Exploração de petróleo tem queda forte puxada por Brasil e Guiana, diz Westwood

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A exploração de óleo e gás no mundo teve forte queda em 2023, puxada pela redução da atividade exploratória no Brasil e na Guiana, segundo relatório da consultoria Westwood.

– Foram perfurados 64 poços de alto impacto no ano passado, o menor número já registrado pela consultoria, e uma queda de 22% em relação aos 82 poços de 2022.

• Poços de alto impacto são os que buscam descobrir ao menos 100 milhões de barris de óleo equivalente (boe) ou em áreas de fronteira.

Diferença regional. Enquanto a América do Sul puxou para baixo a atividade exploratória, no Norte, houve aumento das perfurações de impacto, de 10 para 19.

• No Brasil, a perfuração de alto impacto caiu 80%, de 10 poços para 2, e sem sucesso comercial.
• Na Guiana, reduziu em cerca de 60%, de 10 para 4.

Descobertas. Foram feitas 13 descobertas potencialmente comerciais a partir dos 64 poços de alto impacto completados em 2023, segundo a consultoria.

– Ao todo, as descobertas somam uma estimativa preliminar de aproximadamente 1,2 bilhão de barris de petróleo e cerca de 11 trilhões de pés cúbicos de gás.

• É uma queda de 62% em relação aos 8 bilhões de boe em 2022 a partir de 29 descobertas comerciais.

Descasamento com o preço. A redução da atividade exploratória aconteceu mesmo com altos preços do petróleo, o que pode indicar pela primeira vez um descasamento entre os dois fatores, segundo a consultoria.

– “[A queda ocorreu] apesar de um preço do petróleo superior a US$100/barril em 2022, o que normalmente teria contribuído para maiores gastos de exploração no ano seguinte. A ligação entre os preços do petróleo e a perfuração que se manteve durante muitos anos pode finalmente ter sido quebrada à medida que as empresas equilibram as suas ambições de exploração com o ritmo da transição energética”, afirmou a Westwood.

Perspectivas para 2024. Este ano, a consultoria estima que deve ser mantido o mesmo patamar baixo de atividade, com 60 a 65 novos poços de alto impacto.

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– A América do Sul espera fazer uma recuperação em 2024 com cerca de 15 poços de alto impacto esperados, em comparação com nove em 2023.

• O relatório destaca duas perfurações brasileiras: Anhangá, na Bacia Potiguar, Margem Equatorial, da Petrobras; e Pau-Brasil, no pré-sal da Bacia de Santos, da bp.

Petróleo sobe. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (22/2), após o anúncio de um aumento menor que o esperado nas reservas dos Estados Unidos.

– O barril de petróleo Brent para entrega em abril subiu 0,77%, para US$ 83,67. O WTI para o mesmo mês aumentou 0,89%, fechando a US$ 78,61 o barril.

CNOOC compra da PPSA. A petroleira chinesa adquiriu pela primeira vez petróleo da União, ao vencer leilão promovido pela PPSA e levar uma carga de 500 mil barris do campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos – com preços baseados no Brent.

Pedida falência da Sete Brasil. O administrador da companhia, Gustavo Banho Licks, pediu a falência da empresa à Justiça após quase quatro anos sem que a recuperação judicial tivesse sucesso, informa a Folha de S. Paulo.

PF investiga servidor da ANP. A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Niterói na Operação Criminalis Vigilantia, que investiga tráfico de influência por um servidor da agência reguladora. Veja os detalhes

Entrevista exclusiva com o deputado Arnaldo Jardim, relator do Projeto de Lei Combustível do Futuro

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Cade deve liberar refinarias. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve aceitar o pedido da Petrobras e liberar a estatal da obrigação de vender refinarias e ativos restantes no mercado de distribuição e transporte de gás natural, apurou o Valor.

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Diálogos da Transição. Aprovado no apagar das luzes dos trabalhos legislativos de 2023, o projeto de lei que cria o mercado regulado de carbono no Brasil chega ao Senado com uma série de alterações feitas pela Câmara dos Deputados e algumas ressalvas do governo e setor empresarial. Entenda

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