dos diretores substitutos para ocupar de forma interina a quinta cadeira da Aneel, vaga desde maio de 2024. 

A indicação vai destravar os empates que vinham acontecendo há quase um ano nas reuniões de diretoria da agência. 

  • Estão na lista de substitutos a superintendente de Concessões de Serviços de Energia Elétrica, Ludimila Lima da Silva; o secretário-geral da diretoria, Daniel Cardoso Danna; e o secretário de Leilões, Ivo Sechi Nazareno. 

A demora na indicação atrasou o andamento de diversos processos, como a liberação de uma linha de transmissão para conectar o Acre ao Sistema Interligado Nacional

Além disso, também descumpriu a Lei das Agências. 

Mesmo com o avanço, segue indefinida a indicação do diretor efetivo

  • Vale lembrar que em 2024 a diretoria da Aneel foi alvo de fortes críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), durante os apagões em São Paulo. Na época, Silveira chamou o quadro de “bolsonarista”.

Cenário é diferente na ANP, onde as substituições avançam. No mês passado, o governo conseguiu costurar os acordos necessários e indicou Artur Watt Neto para a diretoria-geral e Pietro Mendes para a outra vaga restante na autarquia. 

  • Enquanto isso, Patrícia Baran assumiu interinamente a diretoria-geral da agência, após a saída de Rodolfo Saboia em 20 de dezembro. 
  • Nesse caso, o trabalho agora é para aprovar a indicação dos nomes pela sabatina do Senado. 


Expansão da transmissão. Um estudo da EPE indica a necessidade de R$ 34,7 bilhões de investimentos em obras que ainda não foram autorizadas ou licitadas para reforçar o Sistema Interligado Nacional (SIN).

  • A expectativa é de R$ 19,2 bilhões para 8,9 mil quilômetros de novas linhas de transmissão. Já R$ 15,5 bilhões devem ser investidos em subestações.

Vetos no marco das eólicas offshore. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta (9/1) que diversos ministérios se manifestaram para que Lula (PT) vete trechos do marco legal das eólicas offshore que tratam de temas alheios a esses projetos, sob o argumento de que a conta de luz das pessoas mais pobres pode ser afetada.

  • Segundo Haddad, também houve recomendação dos ministérios a Lula para vetos no projeto de lei que cria o Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag).

Geração solar. A fonte alcançou 52 GW de capacidade instalada no Brasil, dos quais 34,8 GW são de micro e minigeração distribuída, modelo no qual o consumidor gera a própria energia. Outros 17,4 GW estão em grandes usinas de geração centralizada. 

  • Segundo a Absolar, os investimentos nessa fonte fomentaram R$ 238,3 bilhões em investimentos desde 2012. 

Qual é o motivo do interesse de Trump pela Groenlândia? Esta semana, o presidente eleito dos EUA disse a jornalistas que pretende comprar a ilha e que não poderia garantir que não usaria força militar ou econômica para conseguir o controle da região e do Canal do Panamá.

  • Debaixo de montanhas de gelo, pode estar a resposta para tanto interesse: reservas gigantescas de minerais críticos para transição energética, além de petróleo e gás natural. Riquezas essas que o aquecimento global vem “desenterrando”, por conta do degelo. 

A gasolina está cara no Brasil? O preço médio do combustível nos postos brasileiros encerrou 2024 em R$ 6,15 o litro, em média – uma alta de 10% em relação ao fim de 2023, de acordo com o levantamento semanal da ANP. Apesar disso, o preço pago pelo consumidor brasileiro ainda é mais barato que a média mundial.

  • No ranking global de preços dos combustíveis, o Brasil ocupa a 38ª posição entre os países que têm a gasolina mais barata.

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