O governo argentino concedeu nesta quarta-feira (26/7) as outorgas para os vencedores do primeiro leilão de energia renovável promovido pelo país em quase cinco anos. A energia solar dominou a concorrência, garantindo 79% dos 634 MW de capacidade contratada.
De acordo com as informações oficiais, 204 propostas foram apresentadas, num total de mais de 2 GW ofertados. O resultado superou os 620 MW previstos no lançamento da licitação em fevereiro.
A energia solar fotovoltaica conquistou 501 MW no leilão, apresentando os preços médios mais baixos entre todas as fontes, de US$70,7/MWh, e de US$ 82,1/MWh, para usinas com armazenamento de energia.
Veja o resultado do leilão de renováveis da Argentina, por fonte de energia, capacidade e preço:
- Solar fotovoltaica: 449,58 MW (US$ 70,7/MWh)
- Solar fotovoltaica com armazenamento: 51,5 MW (US$ 82,1/MWh)
- Biomassa: 42 MW (US$ 144,2/MWh)
- PCH: 37,51 MW (US$ 110,7/MWh)
- Biogás: 29,86 MW (US$ 186,5/MWh)
- Biogás de aterro sanitário: 13,2 MW (US$ 158,8/MWh)
- Eólica com armazenamento: 10 MW (US$ 115/MWh)
Regional e federal
A concorrência foi dividida em duas linhas. A primeira, de caráter regional, para contratação de 500 MW a partir de biomassa, solar fotovoltaica com e sem armazenamento e eólica com armazenamento. Objetivo é substituir a geração fóssil.
Ao todo, 46 projetos de 18 empresas foram selecionados, somando 514,1 MW: uma usina de biomassa, um parque eólico, três usinas solares com armazenamento e 41 parques solares.
A segunda, federal, foi destinada a projetos que permitam a incorporação de geração renovável de pequena escala, para uma potência total de 120 MW, podendo ser de biomassa, biogás e pequenas centrais hidrelétricas.
Nela, foram aprovados 52 projetos totalizando 119,6 MW. Esses empreendimentos estão distribuídos por 15 províncias.
Veja a lista completa de empreendimentos:
A meta da Argentina é alcançar 20% de participação renovável na geração de energia até 2025, ante os 14% registrados em 2022.