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Combustível do Futuro é aprovado sem ampliação de benefícios para geração distribuída

PL aprovado na Câmara segue para sanção presidencial sem prorrogação de descontos para usinas solares

Deputado Arnaldo Jardim, à bancada da Câmara, rejeita emenda para GD no Combustível do Futuro, em 12/9/2024 (Foto Mário Agra/Câmara dos Deputados)
Deputado Arnaldo Jardim rejeita emenda para GD no Combustível do Futuro

NESTA EDIÇÃO.PL do Combustível do Futuro aprovado na Câmara sem extensão de prazos para GD. Ministro era contra a emenda incluída no Senado, que tinha apoio do agronegócio.

Associações saem em defesa do gás natural na transição brasileira. Indústria química articula mudanças para ganhar competitividade. 

As discussões sobre o uso de diferentes fontes para a produção de hidrogênio na Europa.

E o custo estimado pela EPE para a geração eólica offshore no Brasil.


EDIÇÃO APRESENTADA POR

Combustível do Futuro sem GD. A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (11/9) o projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), sem a emenda que previa a extensão de benefícios para a minigeração solar distribuída. 

  • A emenda foi aprovada no Senado na semana passada, com a aplicação dos prazos para entrada de sistemas de minigeração solar distribuída (até 5 MW) com descontos em tarifas.

Com isso, o projeto que cria mandatos para combustível sustentável de aviação (SAF), diesel verde e biometano vai à sanção presidencial, sem a alteração no marco legal da geração distribuída
 
A saída do benefício para a GD do texto resultou de um acordo no plenário da Câmara que envolveu líderes da base e da oposição do governo. 
 
A retirada foi feita pelo União Brasil, de Elmar Nascimento, um dos candidatos a suceder o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL). Não houve força para propor outro acordo.

  • Mais cedo, o relator do projeto na Câmara, Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), havia apresentado um parecer sem o benefício

 O próprio Ministro de Minas e Energia se posicionou contra a prorrogação do benefício para a GD em um evento em Brasília na quarta (11/9). 

  • “É um tema que tem me dado muito desgosto desde ontem à tarde. Não tem nenhuma justificativa técnica, nem a mínima lógica você aumentar em mais de R$ 2 bilhões por ano a conta de energia para estimular uma fonte que já está extremamente propagada”, disse Silveira em entrevista coletiva após evento na FGV, em Brasília.

 A emenda tinha o apoio do agronegócio, pois o benefício para os minigeradores alcançava proprietários de terras. 



Descumprimento do RenovaBio. O não pagamento de multas pelo descumprimento das metas do RenovaBio levou 28 distribuidoras a serem inscritas no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) entre 2021 e 2023. Destas, dez já tiveram a autorização revogada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
 
Defesa do gás natural. Um conjunto de associações e entidades propôs uma série de ações para a promoção do gás natural como vetor da transição energética em um documento entregue ao ao ministro de Minas e Energia. A “Carta de Brasília” foi divulgada em evento da Fundação Getúlio Vargas (FGV Energia) no Distrito Federal nesta quarta (11/9).
 
Químicas querem mudanças. A Associação Brasileira das Indústrias Químicas (Abiquim) tem se articulado junto ao governo e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) por mudanças relacionadas à importação de matérias-primas para a indústria, de modo a tornar o mercado brasileiro mais competitivo. Entre as propostas da Abiquim estão a elevação temporária do imposto de importação e avanço das discussões da estrutura tarifária do Mercosul.
 
Biometano no norte fluminense. A ZEG Biogás e a Coagro assinaram um contrato para construir a primeira planta de biometano do norte do estado do Rio de Janeiro. Com capacidade de produção de 3,7 milhões de metros cúbicos por ano, o empreendimento deve fazer as primeiras entregas no início de 2026. A obra terá a duração de 18 meses, com investimento previsto em R$ 60 milhões.
 
Nuclear no hidrogênio. Em uma carta aberta divulgada nesta terça (10/9), um grupo de empresas e associações europeias ligadas à energia nuclear pede o reconhecimento do papel das “fontes de eletricidade não fósseis” no Ato Delegado que define regras para o hidrogênio de baixo carbono, atualmente em discussão pela União Europeia (UE). O objetivo é incluir a possibilidade de uso de eletricidade de origem nuclear na produção do hidrogênio obtido a partir da eletrólise da água com energia renovável.
 
Regras para hidrogênio azul. A forma como o hidrogênio é produzido tem gerado um intenso debate na União Europeia. Em entrevista à agência eixos, Werner Diwald, presidente do conselho da Associação Alemã de Hidrogênio e Células de Combustível (DWV), alerta sobre os riscos da regulação incentivar a produção de hidrogênio azul, produzido a partir da reforma de gás natural com captura de carbono. Ele reforça a posição da entidade em defesa do hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis, como solar e eólica.
 
Custo das eólicas offshore. As usinas eólicas offshore podem ter custos até 45% mais baixos que a geração de energia a partir da incineração de lixo, mas são até três vezes mais caras que as eólicas terrestres, apontou o caderno Parâmetros de Custos de Geração e Transmissão, que fará parte do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2034). O investimento necessário para instalar um projeto eólico offshore no Brasil está estimado entre R$ 10,5 mil e R$ 25 mil por quilowatt (kW), acima da faixa de R$ 4 mil a R$ 7 mil para projetos similares em terra. 
 
Transpetro terá mais uma usina solar. A Transpetro vai instalar uma usina solar fotovoltaica no terminal operado pela companhia em Belém (PA). A previsão é de início da operação no primeiro semestre de 2025. Essa será a segunda usina solar da subsidiária da Petrobras. O primeiro projeto começou a operar em abril deste ano, no Terminal de Guarulhos (SP).
 
Títulos soberanos sustentáveis. A expectativa do governo brasileiro é tornar anual a emissão de títulos soberanos sustentáveis, segundo o coordenador de Promoção da Concorrência da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Carlos Colombo. O objetivo é captar recursos para projetos que promovam a transição energética, a mitigação das mudanças climáticas e a conservação de recursos naturais.

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