Incerteza sobre greve dos caminhoneiros

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O dia começou com incertezas sobre os rumos da greve convocada por caminhoneiros para esta segunda (1/2). A categoria reivindica, entre outros pontos, a mudança na política de reajustes dos preços do diesel pela Petrobras.

— Entidades representativas prepararam atos em rodovias brasileiras. Embora não haja consenso em toda a categoria, ao menos 13 agremiações de diversos setores apoiam o movimento grevista, que é encabeçado pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). R7

— Caminhoneiros interromperam o fluxo de duas pistas da Rodovia Castello Branco, na altura de Barueri (SP), e protestaram contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Pedem o fim de medidas de restrição para conter a covid-19 e redução do ICMS. UOL

— No domingo, circulou pelos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros um áudio do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em que ele aparece dizendo que não vai atender a nenhum item da pauta dos motoristas que anunciaram greve para amanhã. A fala atribuída ao representante do governo foi muito criticada e inflamou ainda mais o movimento. UOL

— Para alguns analistas, a greve pode ser ainda mais grave e complexa do que a paralisação de maio de 2018. No contexto da pandemia, o movimento pode afetar a distribuição de vacinas, interromper a logística de cargas de exportação e prejudicar ainda mais a renda de milhares de famílias, que já não podem contar com o auxílio emergencial. CNN

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Petróleo com valores díspares. Os preços do petróleo encerraram díspares uma semana relativamente calma no mercado da commodity, com ganhos limitados pelas perspectivas da fragilidade da demanda.

— O Brent para entrega em março subiu 0,6%, a US$ 55,88 o barril, em seu último dia como contrato de referência do mercado. O WTI para entrega no mesmo mês fechou em baixa de 0,3%, a US$ 52,00 o barril.

— Considerando todo o mês de janeiro, o barril do Brent mostrou recuperação e terminou o período com alta de 6,2%. Valor

Novo “pré-sal” em Pará-Maranhão. Um estudo indica a possibilidade de existência de 20 bilhões a 30 bilhões de barris de óleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados, um potencial do porte de um “novo pré-sal” na Bacia do Pará-Maranhão. Indica também que, depois do pré-sal, a região tem a maior probabilidade de descobertas de petróleo de boa qualidade.

— O trabalho foi realizado pelo ex-diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em conjunto com o geólogo e consultor Pedro Zalán (ZAG, ex-Petrobras) e Ronaldo Gomes Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra.

— Os pesquisadores explicam que esse “novo pré-sal” na Bacia do Pará-Maranhão diz respeito ao volume das reservas que podem ser descobertas. “Por óbvio, dadas as características geológicas da franja marítima norte do Brasil, não se trata de exploração abaixo da camada de sal, inexistente naquela região. Tampouco há confirmações – só possíveis por meio de campanhas exploratórias – dos volumes recuperáveis”. epbr

Descoberta no pré-sal de Campos A Petrobras informou na sexta (29/1) a descoberta de hidrocarbonetos em um poço pioneiro do bloco C-M-411, localizado no pré-sal da Bacia de Campos. O poço 1-BRSA-1377-RJS, chamado de Urissanê, está localizado a aproximadamente 200 km da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de 2.950 metros.

— O C-M-411 foi adquirido em setembro de 2017. A Petrobras atua como operadora e detém 50% de participação, em parceria com a ExxonMobil (50%). Valor

Gás natural para Fafens. A Petrobras e a Proquigel Química, do Grupo Unigel, assinaram contrato de fornecimento de gás natural a unidades de fertilizantes na Bahia e Sergipe, arrendadas pela petroleira à companhia do setor petroquímico, informou a Unigel na sexta (29). epbr

3R e DBO compram Peroá. A OP Energia e a DBO Energia assinaram contratos para a aquisição de 50% dos campos de Peroá e Cangoá e do bloco BM-ES-21, onde foi feita a descoberta de Malombe – os ativos do Polo Peroá, na Bacia do Espírito Santo.

— Atualmente a Petrobras é operadora do ativo com 100% de participação e, após a conclusão da transação, a OP Energia será a operadora dos campos em consórcio com a DBO Energia.

— A OP Energia é uma subsidiária integral da 3R Petroleum. A DBO Energia é uma empresa de E&P com foco em aumento de fator de recuperação e eficiência de ativos maduros no Brasil, com experiência no Mar do Norte.

Por um marco legal para o biogás, ecrevem Aurélio Amaral e Anderson Marques: “as vantagens do incentivo ao uso do biogás trazem benefícios ambientais e econômicos comprovados que devem ser consideradas pelos reguladores como forma de orientar a transição para uma economia de baixo carbono. Daí a necessidade de um marco legal que teria por objetivo principal de atrair investidores privados.” Leia o artigo

Raízen quer comprar Biosev. A Raízen Energia submeteu ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) a potencial aquisição da Biosev, braço de açúcar e etanol do grupo Louis Dreyfus e uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil.

— “Apesar de referidos contratos não terem sido ainda assinados, a companhia e a Biosev optaram por desde já submeter a potencial transação ao Cade, o que foi realizado na data de hoje (28/1)”, afirmou a empresa. Money Times, com Reuters

Belo Monte sob ameaça. A Norte Energia, dona da hidrelétrica Belo Monte, encaminhou ofício ao Ibama informando que a determinação de execução da vazão máxima de 10.900 m³ de água por segundo o rio Xingu inviabilizará a operação da usina.

— O documento foi entregue ao órgão ambiental no início da noite de sexta (29/1), após a concessionária ser informada de sobre a decisão do Ibama para o período entre 1º e 7 de fevereiro.

— Além do Ibama, o ofício foi encaminhado para os Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente, Casa Civil, Agência Nacional de Águas (ANA) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

— Segundo documento visto pelo Broadcast Energia, a Norte Energia afirma que, além da paralisação da geração de energia na usina, a vazão estipulada pelo Ibama pode ocasionar redução brusca na geração do sítio Pimental, devido à redução da queda líquida na casa de força da usina. IstoÉ Dinheiro, com Estadão Conteúdo

Térmicas por solar. Até 2025, a Energisa vai concluir um programa de desligamento de térmicas no Acre e em Rondônia, áreas de concessão da empresa, com as unidades sendo substituídas por linhas de transmissão e subestações, onde for possível, ou por sistemas de geração solar distribuída nas comunidades ribeirinhas, pelo Mais luz para a Amazônia.

— O programa, que soma investimentos de R$ 1,2 bilhão, começou em 2019 e prevê tirar do sistema 19 termelétricas a diesel, ou 169 MW, evitando emissões de 502 mil toneladas de CO₂ por ano na atmosfera.

— Este ano serão investidos R$ 950 milhões nas duas distribuidoras, sendo que cerca da metade virá do programa do governo. Mais de 400 mil pessoas serão beneficiadas em 16 municípios.

— Ao fim do programa, quando a última térmica for desligada, as contas de luz dos brasileiros terão uma economia anual de R$ 665 milhões, referentes à suspensão dos subsídios concedidos à operação das térmicas dos sistemas isolados. Estadão

AES Tietê. Foi aprovada a incorporação das ações da empresa pela AES Brasil Energia, em assembleia geral extraordinária realizada na sexta (29/1).

— Em dezembro passado, o conselho de administração da AES Tietê aprovou proposta de reorganização societária que incluía a criação da holding AES Brasil Energia e a migração da base da AES Tietê para a nova estrutura.

— A empresa informou que a reorganização ensejará direito de retirada aos titulares de ações ordinárias da AES Tietê, com posições entre o dia 18 de dezembro de 2020 até hoje. O acionista que optar pela retirada terá o prazo de 30 dias a partir da data da publicação da ata assembleia.

— Os acionistas dissidentes poderão fazer jus ao direito do valor do patrimônio líquido por ação da AES Tietê, que corresponde a R$ 0,67836260429 por ação. Valor

Carga de energia avança. A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve fechar fevereiro com alta de 1,9% ante igual mês do ano passado, projetou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na sexta (29/1), mantendo tendência de recuperação da demanda após fortes impactos iniciais da pandemia de coronavírus.

— O Sudeste/Centro-Oeste deve ter o maior aumento de carga, com avanço de 2,7% em base anual, enquanto o Nordeste deve ver o menor crescimento, de 0,5%, segundo boletim do ONS.

— O órgão ainda projetou que as chuvas nas hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, que concentram os maiores reservatórios, devem seguir abaixo da média no próximo mês, mesmo em pleno chamado “período úmido” para a região das usinas.

— As precipitações nessas regiões foram estimadas pelo ONS em 68% da média histórica para o mês de fevereiro. No Sul, elas foram previstas em 194% da média, mas a região tem baixa capacidade de armazenamento. Money Times, com Reuters

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