CNPE cria programa para revitalização de campos offshore

Onboard the Maersk Developer, operating the Hadrian-5 well for ExxonMobil about 200 miles offshore in the KC-919 field in the Gulf of Mexico,  on July 6, 2011.  © 2011 Robert Seale
Onboard the Maersk Developer, operating the Hadrian-5 well for ExxonMobil about 200 miles offshore in the KC-919 field in the Gulf of Mexico, on July 6, 2011. © 2011 Robert Seale

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Editada por Gustavo Gaudarde
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Ao vivo: às 17 horas, a epbr conversa com Izabella Teixeira, co-presidente do Painel de Recursos Naturais da ONU (IRP-UNEP) e ex-ministra de Meio Ambiente, entre 2010 e 2016, sobre transição energética e políticas climáticas. Transmissão aberta, no Youtube.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nessa quarta (9) a criação do Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar), para propor mudanças que estimulem a revitalização dos campos maduros no offshore.

— As propostas deverão ser apresentados ao CNPE em 180 dias, prorrogáveis por mais 180, a partir da publicação da resolução.

CNPE também confirmou a 17ª Rodada da ANP, prevista para o segundo semestre de 2021. Em relação ao planejamento original, foram removidos oito blocos na bacia do Pará-Maranhão e 24 blocos em Pelotas, por questões ambientais.

Fim dos leilões de biodiesel. Como previsto, a ANP deverá criar em 2021 o novo modelo de comercialização de biodiesel para atendimento da mistura obrigatória – hoje, os leilões são operacinalizados pela Petrobras.

— Com a conclusão do novo modelo, haverá ainda um período de transição de 12 meses, até 2023, em que as aquisições continuam exclusivas para as usinas nacionais.

— Ano que vem, também será decidida a inserção de diesel renovável no mercado. Grupo de trabalho terá 120 dias para entregar um um relatório ao CNPE. O que está em jogo é o pleito da Petrobras, com apoio do IBP, para que a parcela do diesel produzida nas refinariasa a partir de óleo vegetal seja considerada para o cumprimento do percentual obrigatório de biodiesel.

— Os planos da Petrobras é produzir diesel fóssil, com conteúdo renovável, por coprocessamento de óleos vegetais – o Hbio. No futuro, possivelmente após 2025, entregar também diesel verde, o HVO. Os produtores de biodiesel são contra a entrada do HBIO na disputa com o biodiesel base éster.

— Também foram aprovadas resoluções que estabelecem diretrizes para o monitoramento do mercado de combustíveis, a partir da venda de refinarias pela Petrobras, pela ANP.

— O MME reforçou, em nota, que as medidas para o mercado de combustível devem preservar o “interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos”.

A comercialização de soja na safra 2020/21 atingiu 56,3% da produção esperada até o dia 4 de dezembro, alta de 2,9 pontos percentuais na comparação mensal, para um volume estimado de 75,95 milhões de toneladas, apontou a Datagro nessa quarta (9).

— Apesar de um menor ritmo ante aumentos mensais anteriores, o nível segue em patamar recorde para o período, muito acima do marco anterior de 2016, de 45,5%. O recorde de vendas antecipadas da safra, que começa a ser colhida em janeiro, tem preocupado alguns integrantes do setor sobre questões relacionadas ao cumprimento de contratos, na eventualidade de uma quebra acentuada da produção. Reuters

Geração distribuída. Outra resolução trata das diretrizes para as políticas voltadas à micro e minigeração distribuída.

— A resolução vai determinar que quaisquer medidas levem em conta “o acesso não discriminatório do consumidor às redes das distribuidoras; a necessidade de se garantir a segurança jurídica e regulatória; a observância de transparência e previsibilidade nos processos, a gradualidade na transição das regras; e os benefícios decorrentes da micro e mini GD”.

— Vale para políticas do Executivo Federal. Assunto também é discutido no Congresso Nacional. Esta semana, a Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência para um deles, de Silas Câmara (Republicanos/AM), presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara.

— Prevê garantias de descontos por uso das redes – o que governo e TCU classificam como subsídio cruzado – e gatilhos para autorizar a Aneel a aumentar os repasses dos encargos aos consumidores que compensam energia, com geração própria. Critério é a participação da GD na área de concessão de cada distribuidora.

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O Porto do Açu planeja para o segundo trimestre de 2021 o início das operações da termelétrica GNA 1. A planta, atualmente em comissionamento, faz parte de um investimento de R$ 9 bilhões, que inclui também um terminal de regaseificação de GNL e a construção de uma segunda termelétrica, GNA 2, que deve consumir cerca de R$ 4,5 bilhões do orçamento total.

—  A previsão para início das obras da GNA 2 foi postergada para 2021 por conta do aumento de casos de covid-19 na região. As térmicas somam 3 GW de capacidade instalada com geração a partir do GNL, mas a empresa já possui licença para instalação de 6,4 GW.

— Nos planos de curto prazo está também a conclusão das obras para dois dutos de transporte de gás, que vão interligar o Porto do Açu à malha de gasodutos. epbr

Os preços do petróleo fecharam estáveis nessa quarta (9/12), após um forte aumento das reservas nos EUA. De acordo com o relatório semanal da Agência de Informação sobre Energia (EIA) americana, as reservas comerciais de óleo cru do país situaram-se em 503,2 milhões de barris no último dia 4 – um aumento histórico de mais de 15 milhões de barris.

— O Brent fechou o dia praticamente estável, subindo 0,04%, para US$ 48,86 o barril. O WTI, por sua vez, teve queda de -0,2%, fechando o dia a US$ 45,52 o barril. Yahoo Finanças

A consultoria S&P Global Platts estima que os preços domésticos dos polímeros devem ficar estáveis em dezembro devido às políticas de preços dos produtores locais.

— Na WCSA (West Coast South America), os preços spot de importação de polietileno também devem continuar altamente ligados aos movimentos dos EUA ao longo da semana, portanto, em sua maioria estáveis ou menores.

— Para o mercado de PVC na América Latina, a consultoria vê pressões de alta nos preços, reflexo dos valores europeus mais altos, vinculados às importações para o Brasil, enquanto os preços dos EUA, mais vinculados ao WCSA, também estão mais altos na semana.

A Neoenergia deu a partida no primeiro corredor de mobilidade elétrica do Nordeste, que será o maior do Brasil quando concluído, no final do primeiro semestre de 2021. O Corredor Verde, como é chamado, vai conectar as capitais Salvador (BA) e Natal (RN), passando por Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB).

— A primeira fase foi iniciada em Salvador, com a avaliação de desempenho de carros elétricos em rotas urbanas e propostas de abertura dos eletropostos ao público. Experimentalmente, há seis veículos elétricos e híbridos percorrendo diversos trechos da capital baiana, para avaliar autonomia, desempenho e definição de ajustes e melhorias.

– Os demais eletropostos serão entregues gradualmente até o final do primeiro semestre de 2021. Após concluído, o Corredor Verde deve abranger seis dos nove estados do Nordeste, passando por 70 municípios. É resultado de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Aneel, e faz parte do Programa de Mobilidade Elétrica da Neoenergia.

A Toyota iniciou no Japão as vendas do novo modelo Mirai, que possui célula de combustível a hidrogênio (FCV) com alcance 30% maior, em um impulso para promover a tecnologia de emissão zero em meio à demanda crescente por veículos elétricos.

— Até agora, a Toyota falhou em conquistar adesão a FCVs, que continuam sendo uma tecnologia de nicho, apesar do apoio do governo japonês. As preocupações incluem falta de estações de abastecimento, valores de revenda e suposto risco de explosão doe hidrogênio.

— O novo Mirai, como seu antecessor, ainda está além do orçamento da maioria dos motoristas, custando cerca de 5 milhões de ienes (US$ 48 mil), mesmo depois de mais de US$ 10 mil em subsídios do governo japonês.

— Em vez de produzir um carro mais barato, a Toyota disse que quer atrair motoristas com um alcance maior – o suficiente para dirigir cerca de 800 quilômetros sem reabastecer – além de recursos adicionais, como função para estacionar de forma autônoma e um design mais fino e elegante. Reuters

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O governo federal definiu um bônus de outorga mínimo de R$ 1,395 bilhão a ser pago em troca da atribuição de novos contratos de concessão, de 30 anos, para um conjunto de hidrelétricas hoje operadas pela estatal gaúcha CEEE.

— Um decreto do presidente Jair Bolsonaro publicado no ano passado permitiu que o governo atribua novos contratos de concessão de 30 anos para hidrelétricas que venham a ser privatizadas.

— A CEEE-GT, divisão de geração e transmissão da estatal gaúcha, passará por um processo de cisão antes da venda de ativos – o leilão da subsidiária de distribuição (CEEE-D) está previsto para fevereiro de 2021. As usinas da CEEE-GT que podem ser enquadradas nesse decreto somam 920,4 MW em capacidade. Reuters

A liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP) referente a outubro de 2020 movimentou R$ 2,27 bilhões, dos R$ 12,31 bilhões contabilizados. É o maior valor liquidado pela operação desde fevereiro de 2019. A operação foi finalizada nessa quarta (09/12)) pela Câmara de comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

— Do valor em aberto, R$ 10,03 bilhões estão relacionados a liminares contra o risco hidrológico (GSF) no mercado livre e R$ 1,09 milhão a parcelamentos.

— A CCEE também promoveu a liquidação financeira referente à Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias – ou Conta Bandeiras. A liquidação referente aos recursos de bandeiras tarifárias na contabilização de outubro de 2020 movimentou R$ 61.978.730,04.

A comercializadora de energia elétrica Alfa Energia teve operações limitadas nesta semana pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), após a identificação de potenciais riscos em suas atividades.

— A CCEE disse à Reuters que a Alfa, uma trading de menor porte, foi colocada sob regime de “contingência”, no qual só pode registrar novos contratos de compra e venda de energia se estes não afetarem negativamente sua exposição financeira no mercado.

— A atuação remete a episódios vistos entre o final de 2018 e meados de 2019, quando um salto inesperado nos preços no mercado livre de energia pegou algumas empresas no contrapé e levou muitas a não conseguirem cumprir compromissos milionários com clientes.

— Na ocasião, a CCEE colocou diversas comercializadoras sob regime de “operação assistida” e desligou outras do mercado, enquanto a Aneel iniciou debates sobre regras para aperfeiçoar a segurança das transações no mercado de energia.

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