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Conclusão de Angra 3 evita custos e provê segurança, diz EPE

Segundo a estatal, abordagem dos estudos sobre finalização da usina nuclear foi estratégica e não qualitativa

Obras de construção da usina nuclear de Angra 3, iniciadas em 1984 (Foto Divulgação Eletronuclear)
Usina de Angra 3 | Foto Divulgação Eletronuclear

NESTA EDIÇÃO.

EPE se posiciona sobre Angra 3.
 
EUA mantém previsão de US$ 74 para o Brent em 2025.
 
NTS e TAG fecham primeiros contratos após conexão das malhas. 
 
Fundo saudita avalia investimentos em minerais críticos no Brasil. 
 
Lula sanciona programa para dívidas dos estados que pode impactar estatais. 


EDIÇÃO APRESENTADA POR

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) afirmou que os estudos sobre os impactos ao sistema elétrico da conclusão da usina nuclear de Angra 3 concluíram que o projeto vai evitar gastos de abandono e moderar custos sistêmicos, além de prover segurança energética e confiabilidade para o sistema

  • Os estudos tiveram uma abordagem “estratégica e não quantitativa” e seguiram a experiência internacional sobre o tema, segundo a estatal. 

A análise apontou ainda que a finalização das obras “contribui para aumentar a descarbonização e a resiliência climática da matriz energética nacional”. 
 
“Ademais, a construção de Angra 3 evita arrependimentos futuros associados à perda do domínio tecnológico e à desmobilização da cadeia de fornecedores de bens e serviços no Brasil”, afirmou. 
 
A nota diz também que decisões “baseadas em visões de mundo” estão levando a “arrependimentos custosos em outros países”. Leia na íntegra.
 
O posicionamento foi divulgado após uma reportagem do Estadão apontar que gerar o projeto teria custo extra aos consumidores de até R$ 61 bilhões. 

Em dezembro, durante a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) , o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou a pautar a continuidade das obras e conclusão da usina, orientando pela aprovação. 

A pauta, no entanto, foi objeto de um pedido de vistas coletivo, que jogou a decisão para uma reunião extraordinária prevista para o fim deste mês

  • É o que pode definir se a usina, em construção desde a década de 1980, será concluída.
  • A decisão também é importante para que a Eletronuclear, responsável pelo projeto, consiga honrar pagamentos a fornecedores, parceiros e credores. 


Preço do barril. O Departamento de Energia dos Estados Unidos manteve sua previsão do preço médio do petróleo Brent em 2025 de US$ 74 o barril, segundo o relatório mensal de perspectivas de energia no curto prazo, divulgado na terça-feira (14/01). Para 2026, o departamento americano prevê o Brent caindo para US$ 66 o barril

  • Nos últimos dias, o preço do barril sofreu os efeitos das novas sanções dos EUA à produção russa. O cenário ampliou a diferença entre os combustíveis vendidos pela Petrobras e os preços internacionais. Segundo a Abicom, na terça a gasolina da estatal estava em média 14% abaixo dos preços internacionais, enquanto a defasagem no diesel era de 24%.  

Primeiros contratos após conexão da malha. A NTS e a TAG assinaram com a Eneva e BTG Pactual Commodities os primeiros contratos para uso da interconexão entre as malhas de gasodutos do Sudeste e Nordeste. Os acordos são mensais e totalizam uma capacidade de 220 mil m³/dia. Ao todo, as transportadoras investiram R$ 46 milhões no projeto.

Biometano. A Marca Ambiental iniciou a construção de uma planta no aterro sanitário de Cariacica (ES), prevista para começar a produzir no segundo semestre de 2025. O investimento no projeto é de R$ 70 milhões. Ao todo, a usina será capaz de processar 60 mil m³/dia de biogás para a obtenção do biometano.

Missão ao Oriente Médio. A Ma’aden, braço de mineração do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, planeja abrir seu primeiro escritório em São Paulo, segundo o ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira. A expectativa é de investimentos de cerca de R$ 8 bilhões.

  • Os valores serão direcionados para mapeamento geológico de minerais críticos para transição energética no Brasil. Além disso, o fundo saudita também deverá estudar parcerias com mineradoras brasileiras. 

Opinião: As disputas geopolíticas globais lideradas por China e EUA poderão gerar oportunidades no Brasil, para o desenvolvimento de projetos de mineração e de transformação mineral, escreve o sócio do Caputo, Bastos e Serra Advogados, Frederico Bedran.

Veículos. As montadoras tiveram no ano passado crescimento de 9,7% na produção, que foi puxada pelo aumento nas compras de veículos no Brasil. No total, 2,55 milhões de unidades foram montadas em 2024, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O resultado só não foi melhor porque as exportações caíram e os brasileiros importaram mais carros, como automóveis híbridos e elétricos da China. (Agência Estado)

Dívidas dos estados. O presidente Lula sancionou, com vetos, a lei que cria o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O programa tem como objetivo revisar dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União. Em Minas Gerais, por exemplo, podem entrar na renegociação das dívidas a Cemig, a Copasa e a Codemig.

  • Os estados que aderirem ao programa poderão ceder para a União os recebíveis originados da compensação financeira advinda da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica ou de recursos minerais

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