Gerdau autorizada a importar 519 mil m³/dia de gás natural

ANP suspende chamada pública para contratação do Gasbol. Na imagem: Planta do Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil), da TBG. Dutos de transporte de gás natural na cor prata com sinalizações em amarelo (Foto: Divulgação TBG)
Objetivo da chamada, que foi adiada de 2021 para este ano, é contratar capacidade de transporte entre 2022 e 2026. Suspensão é temporária e atende a um pedido de impugnação da Sulgás, distribuidora do Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação TBG)

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Três empresas do grupo Gerdau foram autorizadas a importar 519 mil m³/dia de gás natural da Bolívia via Gasbol, da TBG. Portarias publicadas pelo MME nesta terça (8).

— São autorizações para a Gerdau Aços Longos (até 169 mil m³/dia);  Gerdau Aços Especiais (até 140 mil m³/dia); e Gerdau Açominas (até 210 mil m³/dia). Em todos os casos, para consumo nas fábricas do grupo, com validade de três anos.

— Nos últimos anos, a companhia vem se movimentando para acessar o mercado de gás, com a oferta em gasodutos de transporte e revisões regulatórias – está registrada na ANP como carregadora, o que é necessário para contratar capacidade dos gasodutos.

— Gerdau e Petrobras foram as únicas empresas ofertantes na 1º chamada pública do Gasbol, aberta em 2019. Gerdau solicitou 8,5 mil m³/dia de capacidade de saída em São Paulo para entrega em 2020.

— Lembrando que a TBG lança amanhã os primeiros produtos de curto prazo do país. Serão ofertas de capacidades existentes para contratos trimestrais, mensais e, eventualmente, diários.

Outra autorizada pelo MME a importar gás da Bolívia foi a UEG Araucária, controlada pela Copel (80%) e com participação da Petrobras (20%).

— A termelétrica poderá importar até 2,19 milhões de m³/dia, na modalidade firme, extraordinário ou interruptível. O prazo da autorização também é de três anos.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que, após a aprovação da Lei do Gás, em tramitação no Congresso Nacional, os preços do energético irão cair “20%, 30%”. É a previsão do “choque de energia barata” – já foi uma queda de 40% ou de até 50% no caso do GLP, reflexo da grande expectativa da equipe econômica com o novo marco legal.

— “Com a ajuda do ministro Bento [Albuquerque, de Minas e Energia], nós estamos aprovando a lei do gás natural. E aí vai haver um choque de energia barata. Esperamos que o gás caia, 20%, 30%, pelo menos”, disse Guedes (Valor). O PL está no Senado, aguardando a definição do relator.

— Aliás, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP/PR), afirmou que partiu da Economia uma possibilidade de negociação por mudanças no texto, ao explicar, em entrevista recente ao Jota, que é natural que haja diferentes posições nos ministérios. Barros defende que não há risco na interrupção do diálogo direto entre a equipe econômica e a Câmara.

— “Na Lei do Gás, por exemplo, a Economia estava de acordo com algumas alterações no texto, mas Minas e Energia não estava de acordo. E o governo decidiu acompanhar Minas e Energia”, explicou.

Confirmado o veto ao Brasduto, conforme foi acertado entre o MME e lideranças do Senado. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou o projeto que trata do risco hidrológico (GSF), com veto à criação do programa de construção de gasodutos e à transferência de recursos do Fundo Social. epbr

Adiamento das rodadas de concessão é oficializado. Após aprovação da Presidência da República de resolução do CNPE, 17ª rodada fica para 2021 e 18ª para 2022, como previsto. Pandemia forçou o adiamento dos leilões.

Aneel faz primeira troca de diretor substituto. A partir do próximo domingo (13), o superintendente de Regulação de Serviços da Geração, Christiano Vieira da Silva, irá ocupar o cargo do também superintendente Júlio César Ferraz, que deixa a direção da agência após 180 dias. epbr

Petrobras reduz, pela segunda semana consecutiva, os preços de gasolina e do óleo diesel nas refinarias. A partir desta quarta (9), os aplica uma redução média de 5%. G1

— Anúncio ocorre no mesmo dia em que o barril do petróleo despencou nos mercados internacionais, pelo temor de que a recuperação da demanda pelo energético se dê em ritmo menor do que o esperado, aponta a Folha. Foi a quinta sessão consecutiva de queda dos preços.

— Os contratos do Brent para novembro caíram 5,3%, a US$ 39,78 – as transações de maior liquidez no mercado futuro não ficavam abaixo do US$ 40 desde junho. O WTI caiu 7,6%, para US$ 36,76 o barril.

— A queda também é creditada ao fato de a Arábia Saudita ter cortado seus preços de venda para outubro, indicando que a Saudi Aramco vê novas restrições na demanda no curto prazo. G1

— Ações da Petrobras fecharam o dia com queda de 3,5%, a R$ 22,52 (ON), e 2,9%, a R$ 22,26 (PN). O Ibovespa fechou a terça (8) em queda de 1,17%, beirando os 100 mil pontos.

— Dólar fechou o dia em alta de 1,09%, a R$ 5,3662 na venda. A valorização é creditada ao fortalecimento da moeda dos EUA no exterior, diante das incertezas sobre a recuperação econômica mundial. Reuters

A ANP elevou em cerca de R$ 4 bilhões as projeções de arrecadação de royalties e participações especiais no Brasil em 2020 em relação ao previsto em abril – período mais crítico do choque de preços do petróleo no mercado internacional. Não considera as últimas quedas do preço do barril.

— A mais recente estimativa do órgão regulador indica que União, Estados e municípios vão arrecadar R$ 44,3 bilhões este ano, 10% a mais que o projetado há cinco meses. Alta incorpora câmbio e a estabilização do Brent no patamar de US$ 40 observada nos últimos meses.

— Antes da crise do petróleo, a expectativa era de arrecadação de R$ 60 bilhões para 2020. Valor

O mercado piorou a expectativa para a economia brasileira neste ano após nove semanas seguidas de melhora, mostrou a pesquisa Focus, do Banco Central. Queda do PIB em 2020 passa para -5,31%, ante -5,28%. Para 2021, mantido o crescimento de 3,50%.

— Taxa de juros Selic estimada em 2% no fim de 2020. O top 5 do Focus, grupo que mais acerta as previsões, vê Selic a 1,88%, maior que a previsão da semana anterior, de 1,75%. UOL

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que vai incluir mais áreas do litoral da Flórida em uma moratória para a exploração de petróleo. Quer conquistar eleitores do estado, um dos mais importantes para as eleições presidenciais de novembro e que tem o turismo com uma das principais atividades econômicas.

— Trump afirmou que também incluiria áreas dos litorais da Geórgia e da Carolina do Sul na ordem executiva. Segundo ele, avanços na produção do shale e políticas para promover a produção de energia nos EUA permitem que essas regiões sejam protegidas. Valor

No offshore da Guiana, a Exxon Mobil anunciou sua 18ª descoberta de petróleo. Campanha no bloco Stabroek, onde a operadora espera comprovar a estimativa de mais de 8 bilhões de barris de reserva. Valor

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