Ainda é cedo para decidir sobre devolução de Saturno, no pré-sal de Santos, diz Shell

Shell avalia resultados da campanha exploratória em Saturno, no pré-sal da Bacia de Santos e não tem uma posição definitiva

A plataforma P-77 está prduzindo no campo de Búzios, na Bacia de Santos
A plataforma P-77 está prduzindo no campo de Búzios, na Bacia de Santos

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Editada por Gustavo Gaudarde
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A Shell avalia os resultados da campanha exploratória em Saturno, no pré-sal da Bacia de Santos e não tem uma posição definitiva para o projeto. De acordo com o presidente da companhia no Brasil, André Araújo, ainda é cedo para falar em devolução do bloco.

— A Shell é operadora de Saturno com 45% do bloco, em sociedade com Chevron (45%) e Ecopetrol (10%). O bloco foi arrematado pelo regime de partilha no leilão do pré-sal de 2018.

— Em Saturno, foi perfurado o poço pioneiro 1-SHEL-33-RJS (Saturno1), concluído em junho de 2020 sem nenhum anúncio de descoberta. De acordo com dados da ANP, o poço é seco. Foram identificados indícios de óleo, mas o fluído principal notificado à agência é água.

A Petrobras e seus sócios devolveram a área Sudeste de Libra, na Bacia de Santos – região que havia sido identificada como de baixo potencial e não havia sido incorporada no campo de Mero, que foi declarado comercial no bloco.

— “A conclusão do processamento dos dados obtidos confirmou esta expectativa”, explicou a Petrobras.

— Libra foi segmentado em três regiões: Central, Sudeste e Noroeste. Os reservatórios descobertos na região Noroeste deram origem ao campo de Mero, em 2017, terceiro maior campo produtor do pré-sal e com quatro FPSOs previstos no plano de negócios da companhia.

— Com a devolução da região Sudeste, a exploração continua na fase de avaliação da descoberta para determinar a viabilidade da área remanescente. O prazo é março de 2025.

— O consórcio de Libra e Mero é constituído por Petrobras (40%), como operadora e em parceria com a Shell (20%); Total (20%); CNODC (10%) e CNOOC (10%).

— Libra foi o primeiro contrato de partilha de produção, contratado em leilão em 2013. Foi também uma das campanhas pioneiras do pré-sal, com um poço perfurado antes mesmo do leilão, que confirmou a descoberta de óleo.

E devolveram Peroba. O consórcio formado por Petrobras (40%), CNODC (20%) e bp (40%) devolveu à ANP o contrato de partilha do bloco exploratório Peroba, arrematado no 3º leilão do pré-sal, realizado em 2017. A devolução da área foi realizada em janeiro.

— Apenas um poço exploratório foi perfurado na área, em lâmina d’água de cerca de 2,1 mil metros e aproximadamente 300 km ao sul da cidade do Rio de Janeiro.

— O resultado da perfuração, concluída em fevereiro de 2019, identificou uma acumulação de gás, com CO2 como fluido principal, de acordo com informações da ANP.

— Não é a primeira vez que Peroba é devolvido à União sem a confirmação de descobertas viáveis. O bloco fez parte das áreas iniciais da cessão onerosa da Bacia de Santos, integrando o contrato assinado entre a União e a Petrobras em 2010 como uma área contingente. epbr

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Campos maduros. O governo estuda reduzir royalties cobrados em campos marítimos maduros ou com acumulações marginais na Bacia de Campos para dar fôlego financeiro a operações que perderiam a atratividade pelos baixos volumes produzidos.

— A ANP já permite reduzir os royalties sobre produção incremental, possível após investimentos elevarem a vida útil de determinados ativos. A ideia agora seria atender áreas que estão no limite da economicidade, mas ainda tem petróleo a ser produzido.

— “Nós temos resolução da ANP para produção incremental, mas achamos que em muitos casos não é suficiente”, afirmou o diretor do Departamento de Políticas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Rafael Bastos.

— A ideia é estudada no âmbito do Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar), que visa aumentar a produtividade, a extensão da vida útil e o aumento do fator de recuperação de áreas também em outras bacias, além de Campos. UOL, com Reuters

Presidência da Petrobras. Será realizada nesta sexta (16) a reunião do Conselho de Administração da Petrobras para a eleição do general de reserva Joaquim Silva e Luna como presidente da companhia, além da nova diretoria executiva.

— Há uma expectativa em relação ao advogado Marcelo Gasparino, eleito para o CA como representante dos acionistas minoritários.

— Logo após a eleição de oito membros do conselho em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) na segunda (12), o advogado anunciou que tomaria posse e renunciaria logo depois, para forçar uma nova eleição. Isso pode adiar a posse de Silva e Luna na presidência da empresa.

— Para Gasparino, o processo de votação na AGE teve problemas e o resultado deve ser questionado. Folha de S. Paulo

Quarta alta consecutiva do petróleo. Os futuros do petróleo avançaram ainda mais no pregão dessa quinta (15/4), a quarta alta consecutiva, após previsões otimistas da demanda mensal e um declínio semanal nos estoques da commodity nos EUA.

— O Brent para junho encerrou a sessão em alta de 0,54%, a US$ 66,94 o barril. Já o WTI para maio subiu 0,49%, aos US$ 63,46 o barril. Valor Investe

Novo aumento dos combustíveis. A Petrobras voltou a aumentar o preço médio do litro do diesel e da gasolina nas refinarias a partir desta sexta (16).

— Os preços médios nas refinarias serão de R$ 2,64 por litro para a gasolina (alta de 1,9%) e R$ 2,76 por litro para o diesel (alta de 3,8%), após aplicação de reajustes de R$ 0,05 e de R$0,10 por litro, respectivamente.

— Com o novo aumento, o preço da gasolina passa a acumular alta de 43,47% desde o início do ano, enquanto o valor do diesel já subiu 36,63%. G1

— Apesar do novo aumento, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que os preços domésticos continuam defasados em relação ao mercado internacional.

— Segundo a entidade, a defasagem média na gasolina varia de 23 a 18 centavos, representando uma diferença média de 7%, ou 20 centavos.

— No caso do diesel, a Abicom informa que a defasagem média é de 9 centavos (-3%), em média, variando de 7 a 12 centavos nos portos brasileiros. epbr

Retomada no Pará. A New Fortress Energy (NFE), que comprou a Hygo Energy e a Golar LNG, vai fornecer gás natural liquefeito (GNL) à refinaria Alunorte Alumina, da Norsk Hydro, em Barcarena, no Pará. O contrato havia sido cancelado em outubro do ano passado.

— Nessa quinta (15), foi anunciado um memorando de entendimento (MOU) com a subsidiária da Norsk Hydro para suprimento por 15 anos, a partir de 2022.

— O memorando prevê entrega de uma quantidade mínima de gás natural a partir do terminal de regaseificação de GNL que será instalado em Barcarena. epbr

Menos biodiesel, mais exportação. O Brasil deve exportar mais soja e óleo de soja neste ano, após a redução de 13% para 10% na mistura de biodiesel para o leilão 79 da ANP, anunciada na semana passada, avaliou a consultoria StoneX. O consumo de óleo de soja para biodiesel no Brasil terá queda de 4% no ano ante o projetado inicialmente, para 5,27 milhões de toneladas.

— Com a alta dos preços do óleo de soja, que respondem por até 80% da matéria-prima do biodiesel no Brasil, as cotações do biocombustível dispararam no L79, o que levou o governo a suspender a licitação e reduzir a mistura para o certame, que foi retomado nesta semana. IstoÉ Dinheiro, com Reuters

TCU suspende decisão sobre GD. O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu os efeitos da decisão da própria corte que estabelecia um prazo de 90 dias para que a Aneel apresentasse plano de retirada da diferenciação tarifária dos consumidores de geração distribuída.

— A decisão do ministro Aroldo Cedraz foi em resposta a recurso de associações do setor para reconsiderar a deliberação do tribunal.

— O ministro entendeu que, como são partes interessadas no processo, o recurso da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel) deve ser avaliado pelo tribunal.

— Até a análise do recurso, a decisão tomada em novembro de 2020 pelo TCU ficará suspensa. A área técnica do órgão vai analisar o mérito do pedido apresentado pelas associações. epbr

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