RIO – Entre janeiro e junho deste ano, 27.162 consumidores pediram a migração do mercado cativo de energia elétrica para o ambiente livre, mostra levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O número inclui todas as empresas que já comunicaram às distribuidoras de energia a intenção de ingressar no ambiente livre, processo que pode durar seis meses.
A maior parte dos consumidores que anunciaram a migração este ano são empresas de menor porte, com demanda menor do que 500 quilowatts (kW), o que equivale a uma fatura mensal de cerca de R$ 10 mil.
Ao todo, 25.867 dos consumidores que optaram por migrar em 2024 fazem parte desse grupo.
Esses clientes passaram a ter a opção de ingressar no mercado livre somente a partir de janeiro de 2024. Antes, essa modalidade estava restrita a empresas de maior porte, com consumo acima de 500 kW.
No ambiente de contratação livre, o cliente pode negociar a compra da energia elétrica que consome diretamente com a geradora ou com uma comercializadora, deixando, portanto, de contratar a energia fornecida pela concessionária de distribuição local.
Segundo a Abraceel, o Brasil tem 202 mil unidades consumidoras que podem ingressar no mercado livre, das quais 48 mil já fizeram essa opção.
A associação defende a abertura do mercado livre a todos os consumidores, incluindo os residenciais. O tema está em debate no governo.
“Nós ainda estamos falando de cerca 200 mil empresas no universo de 90 milhões de consumidores”, diz o presidente da associação, Rodrigo Ferreira.