Macaé prorroga restrições a atividades por mais uma semana

Governador do Rio não cogita lockdown e diz que pretende "manter a indústria funcionando"

Prefeito de Macaé, Dr Aluízio, concede entrevista coletiva sobre dengue e saneamento, no seu gabinete. Macaé/RJ Data: 22/11/2013 Foto: Rui Porto Filho / Prefeitura de Macaé
Prefeito de Macaé, Dr Aluízio, concede entrevista coletiva sobre dengue e saneamento, no seu gabinete. Macaé/RJ Data: 22/11/2013 Foto: Rui Porto Filho / Prefeitura de Macaé

O prefeito de Macaé, Dr. Aluizio (PSDB), decidiu prorrogar até o dia 6 de abril a suspensão de todas as atividades laborais no município. A decisão, publicada na última sexta-feira (27), revalida o decreto 39/2020, de uma semana atrás, que proibiu o desembarque no município de pessoas “portadoras de sintomas compatíveis com coronavírus” e impôs barreiras sanitárias nos limites da cidade.

O descumprimento do decreto pode provocar a cassação do alvará de funcionamento de empresas instaladas no município.

De acordo com a prefeitura, porém, os decretos e a instalação de barreiras sanitárias não estão impedindo as operações essenciais de empresas do setor offshore que atuam na cidade. A prefeitura também afirma não ter impedido nenhum desembarque de tripulantes de empresas que operam a partir de Macaé.

Na semana passada, o secretário de Relações Institucionais da prefeitura, Léo Gomes, firmou um acordo com a Petrobras e a Abespetro para que carretas entrem no município preferencialmente fora do horário comercial, uma vez que as barreiras sanitárias estão funcionando entre 6h e 18h.

De acordo com a prefeitura, o foco principal das barreiras sanitárias no limite do município é sobre veículos de passeio e de transporte de passageiros. Nas barreiras é feita a medição da temperatura das pessoas nos veículos e são repassadas orientações sobre prevenção da doença.

Como parte do acordo, a Petrobras também desistiu de impor a quarentena de profissionais a serem embarcados em hotéis da cidade.

Governo do Rio descarta lockdown

Em coletiva nesta segunda-feira (30) o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que não há no momento perspectiva para a imposição de um “lockdown” no estado.

De acordo com ele, o acompanhamento da curva de propagação da covid-19 no Rio indica que o estado está indo bem no combate à doença e caminha um quadro semelhante ao conferido na Coreia do Sul, um dos países onde a pandemia se mostra menos agressiva.

Witzel frisou que com o quadro atual a perspectiva no estado é “manter a indústria funcionando” e que se as perspectivas atuais se confirmarem, o governo pode relaxar as medias impostas na quarentena ao final dos próximos quinze dias.

Na última sexta-feira o governador determinou o prolongamento do período de quarentena no estado pelas duas próximas semanas.

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