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Brasil elevou em 12% as reservas provadas de petróleo em 2022

Reservas brasileiras de petróleo e gás crescem 12% e estão mais concentradas no pré-sal. Debate sobre a exploração da Foz do Amazonas volta a movimentar parlamentares

Brasil elevou em 12% as reservas provadas de petróleo em 2022. Na imagem: Brava Star (NS-45), navio-sonda offshore da Petrobras (Foto: Divulgação Constellation)
Brava Star (NS-45), navio-sonda offshore da Petrobras (Foto: Divulgação Constellation)

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Estados produtores atraem mais projetos de eólica offshore. Petrobras: CCS como serviço, produtos verdes e gás para indústria. Refino: Acelen e Petrobras disputam no Cade o fornecimento de óleo para refinarias privadas.

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As reservas provadas de petróleo e gás totalizaram, em 2022, 14,9 bilhões de barris, aumento de 12,2% em relação a 2021 e maior patamar desde 2014, segundo dados da ANP.

Crescimento, basicamente, no litoral do Sudeste, graças ao pré-sal, com 96% das reservas nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo. Percentual era de 92% em 2013.

– Fora da região, as reservas marítimas recuaram 64% nesses dez anos. Em terra, a queda foi de 48%, para 460 milhões de barris.

Período marcado pela concentração de investimentos da Petrobras e outras grandes petroleiras na exploração da Bacia de Santos – o offshore de Sergipe é a grande exceção.

– E na tentativa de abrir uma nova fronteira na margem equatorial, marcada na década por crises econômicas, setoriais e, notadamente, pela sensibilidade ambiental.

O foco está na Foz do Amazonas. O Ministério de Minas e Energia (MME) defendeu novamente esta semana a campanha da Petrobras na bacia marítima no Amapá. Alexandre Silveira (PSD) disse que o pré-sal dá “claros sinais de esgotamento exploratório”, em audiência na Câmara.

– O senador Lucas Barreto, do partido do ministro e do Amapá, quer promover um debate no Congresso Nacional com Ibama, a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), Petrobras e MME. Marina já é esperada em comissão na Câmara na próxima semana.

– O ministro Silveira intercedeu junto ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, em favor de uma solução para a licença de perfuração na Foz do Amazonas. Com parecer negativo sobre a mesa, cabe a Agostinho decidir os próximos passos do licenciamento.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que, se não forem feitas novas descobertas, a produção de petróleo no pré-sal atingirá o seu pico entre 2029 e 2030, de 4,3 milhões de barris/dia — e entrará, em seguida, numa curva descendente.

— O contraponto de ambientalistas e críticos do projeto é que o Brasil precisa dar uma guinada e buscar alternativas desenvolvimento econômico para o futuro, em bases verdes.

Estados produtores de óleo e gás atraem a maioria dos projetos de eólica offshore. Seis em cada dez parques de geração de energia eólica em alto mar, com pedidos de licenciamento registrados no Ibama, estão em estados com histórico de produção de petróleo e gás natural – e que, no futuro, poderão arrecadar também royalties oriundos das renováveis. As petroleiras Equinor, TotalEnergies e Shell, aliás, concentram 22% do total de projetos eólicos com pedidos no Ibama, em potência instalada. (epbr)

Empresas de sísmica miram eólica, mas travam em falta de regulação. Companhias especializadas em levantamento de dados geofísicos para a indústria de óleo e gás estão interessadas em prestar serviços de aquisição de dados meta-oceânicos para projetos de geração eólica offshore no Brasil. As empresas, contudo, ainda veem com cautela a falta de regulação e pedem urgência na definição das regras sobre a coleta e uso dos dados no setor eólico offshore. (epbr)

Petrobras se prepara para oferecer serviço de captura de carbono a indústrias. Empresa vê a tecnologia CCS como um novo negócio e não só como mecanismo para reduzir emissões, disse à epbr o gerente executivo de Reservatórios, Tiago Homem. A companhia pretende lançar um projeto piloto a partir do terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ) e espera, assim, criar as bases para a regulação dessa atividade no Brasil. (epbr)

Mais detalhes: Petrobras planeja primeiro hub brasileiro de armazenamento de CO2 Petroleira brasileira segue a direção de grandes pares internacionais que já começaram a firmar os primeiros contratos comerciais de CCS. Em 2022, Yara e Northern Lights (Equinor, Shell e TotalEnergies) firmaram o primeiro contrato internacional para transporte e armazenamento de CO₂ no Mar do Norte.

Grande desafio da Petrobras será tornar seus produtos mais verdes, diz Tolmasquim. Em entrevista à epbr, a primeira após assumir a recém-criada diretoria de Transição Energética da petroleira, Maurício Tolmasquim explica os planos da nova pasta para reduzir a pegada de carbono: “Sem dúvida a gente tende a diversificar o portfólio de renováveis e não ficar apenas na eólica offshore”, disse, durante a OTC. Ele cita também o hidrogênio e a captura e uso de carbono (CCUS) como candidatos a entrar na carteira de projetos.(epbr).

E Petrobras avalia priorizar gás para a indústria A companhia entende que é preciso dar prioridade ao setor industrial, e não a geração termelétrica, no fornecimento de gás natural nos próximos anos. O novo diretor de Transição Energética da petroleira, Maurício Tolmasquim, disse à epbr, no entanto, que a empresa deve atender somente aos mercados em que o gás “realmente seja competitivo”. (epbr)

MME estuda como revogar a contratação obrigatória de térmicas a gás. Ministro Alexandre Silveira afirmou que a pasta estuda enviar ao Congresso uma proposta para revisar a obrigatoriedade da contratação de 8 GW de geração termelétrica, como prevê a lei de privatização da Eletrobras. Segundo ele, a proposta “ainda não é uma ideia do governo”, e sim do Ministério de Minas e Energia. (epbr)

Programa para oferta de gás pode gerar R$ 95 bi em investimentos, diz EPE. Governo estima que o programa Gás Para Empregar, anunciado pelo Ministério de Minas e Energia, pode atrair investimentos, principalmente, em unidades de fertilizantes nitrogenados e outros químicos (R$ 39,3 bilhões), além de novos aportes em gasodutos de transporte (R$ 25 bilhões), unidades de processamento (R$ 15,4 bilhões) e em rotas de escoamento offshore (R$ 14,9 bilhões). (epbr)

Acelen cobra acordo inexistente por desconto em óleo, diz Petrobras. Petroleira pediu ao Cade o arquivamento do caso em que é investigada por, supostamente, restringir o acesso da Refinaria de Mataripe (BA) ao óleo cru da Petrobras.

– A estatal diz que a Acelen tenta exigir a comercialização de um petróleo por um valor mais barato, com base numa “expectativa que alegadamente teria sido criada durante as negociações para a venda da refinaria”. Segundo a petroleira, porém, tal acordo nunca foi fechado. (epbr)

Petróleo cai novamente, após Fed subir juros O barril do petróleo do Brent – referência global – para julho caiu 3,97%, a US$ 72,33. O recuo se intensificou após o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevar a taxa de juros de referência em 0,25 ponto percentual, como apontavam as estimativas dos analistas e os preços de mercado. (Valor)

Governo não está considerando taxar exportações do agro, diz Carlos Fávaro. Ministro da Agricultura e Pecuária e Abastecimento também disse nesta quarta (3/5) que o Plano Nacional de Fertilizantes está sendo tratado como prioridade dentro do governo. (epbr)