BRASÍLIA — Inaugurado em julho pela Elera Renováveis, o complexo solar fotovoltaico Janaúba fornecerá eletricidade renovável para as operações da Águas do Rio, concessionária da Aegea que opera no Rio de Janeiro.
Localizado em Minas Gerais, Janaúba é o maior complexo fotovoltaico do Brasil, com 1,2 MWp.
O contrato com a Aegea na modalidade autoprodução de energia solar prevê a locação de dois lotes do parque da Elera, ocupando uma potência equivalente a 120MWp, aproximadamente 10% de todo o complexo.
O volume atenderá, a partir de 2024, todo o consumo de energia elétrica da Águas do Rio negociado em mercado livre de energia, o que significa cerca de 75% do total.
Emerson Rocha, gerente de Gestão de Energia e Eficiência Energética da Aegea, explica que o setor de saneamento está entre os grandes consumidores de energia elétrica no Brasil, e a contratação de renováveis no mercado livre contribuirá para aumentar a eficiência das operações.
A energia é um dos principais insumos utilizado nas operações do grupo.
Na Águas do Rio, o consumo de energia é feito por duas modalidades: geração distribuída, com parques solares focados em equipamentos menores e próximos da fonte energética, e por meio do mercado livre de energia, voltado para abastecer sistemas maiores.
Em 2022, após análise da eficiência dos seus sistemas, a concessionária traçou a meta de, até o segundo semestre de 2024, reduzir o gasto em 10% de energia elétrica em toda a operação.
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De acordo com Rocha, atualmente, 97% da energia consumida nas unidades provém de fontes renováveis.
“Além disso, em 2022 assumimos como meta a redução de 15% do consumo específico de energia, medido em kWh/m³, até 2030, que está atrelada a uma emissão de um Sustainability-Linked Bonds (SLB), operação inédita para empresas de saneamento no Brasil”, relata.
Brasil bate recorde de expansão solar em 2023
A fonte solar fotovoltaica apresentou expansão de 3 GW entre janeiro e agosto de 2023, de acordo com dados da Aneel. No período, a expansão total da capacidade instalada da matriz elétrica foi de 7 GW.
Segundo a agência reguladora, entre janeiro e setembro de 2023, houve o maior incremento da capacidade de geração solar centralizada da história no Brasil. Em 2022, por exemplo, o acréscimo no ano todo foi de 2,5 GW.
As usinas solares centralizadas somaram 10,4 GW de capacidade instalada em agosto. No último mês, 15 usinas fotovoltaicas entraram em operação, com 744,7 MW de capacidade.
Com isso, a energia solar já responde por 5% de toda a potência do país, de 195 GW, segundo o sistema de informações de geração da Aneel.
Minas Gerais tem a maior capacidade instalada, com 101 unidades e 3,6 GW de potência outorgada. Também ultrapassam 1 GW de capacidade decorrente de fonte solar os estados da Bahia (71 unidades, 2,1 GW) e do Piauí (50 unidades, 1,5 GW).
