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ExxonMobil se aproxima de 11 bilhões de barris descobertos na Guiana

Petrobras prevê iniciar campanha na margem equatorial em novembro, sete anos após última perfuração na região

Blocos contratados na Margem Equatorial
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eixos.com.br | 26/04/22

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A Petrobras prepara para novembro o início das perfurações na margem equatorial, enquanto a ExxonMobil anuncia mais três novas descobertas na vizinha Guiana.

— A petroleira norte-americana fez novas descobertas em Barreleye-1, Patwa-1 e Lukanani-1 e ampliou, assim, as estimativas de volumes recuperáveis no Stabroek para quase 11 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). Já são cinco as descobertas da ExxonMobil no offshore da Guiana apenas em 2022.

— Este mês, a companhia já havia decidido investir US$ 10 bilhões em um quarto projeto de produção de petróleo na costa da Guiana – uma das principais apostas da major, com previsão de produção de até 1,2 milhão de boe/dia até 2027.

— Enquanto isso, no Brasil, as atividades na margem equatorial, fronteira exploratória onde geólogos apostam haver potencial como o da Guiana, ainda engatinham. A Petrobras espera iniciar, em novembro, as perfurações na região, que reúne as bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. A campanha deve marcar a volta das atividades de exploração à região, sete anos após o último poço perfurado no local.

Ao participar do Energy Talks desta quinta-feira (28/04), o gerente-executivo de exploração da Petrobras, Mario Carminatti, afirmou que a ideia da companhia é perfurar entre dez e onze poços em águas profundas e ultraprofundas na região nos próximos anos.

– Um estudo realizado pelo ex-diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em conjunto com o geólogo e consultor Pedro Zalán (ZAG, ex-Petrobras) e Ronaldo Gomes Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra, indicam um potencial do porte de um “novo pré-sal” somente na Bacia do Pará-Maranhão.

– A exploração da margem equatorial brasileira esbarrou nos últimos anos no licenciamento ambiental. Ambientalistas, no entanto, questionam a exploração da região, em bacias como a Foz do Amazonas, em função do risco para a biodiversidade única local.

ANP revisa regras sobre compensação a proprietários de terra A agência abriu período de consulta pública sobre uma possível redução da alíquota da compensação financeira paga pelas petroleiras aos proprietários das terras onde são realizadas atividades de exploração e produção.

— A agência propõe que a alíquota padrão hoje em vigor, de 1% sobre a receita bruta de produção, seja flexibilizada, variando entre 0,5% e 1%. O objetivo, segundo a ANP, é aumentar a atratividade e economicidade de novas áreas a serem ofertadas nas futuras licitações. Nada mudará para campos atualmente em produção.

— A Lei do Petróleo (nº 9.478/1997) determina uma alíquota variável entre 0,5% e 1%. A Portaria ANP nº 143/1998, no entanto, determinou, como regra geral, a aplicação do percentual de 1%, permitindo como exceção a alíquota de 0,5% para campos marginais e projetos campo-escola.

— A ANP propõe flexibilizar a definição da alíquota; normatizar pontos atualmente omissos; e realizar aprimoramentos pontuais no regulamento para dar maior segurança jurídica.

— Em 2021, foram pagos R$ 144,5 milhões a proprietários de terra, referentes a 1.619 contratos de campos.

PetroRio mantém negociação para compra de Albacora O presidente da companhia, Roberto Monteiro, confirmou que a compra da área, que é 100% da Petrobras, na Bacia de Campos está demorando um pouco mais por causa da descoberta do reservatório de Forno, no pré-sal do campo, informa o Valor. A área passa no momento por um teste de longa duração para estimativas sobre potencial de produção.

A PetroRio anunciou esta semana a aquisição dos 90% da Petrobras no campo vizinho de Albacora Leste por US$ 2,2 bilhões.

Petróleo sobe Em meio a uma possível adesão da Alemanha ao boicote ao petróleo russo, os preços dos contratos para julho do Brent fecharam a sessão de quinta-feira (28/04) com valorização de 2,20%, a US$ 107,26 o barril, enquanto o WTI para junho subiu 3,27%, a US$ 105,36 o barril. Valor

Arrecadação de países produtores de petróleo baterá recorde em 2022 O valor deve atingir US$ 2,5 trilhões neste ano, em valores nominais, com a valorização das commodities e do aumento da oferta de óleo e gás no mundo, de acordo com projeções da consultoria Rystad Energy. O recorde anterior ocorreu em 2011, quando a renda dos países totalizou US$ 2,1 trilhões em participações governamentais.

— No Brasil, após avançar 65% e bater a marca histórica de R$ 74,4 bilhões em 2021, a arrecadação de União, estados e municípios com royalties e participações especiais deve saltar 58,9% em 2022, para R$ 118,7 bilhões, de acordo com projeções da ANP.

Refino no foco do novo conselheiro do Cade, ligado a Bolsonaro O novo integrante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gustavo Augusto Freitas de Lima, confirmou que o setor de óleo e gás é prioridade da autarquia, informa o Valor. Procurador Geral Federal (PGF) de carreira, o conselheiro era assessor jurídico da Presidência da República.

— Segundo ele, o foco da autarquia esteve na revenda e na distribuição. “Agora parece que o Cade tem que avançar para o terceiro ponto dessa cadeia, que é refino”, afirmou. Em 2019, a Petrobras firmou um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o órgão para a venda de oito de suas refinarias. Apenas uma delas, a baiana RLAM, teve a venda efetivamente concluída até o momento. Este ano, o órgão antitruste aprovou uma nova prorrogação dos prazos para que a petroleira conclua os desinvestimentos.

— Recentemente, Gustavo Augusto Lima disse que a Petrobras adota uma “postura anticoncorrencial”.

Para ministro do TCU, governo criou “falsa expectativa” sobre privatização da Eletrobras O vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou que “é normal que o Ministério da Economia busque argumentos”, mas que o tribunal lida com rito e mérito. Segundo ele, o governo já sabia que o TCU não aprovaria o projeto da privatização da Eletrobras ainda em abril, informa O Globo.

— O governo pretendia, inicialmente, concluir a capitalização da Eletrobras até maio. A operação, porém, depende da análise do TCU, e o governo pressionou o tribunal para aprovar o processo em abril.

— Na semana passada, em sessão plenária para avaliar a segunda etapa da privatização da estatal elétrica, o ministro Vital do Rêgo pediu vistas ao processo, como era esperado. Mas, em vez dos 60 dias habitualmente concedidos nesses pedidos, a presidente do tribunal, ministra Ana Arraes, concedeu vistas coletivas de 20 dias ao colegiado para analisar a modelagem.

— “A novidade aqui é esse clima de que o tribunal iria rasgar o regimento interno. Criou-se uma falsa expectativa para depois dizer que a responsabilidade é do tribunal”, disse Dantas, em alusão à retórica da equipe econômica do ministro Paulo Guedes, de que o TCU poderia travar o projeto.

… E acionistas minoritários irão ao TCU pela Eletrobras A Abradin, associação que representa acionistas minoritários em empresas de capital aberto, terá uma reunião na próxima semana com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, para questionar os valores da privatização da Eletrobras, diz a Reuters. Segundo o presidente da Abradin, Aurélio Valporto, os valores e parâmetros usados na precificação de ativos permanentes, como usinas e linhas de transmissão, foram subavaliados e valeriam cerca de dez vezes mais.

Projeto no Senado isenta elétricos e híbridos de imposto de importação O PL nº 403/2022, do senador Irajá (PSD/TO), estipula a isenção até 31 de dezembro de 2025. A proposta tenta estender os incentivos de uma resolução de setembro de 2020, do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), que zerou a alíquota de 35% para a maioria dos casos de importação de veículos elétricos ou híbridos, e reduziu a 2% ou 4% em algumas situações.

JBS lança empresa para locação de caminhões elétricos A No Carbon vai atuar inicialmente nas operações logísticas da própria JBS, atendendo o setor de distribuição de produtos das marcas Friboi, Seara e Swift, e será responsável pela gestão de uma frota de caminhões movidos à energia elétrica. Os pontos de recarga estarão disponíveis nos centros de distribuição das marcas. A autonomia do veículo (com o baú) é de até 150 quilômetros.

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