EIG sai da TBG, mas busca novos negócios no mercado de gás

Consumo de gás natural

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Editada por Gustavo Gaudarde
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A EIG Global Energy Partners fechou acordo para a venda de sua participação de 27,5% na TBG para a companhia belga Fluxys, informou a empresa nessa terça (5), sem revelar o valor do negócio.

— A venda deve ser concluída em dois meses após o cumprimento das condições precedentes entre as partes, disse a EIG, destacando que as duas empresas também irão atuar em cooperação estratégica no mercado de infraestrutura de gás do Brasil. Reuters

— As cotas a EIG estão estão diluídas nas participações dos sócios da Petrobras na transportadora – BBPP Holdings (29%); YPFB Transporte do Brasil (12%) e GTB-TBG Holdings (8%). Em dezembro, a Petrobras iniciou a venda da sua participação de 51%.

Em entrevista ao Valor, o presidente da EIG, Blair Thomas, apontou que o investimento feito em 2012 atingiu a maturidade esperada e o movimento não representa uma saída do mercado de gás: “a nova Lei do Gás é muito positiva, os desinvestimentos da Petrobras também são positivos. Tudo isso aumenta a oportunidade de investidores privados de participarem do setor”, diz.

— Em nota, o CEO da Fluxys, Pascal De Buck, afirmou que será importante continuar o desenvolvimento da infraestrutura-chave da TBG. “Nosso objetivo é trazer para o Conselho da TBG nossa experiência industrial com infraestrutura de gás em ambientes regulados e apoiar o progresso da empresa por meio do conhecimento compartilhado”, afirmou.

— A EIG controla a Prumo Logística, dona do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), onde é desenvolvido o complexo de gás e energia da Gás Natural Açu (GNA). Os planos atuais são conectar o terminal de GNL do hub com a malha de transporte em Macaé.

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Petróleo sobe com Arábia e Irã. Os preços do petróleo dispararam quase 5% nessa terça (5/1), após notícias de que a Arábia Saudita fará cortes de produção voluntários e diante do aumento na tensão política internacional pela apreensão de um navio sul-coreano pelo Irã.

— Os futuros do Brent fecharam em alta de US$ 2,51, ou 4,9%, a US$ 53,60 o barril. Já o WTI avançou US$ 2,31 (4,9%), para US$ 49,93 o barril.

— A Arábia Saudita fará cortes adicionais voluntários de 1 milhão de barris por dia (bpd) em fevereiro e março. A medida faz parte de um acordo para convencer os produtores da Opep+ a manter o bombeamento estável em meio a preocupações de que novos lockdowns relacionados ao coronavírus afetem a demanda.

— As tensões sobre a apreensão de um navio sul-coreano pelo Irã, que é membro da Opep, continuaram. O país negou que estaria mantendo o navio e seus tripulantes como reféns, um dia após apreendê-lo no Golfo Pérsico, em meio a pressões para que a Coreia do Sul libere US$ 7 bilhões em fundos congelados por sanções impostas pelos EUA. Investing.com, com Reuters

E&P no Ártico | O governo dos EUA anunciou na segunda (4/1) que concluiu seu plano para abrir vastas áreas no território do Alasca Ártico, antes protegidas, para a exploração de petróleo. O plano, assinado em 21 de dezembro pelo secretário do Interior, David Bernhardt, permite a concessão sob padrões mais flexíveis.

— A decisão vai liberar mais terras no oeste de North Slope e faz parte de uma série de medidas favoráveis à produção de óleo tomadas pelo governo Donald Trump em seus últimos dias. Ela ocorre pouco antes de um leilão de direitos de exploração da Reserva Nacional de Vida Selvagem do Ártico (ANWR, na sigla em inglês), no leste de North Slope, marcado para esta quarta (6/1).

— O plano permite a exploração de petróleo em cerca de 80% da reserva. Sob leis do governo de Barack Obama, cerca de metade da reserva estava liberada para concessão, com a outra metade sendo protegida por razões ambientais e indígenas.

— A Agência de Gestão de Terras dos EUA divulgou seus planos para a Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A), uma faixa de terra de 9,3 milhões de hectares no oeste de North Slope. A NPR-A é o principal local de produção de petróleo do Alasca, com média de 466 mil barris por dia (bpd) em 2019, segundo dados do Departamento de Energia dos EUA. Reuters

Etanol mais caro. O aumento da alíquota de ICMS sobre o etanol hidratado promovido pelo governo do estado de São Paulo, de 12% para 13,3%, a partir da segunda quinzena de janeiro, poderá reduzir a competitividade do combustível nas bombas ou diminuir o preço recebido pelas usinas, segundo executivos e analistas.

— Mas o impacto poderá ser compensado se a Petrobras repassar a recente elevação do petróleo para os preços domésticos da gasolina.

— Nas contas da trading Czarnikow, o preço do etanol na usina teria de cair por volta de 3,2% para que o preço do biocombustível não tenha que subir nas bombas — o que, aos preços da última semana segundo indicador Cepea/Esalq, representaria uma redução de R$ 0,65 por litro. Em simulação feita pela trading SCA, a redução seria mais próxima de R$ 0,25 por litro.

— Entretanto, aponta Martinho Ono, diretor da SCA, se a Petrobras repassar integralmente a recente alta do petróleo para a gasolina A, vendida nas refinarias, o preço da gasolina C nas bombas poderia subir R$ 0,12 por litro, abrindo espaço para que o etanol subisse nas bombas sem perder competitividade. Valor

Blecaute no Piauí. A Aneel cobrou da distribuidora Equatorial Energia Piauí explicações sobre o blecaute que atingiu cerca de 71 mil unidades consumidoras na região de Teresina, capital do Piauí, na virada do ano. Segundo informações disponibilizadas pela concessionária, o restabelecimento completo dos bairros atingidos ocorreu no último domingo (3/1).

– A agência reguladora deu até 11 de janeiro para que a distribuidora informe a quantidade de consumidores afetados, os equipamentos impactados da rede, a quantidade de equipes emergenciais para atender às ocorrências e a adequada comunicação com os consumidores.

Sem impacto da covid. As distribuidoras de energia elétrica não sofreram novos efeitos negativos no faturamento e na inadimplência nos últimos dois meses que possam ser atribuídos às consequências da pandemia de coronavírus, apontou o Ministério de Minas e Energia (MME) em boletim divulgado nessa terça (5/1).

— A inadimplência de curto prazo, que leva em conta os 60 dias mais recentes, está atualmente em 0,8%, ante média mensal de 1,93% em 2019, antes que a Covid-19 chegasse ao Brasil, aponta o documento que monitora impactos da crise sanitária sobre a indústria de energia.

— Entre março e abril, essa inadimplência foi de 8,19%, e o índice chegou a ultrapassar 10% em meados de maio. Por outro lado, se considerado apenas o acumulado do mês de novembro, a inadimplência junto às distribuidoras ficou em 5,22%, ante média de 3,75% de janeiro a outubro e média mensal de 1,93% para o ano de 2019, ainda de acordo com o boletim.

— A crise provocada pela Covid fez o MME e o Ministério da Economia costurarem um empréstimo emergencial para o segmento junto a um grupo de bancos incluindo o BNDES. A operação, de cerca de R$ 16 bilhões, será quitada em cinco anos, com repasse às tarifas.

— Apesar do empréstimo, as distribuidoras de energia ainda pleiteiam à Aneel uma avaliação sobre os impactos de longo prazo da pandemia sobre o equilíbrio econômico e financeiro de suas operações. Reuters

Licenças para eólicas A Neoenergia recebeu da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) do Piauí as licenças de instalação (LI) para iniciar as obras de mais sete parques do Complexo Eólico Oitis. A companhia realiza ainda nesta semana a mobilização para abrir novas frentes de trabalho no estado, acelerando a implantação dos parques.

— Oitis será o maior ativo de geração eólica da Neoenergia no Brasil, com capacidade instalada de 566,5 MW – serão 103 aerogeradores com potência unitária de 5,5 MW. Ao todo, o complexo terá 12 parques, sendo dois na Bahia, cujas obras foram iniciadas em novembro, com três meses de antecipação em relação ao previsto, e os demais no Piauí. A previsão da Neoenergia é iniciar a operação comercial do Complexo Oitis em 2022.

— Além da LI dos parques, a companhia obteve a licença prévia que atesta a viabilidade do projeto da linha de transmissão de 70 quilômetros, com tensão em 500 kV, para conectar o projeto de geração ao sistema elétrico, através da subestação Queimada Nova II, no Piauí.

Solar. O Grupo Fleury, de medicina e saúde, fechou acordo com a francesa GreenYellow para a contratação de 4,5 MWp em energia solar, por dez anos. O volume irá abastecer 47% da energia consumida pelo grupo no Rio de Janeiro por meio das marcas presentes no estado, o que representa 45 unidades, entre Labs a+, Felippe Mattoso e LAFE, todas em baixa tensão.

— O consumo energético do Fleury em território fluminense por suas unidades localizadas em shopping centers, centros de atendimento ao público ou áreas técnicas onde são processados os exames representam, atualmente, 27% do total utilizado pela companhia em todo o país.

— Para suprir o grupo, a GreenYellow irá construir uma usina fotovoltaica na cidade de Paty dos Aferes, no interior do Rio, um investimento de mais de R$ 19 milhões. A planta contará com a produção anual de 7,4 GWh, por meio de 7.055 painéis solares. A usina, que deve operar ainda este ano, tem estimativa de quase 4 mil toneladas de CO2 evitadas no período de um ano.

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