Energia Eólica

Equinor: Maior parque eólico flutuante do mundo atinge capacidade máxima no Mar do Norte

Hywind Tampen abastece da demanda de energia das plataformas de petróleo Snorre A e B e Gullfaks A, B e C no Mar do Norte

Aerogeradores do maior parque eólico flutuante do mundo, Hywind Tampen, da Equinor, no Mar do Norte (Foto: Ole Jørgen Bratland/Equinor)
Maior parque eólico flutuante do mundo, Hywind Tampen, da Equinor, no Mar do Norte (Foto: Ole Jørgen Bratland/Equinor)

A Equinor inaugurou oficialmente nesta quarta-feira (23/8) o maior parque eólico flutuante do mundo, Hywind Tampen, no Mar do Norte. A usina tem capacidade instalada de 88 MW e fica em lâmina d’água entre 260-300 metros, a 140 km da costa da Noruega.

O empreendimento recebeu investimento de 7,4 bilhões de coroas norueguesas (R$ 3,4 bilhões). Tem 11 turbinas instaladas em uma estrutura de concreto e usa o modelo de boias flutuantes spar (floating spar buoy) para instalação das torres, o que permite a instalação em lâmina d’água mais profunda – e tem um conceito similar às plataformas de óleo e gás spar, também utilizadas por petroleiras na região.

O parque eólico começou o a funcionar no terceiro trimestre de 2022 e alcançou a capacidade máxima neste mês de agosto.

O empreendimento foi desenvolvido em parceria com Enova SF, Petoro, Vår Energi, INPEX Idemitsu Norge, Wintershall Dea Norge e OMV.

Integração com petróleo

Hywind Tampen vai atender 35% da demanda por energia elétrica das plataformas de petróleo Snorre A e B e Gullfaks A, B e C.

As turbinas eólicas estão ligadas à rede das plataformas por uma linha de transmissão de 2.5 km com capacidade de 66 kV.

A expectativa da Equinor é cortar 200 mil toneladas de emissões de CO2 por ano, além de mil toneladas de NOx.

Outros projetos flutuantes

Este é o segundo parque eólico instalado pela Equinor e um dos quatro hoje em operação no mundo. O primeiro da petroleira norueguesa foi o projeto-piloto Hywind Scotland, com capacidade de 30 MW.

Outro empreendimento em operação é o WindFloat Atlantic, em Portugal, com capacidade de 25 MW. Foi desenvolvido pela Windplus e é controlado por um consórcio entre EDP Renováveis (54,4%), Repsol (19,4%), Engie (25%) and Principle Power (1,2%).

O segundo maior parque flutuante atualmente em funcionamento é o Kincardine, com 50 MW, também na costa da Escócia. O empreendimento foi desenvolvido pela Kincardine Offshore Wind, subsidiária da Pilot Offshore Renewables (POR) e tem um acordo de venda de energia para a Statkraft.