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MSGás é 8ª distribuidora a aderir à nova safra de contratos de gás da Petrobras

Concessionárias têm optado por acordos de suprimento de longo prazo, indexados em sua maior parte ao preço do petróleo

Instalações e rede de dutos metálicos, na cor dourada, do Gasbol – Gasoduto Bolívia-Brasil (Foto: Divulgação TBG)
Instalações do Gasbol – Gasoduto Bolívia-Brasil (Foto: Divulgação TBG)

RIO – A MSGás fechou dois novos contratos de suprimento de gás natural de longo prazo com a Petrobras, ambos com validade até 2034. A distribuidora de gás canalizado do Mato Grosso do Sul tem na petroleira estatal a sua única fornecedora da molécula.

O contrato maior, válido entre 2024 e 2034, começa com um compromisso de fornecimento de 205 mil m3/dia. Esse volume, contudo, cai gradualmente até 103 mil m3/dia a partir de 2031.

O preço está indexado a um fator Brent (percentual da cotação do petróleo ao qual o preço do gás está indexado) de 11,9%.

O contrato menor, válido a partir de 2026, prevê a entrega de 75 mil m3/dia.  O preço, nesse caso, segue uma fórmula mista, indexado em sua maior parte ao petróleo, com fator Brent de 11,7%, mas com uma outra parte vinculada ao Henry Hub, referência do preço do gás no mercado americano.

MSGás e Petrobras também renegociaram as bases dos atuais contratos. O fator Brent válido até o fim de 2023 foi reduzido de 14,4% para 13,5%. Houve também ajustes nos volumes.

Contratos de longo prazo se tornam tendência

Até o momento, a Petrobras já fechou contratos com oito distribuidoras diferentes, desde que lançou os novos produtos no mercado, em maio: Comgás (SP), Compagas (PR), Copergás (PE), Gás Natural SPS (SP), Necta (SP), Sulgás (RS) e SCGás (SC), além da MSGás.

Todas as concessionárias, até o momento, optaram por contratos de longo prazo – de nove a onze anos – com validade até 2034.

A Petrobras tem oferecido às distribuidoras, nos contratos mais longos, um fator Brent de 11,9%. Isso significa um gás mais barato do que a petroleira vinha praticando em seus contratos mais recentes, mas num patamar ligeiramente acima do histórico pré-pandemia.

Apesar de a Petrobras ter lançado novos tipos de contratos de fornecimento de gás natural, este ano, a maioria das distribuidoras tem optado pelas modalidades tradicionais de compra: um preço indexado à cotação do petróleo e com entrega do gás no city-gate – modelo segundo o qual a petroleira se responsabiliza pela contratação da entrada e da saída do sistema.

Mas há quem esteja experimentando novas formas de se contratar gás. Cerca de 20% do volume de gás natural contratado pelas concessionárias estaduais, na nova safra de acordos de suprimento assinados com a petroleira, está indexado ao Henry Hub.

Além disso, 10% do volume recém-contratado pelas distribuidoras será entregue no hub – nova modalidade na qual a Petrobras é a responsável pela contratação da entrada no sistema de transporte e o cliente é responsável pela contratação da saída.