Preços do petróleo disparam com retomada nos EUA, Europa e China; IEA alerta para risco de novos surtos

Mercado, Bolsa, Preços
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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Petróleo em forte alta nesta segunda (18), com valorização do WTI nos EUA de 8,70%, atingindo US$ 31,99 e o Brent negociado em Londres atingindo US$ 34,50, avanço de 6,15%. Investidores confiantes que a retomada da circulação de pessoas em mercados importantes da Europa e EUA, além de crescimento nas importações na China.

— A Agência Internacional de Energia (IEA) considera que o impacto no mercado de óleo no segundo semestre será menor que o esperado no cenário traçado em abril. Cita uma mobilidade maior que a esperada nos EUA e Europa, mas alerta para uma segunda onda da doença.

— “As atividades econômicas estão começando uma gradual, porém frágil recuperação. Contudo, as principais incertezas continuam. A maior, é se os governos podem aliviar as medidas de isolamento sem levar a uma retomada dos surtos de covid-19”, afirma a agência em relatório de maio.

— A IEA estima que a demanda por petróleo este ano vai cair, na média, em 8,6 milhões de barris/dia, elevando o consumo projetado de óleo em 0,7 milhão de barris/dia em relação à previsão anterior.

— Os cortes de produção colaboram com o reequilíbrio do mercado. IEA estima que, em maio, com o acordo do OPEP+ e o efeito nos mercados em países fora do grupo, a oferta de óleo cairá para 88 milhões de barris/dia, menos 12 milhões de barris/dia na comparação com 2019 e a menor produção em nove anos.

— Na sexta (15), a diretora de Gás e Refino da Petrobras, Anelise Lara, afirmou que o consumo de combustível melhorou em maio. A demanda por diesel chegou a cair 50% em abril, e está 30% em comparação o período pré-crise; e o consumo de gasolina recuou até 65% se recuperando para 40%-45%. Folha

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Nesta segunda (18), às 17h o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) promove webinar sobre as medidas emergenciais nas empresas de óleo e gás durante a pandemia de covid-19. Transmissão pelo Youtube

Petrobras iniciou a fase não vinculante de venda de 51% da Gaspetro e de 10% Nova Transportadora do Sudeste (NTS), participações que representarão a saída das empresas.

— A Gaspetro detém participação em distribuidoras e tem a Mitsui como sócia. Na NTS, é a venda da participação remanescente do acordo com Brookfield (82,35%) e a Itaúsa (7,65%), que compraram 90% da transportadora.

Iniciado o teste de longa duração (TLD) no pré-sal de Albacora. O campo, produtor de óleo do pós-sal da Bacia de Campos desde 1987, tem um reservatório descoberto no pré-sal, batizado de Forno. Operação 100% Petrobras.

O ministro Bento Albuquerque ganhou uma vaga no conselho de Itaipu Binacional. Nomeações foram feitas na semana passada e incluem a recondução de José Carlos Aleluia, ex-deputado federal pelo DEM da Bahia e de Carlos Marun, do MDB do Mato Grosso.

— Marun foi nomeado em 31 de dezembro de 2018, por Michel Temer, sob crítica de integrantes do do governo Bolsonaro que se instalava – chegaram a considerar a anulação da nomeação, mas desistiram. O vice Hamilton Mourão classificou a nomeação como antiética, na época. Aleluia foi escolhido em 2019, nomeado pelo próprio Bolsonaro. Todas as nomeações são válidas até 2024. Reuters

A regulamentação da Conta-COVID foi praticamente concluída e pode ser publicada no DOU ainda nesta segunda (18), informa o Valor. Texto na Casa Civil. Governo tentar tem pressa para garantir transferência das primeiras parcelas até o fim deste mês.

— A Conta-Covid será o empréstimo coordenado pelo BNDES com um consórcio de bancos e gerido pela CCEE, para amenizar os impactos da pandemia no fluxo de caixa das distribuidoras de energia. Valor não foi fechado, mas secretária-executiva do MME, Marisete Pereira, afirmou que “não será nada inferior a R$ 10 bilhões”.

— Regras para acessar os recursos incluem aceitar que o processo de reequilíbrio econômico e financeiro dos contratados será feito por processos próprios e regulares, junto à Aneel. Previsão é que distribuidoras não poderão reduzir os montantes contratados.

— A perda financeira para as distribuidoras era estimada em R$ 4,6 bilhões pelo MME, em 10 de maio. Considera a queda atípica na demanda combinada pelo aumento da inadimplência que saltou do patamar regular de 3% para 15% com a crise.

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