MME e EPE apontam necessidade de expansão do refino até 2031

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A previsão de importação de derivados de petróleo até 2031 vai exigir investimentos na ampliação de capacidade de refino no país ou na expansão e melhoria da infraestrutura logística do país. É o que aponta o novo caderno do Plano Decenal de Expansão de Energia 2031 (PDE 2031), sobre a oferta de derivados, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

— O Brasil deverá consolidar sua condição de exportador de petróleo – cerca de dois terços da produção de óleo do país deverá ser exportada em 2031 – e permanecer como importador líquido dos principais derivados durante todo o horizonte decenal, com destaque para a importação de óleo diesel, nafta e querosene de aviação (QAV).

— O estudo projeta um pequeno incremento no volume de petróleo processado nas refinarias, de 1,75 milhão b/d na média dos últimos cinco anos para 1,93 milhão b/d em 2031. Um incremento no fator de utilização das refinarias (FUT) de 75% para 82%.

— Com o aumento gradativo do FUT, projeta-se um crescimento da oferta nacional dos principais derivados de petróleo. Destaca-se o aumento da produção de GLP (4,6% ao ano), nafta (4,3% a.a.) e óleo combustível (1,8% a.a.). Também se projeta incremento na produção de gasolina A (0,9% a.a.), QAV (0,7% a.a.) e diesel A (0,6% a.a.).

— Com o crescimento da demanda doméstica, as importações líquidas alcançarão 80 mil m³/d em 2031, pouco acima do volume de 2017 (79 mil m³/d). Os maiores déficits em 2031 virão do diesel (-71 mil m³/d), nafta (-11 mil m³/d) e QAV (-8 mil m³/d).

— Os patamares de importação de diesel e QAV deverão ser superiores às máximas históricas, o que sinaliza eventual necessidade de investimentos na ampliação da infraestrutura primária de abastecimento.

— Já os maiores superávits em 2031 serão óleo combustível (+14 mil m³/d), GLP (+3 mil m³/d) e gasolina (+2 mil m³/d). Com o aumento da produção de GLP em UPGNs, o Brasil deverá se tornar exportador líquido desse produto até o final desta década.

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Wahoo é declarado comercial A PetroRio protocolou nesta quarta (22/12) junto à ANP a declaração de comercialidade da descoberta de Wahoo e o plano de desenvolvimento da área. Wahoo está localizado no Bloco C-M-101, na Bacia de Campos, e conta com 126 milhões de barris recuperáveis de óleo (1C), conforme a certificação de reservas emitida em 01/01/2021 pela D&M.

— Em novembro do ano passado, a PetroRio anunciou a compra da participação da bp em Wahoo.

Mais empregos em óleo e gás Projeção do IBP mostra que o setor de petróleo e gás poderá gerar de 30 mil a 50 mil empregos em 2022. O cenário otimista é puxado pela venda de ativos da Petrobras e pela estabilização do preço do petróleo. CNN

O petróleo fechou em alta de mais de 3% nessa terça (21/12), recuperando-se com o apetite pelo risco renovado no dia seguinte a uma queda acentuada. O Brent fechou em alta de 2,46 dólares, ou 3,4%, a 73,98 dólares o barril, e o WTI subiu 2,51 dólares, ou 3,7%, para 71,12 dólares o barril. Reuters

Novo passo para mercado livre de gás no Ceará A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou nessa terça (21/12) a lei que regulamenta a prestação dos serviços de gás canalizado no estado. A legislação estabelece normas para a abertura do mercado livre do gás no Ceará e vai ao encontro da Lei do Gás, sancionada em abril.

Leia em epbr:

•  Regulamentação da Lei do Gás dependerá da ANP e de novas entidades, por Marina Zago e Rodrigo Rodi
• No jogo de interesses do mercado de gás, o risco é seguirmos escravos do “império do gás”, escreve Carlos Cavalcanti, vice-presidente da Fiesp

Acesso a gasodutos da TAG A Petrobras informou que assinou nesta quarta (22/12) com a Transportadora Associada de Gás (TAG) o Acordo de Redução de Flexibilidade de uso pela Petrobras e aditivos aos contratos de transporte de gás natural Malha Nordeste, Gasene e Pilar-Ipojuca, que refletem a referida limitação de flexibilidade. Isso vai permitir o acesso de outros agentes ao sistema de transporte da TAG a partir de 1º de janeiro de 2022.

— No início deste mês, a TAG encerrou a etapa de alocação de capacidade de transporte de gás natural para nove empresas que manifestaram interesse em contratar a rede a partir de 2022. Entre eles, os primeiros contratos com novos supridores do mercado brasileiro a entrar na rede da empresa.

— Os acordos foram fechados com PetroReconcavo, Potiguar E&P, SPE Miranga, Equinor, Shell, Galp, Compass, Origem e Proquigel.

Em artigo no Valor, o pesquisador do IEPUC e professor do IE-UFRJ, Edmar de Almeida, analisa A importância de um sistema de transporte de gás integrado.

MME ratifica prazo e metas do RenovaBio O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou o dia 31 de dezembro de 2021 como limite para as distribuidoras de combustíveis cumprirem suas metas individuais de aposentadoria de CBIOs, do programa RenovaBio. Segundo a pasta, associações de distribuidoras solicitaram prorrogação do prazo.

— “A meta de aquisição de CBIOs pelas distribuidoras foi estabelecida em agosto de 2020, por meio da Resolução CNPE n° 8/2020, portanto com grande antecedência e conferindo total previsibilidade ao mercado”, disse o MME, em nota.

— O MME ainda ressaltou que o preço médio do CBIO em 2021, de R$ 38,24, é menor do que o realizado em 2020, de R$ 43,66, e que o ano de 2021 conta com excedente de oferta de CBIOs do ano de 2020 e produção de CBIOs acima da esperada.

Leilão de reserva contrata 5,1 GW Realizado nessa terça (21/12), o primeiro leilão de reserva de capacidade de energia do país contratou 5,1 GW, com disponibilidade de 4,6 GW para o Sistema Interligado Nacional (SIN), ao custo de R$ 57,3 bilhões.

— Aberta apenas a termelétricas, a concorrência teve 17 usinas vencedoras, a partir de quatro fontes: gás natural (9); óleo combustível (5); óleo diesel (2) e bagaço de cana (1). O início do suprimento está previsto para 2026 e 2027, com contratos de 15 anos. Entre as vencedoras estão usinas da Petrobras, Neoenergia e Eneva.

— Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o preço médio das contrações ficou em R$ 824.553,83/MW ano, com deságio de 15,34% em relação ao preço-teto do leilão.

— Dos 17 vencedores, sete participaram do certame por liminar judicial – as cinco usinas a óleo combustível e as duas a diesel. Por isso, a Aneel vai questionar a participação na Justiça. Caso as liminares caiam, a agência ainda vai avaliar se há a possibilidade de convocar outros participantes do leilão ou um novo certame.

CNPE aumenta valores da privatização da Eletrobras Em reunião nessa terça (21/12), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiu em R$ 67 bilhões o valor adicionado pelos novos contratos de concessão de geração para 22 hidrelétricas da Eletrobras atingidas pela lei de privatização da empresa. O valor estimado anteriormente era de R$ 62,47 bilhões.

— Com o ajuste, o bônus de outorga que será pago à União na privatização aumentou para R$ 25,3 bilhões, ante R$ 23,21 bilhões previstos anteriormente. Já os valores da operação que serão destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) subiram de R$ 29,78 bilhões para R$ 32 bilhões. Reuters

— A mudança ocorre por recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), que chegou a iniciar uma primeira análise da privatização da estatal na semana passada, mas que foi interrompida pelo pedido de vistas do ministro Vital do Rêgo.

UE vai financiar € 900 milhões para hidrogênio verde pelo mundo A Comissão Europeia aprovou na segunda (20/12) a liberação de € 900 milhões para financiar projetos de produção de hidrogênio verde (H2V) em países fora da União Europeia.

— Os recursos fazem parte da estratégia da Alemanha para o hidrogênio, que prevê um total de investimentos de € 2 bi em parcerias internacionais com países onde o H2V pode ser produzido com menor custo, a exemplo do Brasil. No total, o pacote alemão vai destinar € 9 bi para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde.

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