Comece seu Dia

Eólicas offshore retornam à pauta do Senado depois das eleições

Relator do projeto de lei para geração de energia no mar diz que votação pode ocorrer em novembro

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião com 15 itens. Entre eles, o PL 2.874/2019, que dispõe sobre a doação de alimentos por supermercados e estabelecimentos similares.

Em pronunciamento, à bancada,  senador Weverton (PDT-MA).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião com 15 itens. Entre eles, o PL 2.874/2019, que dispõe sobre a doação de alimentos por supermercados e estabelecimentos similares. Em pronunciamento, à bancada, senador Weverton (PDT-MA). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

NESTA EDIÇÃO.

Expectativa é pela votação do PL das eólicas offshore em novembro.
 
Eletrobras forma parceria para solar flutuante
 
Retorno do investimento na energia solar cai com alta na conta de energia. 
 
Naturgy lança chamada para aquisição de gás natural. 
 
TotalEnergies troca comando no Brasil. 


EDIÇÃO APRESENTADA POR

Passado o segundo turno das eleições municipais neste domingo (27/10), a expectativa é que a partir da próxima semana as discussões sobre o projeto de lei das eólicas offshore retornem ao Senado. 
 
O relator do texto, Weverton Rocha (PDT/MA), disse que espera que o projeto que trata da geração de energia no mar seja votado em novembro
 
Ele está em negociações com líderes do Congresso Nacional e com o governo para uma versão final do texto.
 
Primeiro, a proposta precisa ser aprovada na Comissão de Infraestrutura do Senado, para depois seguir para o plenário.
 
O PL das eólicas offshore foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2023, com diversas emendas para projetos de geração termelétrica a gás natural, além de renováveis, os chamados “jabutis”.  

  • Os acréscimos ao texto atrasaram o debate sobre o tema original e levaram a um arrefecimento nas preparações da indústria para iniciar investimentos nessa cadeia. 

O mercado tem pressa para iniciar estudos das áreas, o que só vai poder ocorrer depois da aprovação do marco legal e da realização de um leilão de prismas pelo governo. 
 
Apesar da demora, ainda há agentes em movimento. Esta semana, a Eletrobras assinou um memorando de entendimento (MoU) sobre o assunto. 

  • A holding elétrica brasileira também tem um acordo de cooperação sobre o tema com a Shell
  • A parceria foi fechada com a Ocean Winds (OW), joint-venture entre EDP Renováveis e a Engie, para avaliação de oportunidades de negócios


Mercado de carbono. Outro tema que também tem urgência no Congresso. Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil tenta aprovar um marco legal para o mercado regulado de carbono a tempo da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A senadora Lelia Barros afirma que as negociações estão avançadas e que, passadas as eleições municipais, enxerga uma janela para que o texto seja levado a votação. Leia na Diálogos da Transição
 
Eletrobras terá solares flutuantes. A Eletrobras quer instalar usinas fotovoltaicas flutuantes sobre a superfície de reservatórios de hidrelétricas em Sapucaia (RJ) e nos municípios baianos de Jequié, Paulo Afonso e Sobradinho. Para tanto, a companhia vai formar  joint ventures entre as subsidiárias Chesf, Eletrosul e Eletronorte e a Gosolar, da Goener. As parcerias estão em análise no Cade
 
Solar se paga mais rápido. O tempo de retorno do investimento de sistemas de energia solar diminuiu por conta do acionamento da bandeira tarifária vermelha. A redução de prazo foi de até três meses, segundo dados da Solfácil. 
 
Crescimento da GD. O mercado de micro e minigeração distribuída deve seguir aquecido nos próximos anos, mesmo com menos subsídios, na avaliação do diretor de energia do grupo Cesbe, Rodrigo Kimura. Para ele, a mudança nas regras para os projetos se beneficiarem de subsídios movimenta o mercado e seguirá impulsionando o crescimento do segmento.
 
Biometano. A Orizon VR, por meio de sua subsidiária Orizon Energia e Gás Renovável (BioE), anunciou nesta terça (22/10) que vai instalar uma planta de biometano no aterro sanitário de Piratininga (SP), de propriedade da Estre Ambiental. O projeto prevê uma produção de cerca de 25 mil m³/dia a partir de 2027.
 
Chamada para gás natural. A Naturgy, controladora da CEG e CEG Rio, abriu chamadas públicas para aquisição de gás natural e definiu um preço-teto para as propostas, numa tentativa de dar mais competitividade ao seu portfólio de suprimento. 

  • De acordo com o edital da concorrência, o fator Brent (percentual do preço do petróleo ao qual o gás é indexado) deverá ser de no máximo 10% – patamar acima do que a Petrobras está oferecendo em suas novas condições comerciais.

TotalEnergies troca comando. A TotalEnergies anunciou o nome de Olivier Bahabanian para o cargo de diretor-geral da filial no Brasil. Ele vai substituir Charles Fernandes, que lidera as operações no país desde 2021, e vai passar a liderar os negócios de E&P na região Ásia-Pacífico. A mudança está programada para novembro.

Plataforma para transição. Os ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), Meio Ambiente e Fazenda lançaram, nesta quarta-feira (23/10), a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil, durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, em Washington. 

  • O objetivo é atrair novos investimentos estrangeiros privados para projetos de transição energética considerados prioritários e alinhados às políticas do governo.

Opinião: Com a certeza de que novas tempestades virão, mais cedo ou mais tarde, estaremos prestes a enfrentar outro apagão? As medidas anunciadas pela Enel serão suficientes para evitar mais interrupções?, escrevem Roberta Aronne; Luan Soares e Marceli Kobayash, das áreas de Energia, Construção e Gestão de Contratos do escritório de advocacia Simões Pires