A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta (19) o empresário German Efromovich e seu irmão José Efromovich, donos do estaleiro Eisa, no Rio de Janeiro. Os empresários foram presos pela Operação Navegar é Preciso, 72ª fase da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção nos contratos para construção de navios da Transpetro. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 651,3 milhões nas contas dos investigados.
Segundo o Ministério Público Federal, investigação interna da Transpetro identificou que contratos com o estaleiro Eisa deram prejuízo de R$ 611,2 milhões à Transpetro, em razão da entrega irregular de um dos navios Panamax encomendados, da não entrega dos outros três navios Panamax, de dívida trabalhista indevidamente suportada pela subsidiária da Petrobras e de adiantamento de recursos garantidos pessoalmente por um dos empresários presos com a emissão de duas notas promissórias que nunca foram pagas.
German Efromovich também controla o Estaleiro Mauá, em Niterói, e a empresa de aviação Avianca.
16 navios contratados
Os dois estaleiros dos irmãos Efromovich fecharam 16 dos 46 contratos do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), que foi lançado durante a gestão Sergio Machado, delator da Operação Lava Jato, na Transpetro.
Em junho de 2016, já com Machado delator da Lava Jato, a Transpetro cancelou a construção de oito navios de produtos com o Eisa , no Rio de Janeiro, e de sete navios com o EAS, em Pernambuco.
Parte dos navios contratados pela Transpetro ao estaleiro Mauá está virando sucata na Baia de Guanabara.
Histórico de escândalos
German Efromovich está envolvido em crises com a Petrobras desde os anos 90, quando sua empresa Marítima Petróleo afretou à estatal três sondas de perfuração do do tipo Amethyst. Em maio de 1999, a estatal anunciou que estava cancelando os contratos atraso na entrega superior a 210 dias.
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