Caminhoneiros de volta à pauta

No fim de semana, circularam informações sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros a partir do dia 9 de setembro. A natureza pulverizada do movimento (e os tempos de boataria digital em que vivemos) levanta um alerta sobre a veracidade e o alcance dessas informações.

Um dos problemas seria a alta de fiscalização e o descumprimento da tabela do frete mínimo, criada por meio do pacote de MPs de Temer para apaziguar a paralisação de maio, e aprovada pelo Congresso.

Áudios, que a Folha apurou que são falsos, circulam pelo WhatsApp dizendo que uma nova greve começaria nesta segunda. Mesmo com o boato, contudo, há lideranças do movimento de maio falando em parar no dia 12.

Carlos Marun à Folha: “não existem motivos para um novo movimento grevista (…) O governo federal cumpriu todos os compromissos assumidos quando do encerramento do movimento dos caminhoneiros de maio”, disse à Folha no início da noite, quando questionado sobre o que a gestão pretende fazer para evitar uma nova paralisação das categorias.

Nesta segunda, o Valor Econômico publica que “depois que a Petrobras anunciou reajuste de 13% para o óleo diesel no fim da semana passada e em meio à iminência de novas greves de caminhoneiros, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já prepara a publicação de uma nova tabela de frete rodoviário para cargas nos próximos dias.”

Subsídio ainda precisa de aval do Congresso

As MPs 838/18 e 839/18, respectivamente, da criação do subsídio até o fim do ano e da abertura de crédito para pagar a conta (até R$ 9,5 bilhões), ainda precisam ser votadas em comissões, e nos Plenários da Câmara e do Senado.

A nossa aposta é que é que a troca das datas da sessões, que fará com que a agenda dos deputados e senadores fique alinhada a partir desta semana, foi um movimento para dar andamento nesses projetos.

Indicações e o PLC das distribuidoras da Eletrobras

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE) protocolou na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado seu relatório favorável à a provação do PLC 77/2018, relacionado à venda de distribuidoras da Eletrobras. Semelhante ao relatório do seu colega de legenda Romero Jucá (MDB/RR), o texto de Bezerra é favorável à aprovação do PLC 777/18 e também à emenda nº 1 apresentada no Senado.

Bezerra foi escolhido relator do PLC 77/18 na CAE depois que o governo fracassou na tentativa de votar o texto em regime de urgência apenas no plenário, em agosto. Próximo ao Planalto desde o início da gestão de Michel Temer, o senador tornou-se novo líder do governo no começo da semana, quando Jucá pediu afastamento da posição. O nome de Bezerra foi uma sugestão do próprio Jucá acatada por Temer:http://bit.ly/2MK3EiL

Produção nacional de petróleo cai 0,68%

A produção brasileira de petróleo caiu em julho, para 2,572 milhões de barris/dia de petróleo, uma variação de -0,68% na comparação com junho, quando o país produziu 2,589 milhões de barris/dia.

Santos chegou perto de bater um novo recorde, com 1.298.413 barris/dia de petróleo, perto da marca atingida em maio, de 1.298.926 barris/dia.

Contudo, os bons resultados de Santos não foram suficientes para compensar perdas em outras bacias, em especial na de Campos.

Mero segue firme. Mesmo produzindo em fase de teste, com um poço de produção, o campo de Mero, delimitado em Libra, produziu 38 mil barris/dia, 5,2% menos do que no mês anterior, mas ainda assim, um resultado expressivo.

É a injeção de gás: o SPA de Mero não fica limitado pela queima de gás, porque o sistema do FPSO Pioneiro de Libra tem um poço de injeção. Primeiro do tipo no país.

Atlanta. Em seu terceiro mês de operação, o campo de óleo pesado operado pela Queiroz Galvão (QGEP), na Bacia de Santos, produziu 13 mil barris/dia, alta de 5,3%.

Gás. A disponibilidade de gás em julho foi de 63 milhões de m³/dia, queda mensal de 0,63%. A produção em Campos subiu no período, para 12,6 milhões de m³/dia, alta de 2,62%. E caiu em Santos, para 25,8 milhões de m³/dia, queda de 11%.

Leia+ http://bit.ly/2N7mFLx