Consumo industrial de gás natural recua 32% em abril

Trabalhador, de uniforme azul, com capacete, óculos, protetor auricular e luvas de proteção, opera registro, na cor preta, em rede de dutos metálicos, nas cores amarelo e prata. Gasoduto em city gate: ponto de entrega de gás (Foto: Divulgação Comgás)
O Cade reconhece que a operação reforça concentrações verticais e horizontais no mercado brasileiro de gás natural, mas conclui que o ‘efeito líquido’ é positivo (Foto: Divulgação Comgás)

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Consumo não termoelétrico de gás natural atingiu o menor patamar em 15 anos, de acordo com informações da Abegás, publicadas nesta terça (17). Demanda total de 41 milhões de m³/dia em abril, 25% menor na comparação com igual período de 2019.

— Os maiores segmentos registraram queda. Na industria, retração de 32%, para 19,3 milhões de m³/dia e de 23% na demanda de gás para matéria prima, para 435 mil m³/dia

— Geração de energia recuou 10%, para 12,5 milhões de m³/dia – segmento termoelétrico ainda registra alta no acumulado do ano, com a demanda do primeiro trimestre. A cogeração caiu 23%, para 2,2 milhões de m³/dia.

— Demanda por GNV caiu 45%, para 3,4 milhões de m³/dia, e a comercial recuou 42%, para 508 mil m³/dia, refletindo as restrições na circulação de pessoas e a paralisação de negócios em resposta à pandemia. Em casa, o consumo subiu 14%, para 1,4 milhão de m³/dia.

— “O aumento da inadimplência também preocupa. As distribuidoras funcionam como arrecadadoras de todos os elos da cadeia. Recebem, em média, apenas 17% da tarifa paga pelo consumidor”, afirmou o presidente da Abegás, Augusto Solomon.

— Abegás afirma que mantém diálogo com o governo federal para estruturar uma medida similar à criada para o setor elétrico (a Conta-Covid) e calcula uma demanda por R$ 3 bilhões em crédito.

— “Há entraves para tomar empréstimos bancários que ajudem toda a cadeia do gás na travessia desse momento difícil”, afirma Solomon.

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A Petrobras vai vender sete campos de terra e águas rasas em Alagoas, incluindo a unidade de processamento de gás natural (UPGN) de 2 milhões de m³/dia do estado, responsável pelo processamento de 100% do gás do polo e pela geração de LGN (líquido de gás natural).

— O Polo Alagoas inclui os campos de Anambé, Arapaçu, Cidade de São Miguel dos Campos, Furado, Pilar e São Miguel dos Campos, em terra, e Paru, em lâmina d’água de 24 metros. Produção média total de 2,3 mil barris/dia de óleo e condensado e 856 mil m³/dia de gás em 2019.

A ANP reduziu para 10% (B10) a mistura obrigatória de biodiesel, por riscos de desabastecimento do mercado, informou sua assessoria nesta terça (16). Decisão vale para a comercialização desta até o próximo dia 21. epbr

— O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a decisão foi uma questão “localizada” e não reflete uma mudança de entendimento da pasta em relação ao planejamento para o setor. Está em vigor este ano o B12, mistura com 12% de biodiesel, dentro do planejamento aprovado pelo CNPE para elevar até o B15, em 2023. epbr

— Na visão da Ubrabio, é reflexo de decisões que começaram na segunda quinzena de abril, quando as distribuidoras reduziram a retirada dos volumes adquiridos no 71º leilão de biodiesel (L71).

— “Chegou a um ponto de não ter como produzir por conta do abrupto represamento da retirada das distribuidoras, que atrapalhou o fluxo de produção das indústrias. Algumas empresas ficaram mais de 10 dias paradas por conta da baixa retirada”, explica o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski.

O presidente da frente parlamentar do setor sucroenergético, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), vai formalizar um pedido de apoio na Câmara dos Deputados para a derrubada do veto à tributação especial do RenovaBio. O veto está na pauta desta quarta (17).

— Bolsonaro vetou o artigo da Lei do Agro (13.986/2020) que estipulava uma a alíquota de 15%  sobre a comercialização dos créditos de descarbonização (CBIOs) pelos produtores de biocombustíveis. Bento Albuquerque prometeu uma MP. epbr

O BNDES disponibiliza a partir de quarta (17) o Programa de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro (BNDES PASS), a linha de financiamento garantida por estoques de etanol, anunciada na primeira semana de junho.

“A linha está alinhada com o mercado. Os feedbacks que o banco está tendo estão sendo muito positivos. Esperamos ter uma demanda satisfatória”, afirmou a instituição à epbr.

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Vanessa Viola, vice-presidente sênior para a América Latina da Argus e Clayton Melo, diretor da Argus no Brasil, apresentaram um resumo dos impactos e os cenários de demanda, preços e paridade internacional nos mercados de gasolina e diesel, em transmissão realizada nesta terça (17). Disponível no Youtube   

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam na terça (16) em alta de 3,1%, a US$ 40,96 por barril, e o WTI avançou 3,4%, para US$ 38,38 dólares, acompanhando expectativas positivas para a economia americana e previsão de alta na demanda de óleo. Reuters

— OPEP manteve a projeção de recuo da demanda mundial em 9,1 milhões de barris por dia em 2020, em seu relatório mensal. Valor

— Volatilidade vista nos últimos dias continua, com Brent valendo entre US$ 41,46 e US$ 40,03 nas primeiras horas de negociação desta quarta (17).

IBP formalizou a criação da Associação Brasileira de Downstream (ABD) para representar empresas de refino, logística, distribuição de combustíveis e de lubrificantes.

— Em nota, a ABD cita como prioridades a revisão do modelo tributário da cadeia de óleo e gás, questões de regulação e legislação, o combate ao mercado ilegal de combustíveis, garantia do abastecimento e a disponibilidade de infraestrutura logística.

— A presidente do IBP, Clarissa Lins, integra o conselho da ABD ao lado dos executivos Cláudio Mastella (Petrobras), Marcelo Araujo (Ipiranga), Rafael Grisolia (BR Distribuidora), Ricardo Mussa (Raizen), Roberto Simões (Braskem), Marcos Benício Antunes (Transpetro), José Paulo Fernandes (Cattalini) e Leonardo Linden (Iconic).

— As empresas Lubrizol, Moove, Petronas, Prumo, Ultracargo e YPF também se associaram à ABD.

Petrobras vai manter cerca de metade de sua equipe administrativa trabalhando em casa permanentemente, disse a empresa à Reuters. Desde março, 90% de seus 21 mil funcionários da área administrativa trabalham de casa.

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