Ceará quer usar biometano para produzir hidrogênio limpo

Cegás, que distribui 90 mil m³/dia de biometano (da GNR Fortaleza), espera ampliar volume, hoje 15% do total distribuído

Ceará quer usar biometano para produzir hidrogênio limpo

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A Cegás, distribuidora que atende ao estado do Ceará, está estudando a utilização de biometano para a produção de hidrogênio limpo. A companhia distribui 90 mil m³ por dia de biometano, produzido pela GNR Fortaleza no aterro sanitário de Caucaia, região metropolitana da capital cearense, e espera ampliar ainda mais esse volume, que hoje representa 15% do total distribuído.

Em entrevista ao repórter Gabriel Chiappini, o presidente da Cegás, Hugo Figueirêdo, conta que a empresa espera ser pioneira na injeção de hidrogênio verde (H2V) na rede de distribuição, tal qual fez com o biometano, em 2017.

— As empresas internacionais que estão se movimentando para instalar plantas de hidrogênio no Ceará vêm demonstrando interesse pela distribuição do combustível no mercado interno.

— O Ceará vem liderando a corrida pelo desenvolvimento do mercado de H2V no Brasil, com a implementação de um hub de hidrogênio no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

— O hub já conta com quatro empresas oficialmente interessadas: Enegix, White Martins, Qair e Fortescue, além de mais de uma dezena de companhias na fila de negociação.

–O Ceará está na ponta do grid de transporte de gás natural, que conecta a região Nordeste ao Sudeste do país.

Leia a entrevista completa

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GLP em outras aplicações. A ANP autorizou nesta sexta (20/8) a implantação de projeto piloto para experimentos laboratoriais no Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo (IPT-USP) para uso de GLP em motobombas de irrigação, geradores de energia elétrica e caldeiras.

— Faz parte de um Termo de Compromisso Autorizativo firmado entre ANP, Ultragaz e o IPT-USP.

— O GLP utilizado na atividade será fornecido a título de doação pela Ultragaz, com volume limitado a 75 toneladas do produto.

Por falar em GLP, em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a venda direta do gás de cozinha envasado em botijões de 13 kg. A proposta do presidente é que o consumidor pegue um “caminhãozinho” e vá buscar o GLP na porta das refinarias.

— Nos cálculos de Bolsonaro, se os governadores pararem de cobrar ICMS e as famílias se organizarem para “uma vez por mês pegarem o caminhãozinho” e comprarem “cem botijões de gás”, o preço do botijão vai custar “no máximo 60 reais”.

— Afirma que essa “venda direta” seria uma opção melhor do que a criação de um programa social para beneficiar famílias de baixa renda com aquisição do combustível.

— O vale-gás foi prometido mais de uma vez por Bolsonaro, e custear um ano desse programa tem orçamento estimado em R$ 7,5 bilhões, para cobrir os lares de inscritos no Bolsa Família.

— No mês passado, a epbr demonstrou como o governo poderia ter destinado os R$ 3,7 bilhões de recursos dos contribuintes gastos com diesel e desoneração do GLP para um programa social que beneficiaria mais de 14 milhões de famílias por seis meses.

— Em mais uma afirmação mentirosa, Bolsonaro associa a alta do preço do GLP com nacionalização na Bolívia, há 15 anos.

Mais um dia de queda do petróleo. O petróleo estendeu a sequência de perdas nessa quinta (19/8), o sexto dia seguido de queda. É a sequência de derrotas mais longa para os futuros do petróleo desde 28 de fevereiro de 2020, segundo dados da Factset.

— Os preços dos contratos para outubro do Brent caíram 2,60%, a US$ 66,45 o barril, enquanto os contratos para o mesmo mês do WTI cederam mais 2,62%, a US$ 63,50 o barril.

— Além das preocupações com o ressurgimento da covid-19 e a disseminação da variante delta, a cotação também foi prejudicada pela aversão ao risco depois que a ata do Federal Reserve sinalizou que o banco central dos EUA pode começar a diminuir os estímulos monetários no fim deste ano. Valor Investe

Combustíveis. A BR Distribuidora anunciou que vai mudar sua marca e identidade corporativa para Vibra Energia, focando suas atividades na transição energética e em estratégias ESG. A empresa conta com portfólio de mais de 18 mil grandes clientes corporativos, em segmentos como aviação, transporte, comércio, indústrias eletrointensivas, produtos químicos, supply house e agronegócio.

— Continuará com a atual identidade visual e símbolo “BR”, formando uma rede com cerca de 8,3 mil postos de combustíveis.

— Manterá a marca Lubrax, que possui mais de 600 itens para aplicações automotivas, industriais, marítimas e ferroviárias.

— BR Mania continuará como a marca para conveniência nos postos de combustíveis, assim como os centros de lubrificação Lubrax+.

— A marca BR Aviation continuará como serviço que abastece aeronaves em mais de 90 aeroportos brasileiros.

— A Vibra pretende levantar cerca de R$ 1 bilhão com o enxugamento de seus ativos logísticos. A intenção da empresa é se desfazer de 20 a 25 ativos, dentre os 95 detidos pela empresa. Valor

— Outro foco da empresa deverá ser o biometano. O presidente da Vibra, Wilson Ferreira Júnior, adiantou que há conversas com possíveis parceiros nesse segmento, mas não deu maiores detalhes.

— O executivo disse que a Vibra irá entregar o combustível “que o consumidor precisar”. “Somos o cara que vai comprar no mundo, vai comprar aqui (no Brasil) e vai entregar. Somos quem vai atrás do que você precisa e te entregar, no prazo mais rápido, e com o melhor preço. Isso é o que torna a gente muito útil.” Estadão

Também de olho na transição energética, a distribuidora de GLP Ultragaz adotou nova identidade visual, atualizou a estratégia de longo prazo e se prepara para oferecer um leque de opções que pode incluir gás natural.

— Braço de GLP do grupo Ultra, a Ultragaz atua em um mercado já maduro, com 5,5 mil revendedores, 11 milhões de domicílios consumidores e uma carteira de 60 mil clientes industriais.

— Segundo o presidente da Ultragaz, Tabajara Bertelli, a distribuidora tem a “vocação natural” de fazer a conexão com o mercado final, através de sua extensa rede de revendas, e vai explorar oportunidades que devem se materializar em dois a cinco anos com a abertura do mercado de gás natural.

— “Esse leque pode compreender outras energias ou outras formas de comercialização”, disse Bertelli. Valor

ESG. A Petrobras está lançando um programa de governança, boas práticas, controles internos e integridade com prefeituras de municípios beneficiados pela transferência de rendas petrolíferas, royalties e participações especiais. — A assinatura do convênio entre a empresa e a prefeitura de Quissamã, no Norte Fluminense, marca o início do projeto “Cooperar para Transformar”.

— Com o projeto, a Petrobras pretende apoiar as prefeituras no aperfeiçoamento de soluções de governança pública, controles internos e integridade, a fim de aprimorar a gestão desses recursos. Estadão

Consumo de combustíveis em baixa na AL. Relatório da consultoria S&P Global Platts Analytics aponta que o consumo de combustíveis na América Latina ainda não se recuperou do tombo causado pela pandemia.

— Segundo o documento, a região continua a sofrer com as baixas taxas de vacinação e com a preocupação a respeito das variantes da covid-19, o que tem dificultado a recuperação do consumo de combustíveis no curto prazo.

— Nesse contexto, a consultoria prevê que o volume processado de petróleo cru nas refinarias brasileiras vai ficar em 1,76 milhão de barris/dia no terceiro trimestre, queda de 50 mil barris/dia em relação a igual período de 2020.

— A Platts acredita que a região aprendeu a conviver com a doença e que é improvável que novas medidas de ‘lockdown’ voltem a ser adotadas nos próximos meses. Valor

QAV. A Procuradoria Federal Especializada junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (ProCade) fez uma reanálise da sua recomendação e sugeriu o arquivamento do processo no órgão que pede a sanção por práticas anticoncorrenciais no mercado de querosene de aviação.

— O processo está no Cade desde 2014 e foi motivado pela distribuidora GranPetro por prática anticompetitiva da concessionária do aeroporto de Guarulhos e do conjunto de empresas que atuam na distribuição do combustível de aviação no local – Air BP, BR e Raízen.

— A procuradoria avaliou que as exigências dos requisitos de acesso colocado pelas distribuidoras a novos entrantes não decorrem de efeitos anticoncorrenciais.

Gás Natural. A 3R Petroleum anunciou a aquisição, por US$ 6 milhões, da participação de 50% da Petrogal Brasil no Campo de Sanhaçu, na parte terrestre da Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. A empresa passa a ter 100% deste campo, que faz parte do Polo Macau, comprado da Petrobras e operado pela 3R desde maio de 2020.

— A consultoria De Golyer and MacNaughton certificou que o campo de Sanhaçu detinha 5,3 milhões de barris de óleo equivalente (boe) de reservas provadas mais prováveis (2P) em agosto de 2020.

— A produção média diária do campo somou aproximadamente 974 boe no primeiro semestre de 2021, sendo 134 mil m³ de gás natural e 133 barris de óleo.

— “Atualmente, a 3R é o maior produtor de gás do Rio Grande do Norte, com aproximadamente 65% de participação na produção total do estado, quando considerada a produção conjunta dos Polos Macau e Pescada, esse último em fase de cessão junto à ANP”, afirma Hugo Repsold, diretor Corporativo e de Gás & Energia da 3R Petroleum.

Minigeração solar. A Neoenergia iniciou a operação de quatro sistemas de minigeração fotovoltaica em São José do Egito interior de Pernambuco, com capacidade instalada de 851 kWp. As usinas vão fornecer energia elétrica para quatro consumidores pernambucanos, que receberão cotas de crédito na conta de energia em mais de 30 unidades consumidoras, cuja economia na conta de energia em alguns casos pode chegar a 25%.

— A Neoenergia possui 4 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável, e está implementando mais 1 GW com a construção de novos parques eólicos.

— “Comercializamos energia limpa para consumidores com diferentes características de demanda e consumo sem precisar investir na construção dos projetos. Seguindo a nossa meta de descarbonização, temos um plano de ampliação dos investimentos em geração solar para comercialização em todo o Brasil”, comenta o diretor de Negócios Liberalizados da Neoenergia, Hugo Nunes.

Solar nas escolas paulistanas. A Prefeitura de São Paulo deve assinar este mês contrato para equipar pelo menos 775 escolas e prédios educacionais com painéis de energia solar. A energia gerada deverá abastecer cerca de 80 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.

— A licitação foi vencida pelo Consórcio Sol da Saúde. O contrato de concessão por 25 anos tem valor de R$ 171,4 mil, ou R$ 2 milhões ao ano. A proposta vencedora, segundo a Prefeitura, “representou economia próxima a 40% do previsto inicialmente”. Estadão

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