RIO – A New Fortress fechou um contrato para aquisição da UTE Lins, empresa controlada pela Omega Engenharia e dona de um projeto de uma termelétrica a gás natural com capacidade instalada de 2,05 GW em Lins (SP). A transação se encontra em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A aquisição acontece num momento em que a New Fortress se prepara para participar do leilão de reserva de capacidade, no segundo semestre.
A companhia estima que o leilão terá uma demanda de mais de 8 GW de potência termelétrica e espera assegurar o fornecimento de gás natural para 3,2 GW, entre projetos próprios e de terceiros.
A New Fortress mira, na licitação, tanto oportunidades de contratação de térmicas novas quanto existentes e que poderão ser atendidas com gás natural liquefeito (GNL).
A empresa inaugurou este ano o Terminal Gás Sul (TGS), em Santa Catarina. A planta de regaseificação está conectada ao gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) – que corta o município de Lins, onde se situa o projeto termelétrico comprado pela NFE.
Além do TGS, a companhia possui mais um terminal de GNL no Brasil, em Barcarena (PA).
Isolado da malha interligada de gasodutos do país, está ancorado em dois grandes clientes regionais: a refinaria de alumina da Hydro Alunorte; e no complexo termelétrico que a NFE está construindo associado ao terminal.
São duas usinas: a termelétrica Novo Tempo (624 MW), prevista para 2025, e Portocem (1,571 GW) – contrato de reserva de capacidade adquirido pela empresa, originalmente concebido para Pecém (CE), mas que será transferido para Barcarena.
Já em Santa Catarina, a NFE assumiu o risco do investimento, sem um grande cliente âncora.
A New Fortress anunciou, em maio, os seus primeiros grandes contratos de fornecimento de gás do TGS. Assinou dois contratos com a TBG, que somam cerca de 1 milhão de m3/dia, para balanceamento e gás para uso no sistema (GUS) e valem até o fim do ano.