Governo argentino tenta tirar do papel o gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre

Consumo de gás natural

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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O governo argentino tenta tirar do papel a interligação da produção de gás do país com o mercado brasileiro – o projeto Uruguaiana-Porto Alegre. As informações são do Valor.

— “Demos um salto qualitativo, buscando diálogo, explicando a situação argentina. Trouxe uma mensagem clara do presidente Alberto Fernández para colocarmos nossas ideologias de lado e trabalharmos juntos pelo fortalecimento das relações Brasil-Argentina”, afirmou o novo embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, ao jornal.

— O interesse do país é escoar a produção de Vaca Muerta, importante província produtora, com reservatórios não convencionais (shale) de gás natural, na Bacia de Neuquén. É esperada uma reunião entre o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, com o secretário de Energia da Argentina, Darío Martínez, no fim deste mês.

— A integração pode criar uma oferta nova de gás natural nos estados hoje abastecidos pelo Gasbol (gasoduto Bolívia-Brasil, da TBG). Foi tema de conversas do governo brasileiro com Mauricio Macri em 2019, antes da eleição de Alberto Fernández, crítico e alvo de Bolsonaro e seus aliados.

É um projeto antigo da TSB (Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A.), transportadora com participação da Petrobras, em sociedade com Ipiranga, Repsol Exploração Brasil e Total Gas and Power. Todas as empresas têm 25% da empresa.

— A TSB é dona e opera os chamados o gasoduto que importa gás da Argentina para Uruguaiana e, a partir de ponte de interconexão com o Gasbol, transporta gás para o Polo Petroquímico de Triunfo, em Porto Alegre (RS).

— O gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, com quase 600 km de extensão e 15 milhões de m³/dia no projeto da TSB, seria justamente a interligação dos trechos, hoje isolados.

— A TSB não foi incluída no acordo com o Cade, em que a Petrobras inclui a venda de participações na TBG, NTS e TAG – o TCC, assinado em 2019, que inclui a venda da Gaspetro, que detém as participações em distribuidoras estaduais.

A ANP está autorizada a renovar os contratos da 1ª rodada. Decisão do CNPE, de agosto e publicada nesta segunda (14), permitirá aos operadores solicitar a extensão das concessões por até 27 anos. DOU

— Há dois anos, a ANP iniciou a renovação dos contratos da Rodada Zero. A contrapartida é a apresentação de novos planos de desenvolvimento, com previsão de novos investimentos.

— Além da Petrobras, medida em beneficiando outros operadores e empresas que compram campos da companhia, que podem solicitar a extensão dos contratos junto a transferência dos ativos.

— Objetivo é evitar a interrupção da produção, que impactaria no recolhimento de participações governamentais, em campos com potencial para produzir além dos prazos originais dos contratos.

— As empresas também podem solicitar a redução de royalties sobre a produção incremental dos campos para o limite de 5%, previsto em Lei, com base em outra decisão do CNPE, de 2017. O primeiro ativo beneficiado por esta medida foi o campo de Polvo, da PetroRio, em decisão tomada no início deste ano.

Venda de blocos em águas profundas no Espírito Santo entrou em fase vinculante, última antes das negociações e provações internas da Petrobras.

— Plano é vender O objetivo é vender até 50% de ES-M-596, ES-M-671 e ES-M-743, que serão 100% Petrobras, e até 40% do ES‐M‐598 e ES‐M‐673, onde a empresa terá 80%, com a conclusão transferência de operação e participações dos sócios atuais, Equinor e Total. epbr

— Também entraram em fase vinculante as vendas de participação em empresas de geração de energia, que controlam ou têm participação em térmicas a óleo combustível e PCHs –Brasympe Energia S.A., Energética Suape II, Termoelétrica Potiguar, Companhia Energética Manauara (CEM) e Brentech Energia. Reuters

A BP estima que a pandemia vai reduzir a demanda por óleo em 3 milhões de barris/dia em 2025 e 2 milhões de barris/dia em 2050. Em um cenário mais agressivo, contudo, o pico da demanda por óleo pode ter sido ultrapassado. Reuters

— Com as preocupações sobre o desbalanço da oferta e demanda, os preços do petróleo voltam a recuar. Na manhã desta segunda (14), o Brent recuava 0,7%, a US$ 37,55. Nos EUA, WTI recuava 0,8%, a US$ 37,05 o barril. Investing.com

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