Grandes consumidores de energia podem investir até US$ 31 bilhões em 2030, caso o preço do gás tenha queda esperada de 50%. A estimativa é de um estudo da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) feitas com dados coletados antes da crise do coronavírus e que leva em consideração um crescimento anual do PIB de 3%.
O documento (.pdf) também revela que a queda no preço pela metade pode triplicar a demanda do insumo, puxado pelo segmento industrial, com um consumo anual de 62 milhões de metros cúbicos ao dia no mesmo ano de 2030.
A perspectiva depende, porém, do que a CNI entende como uma liberalização bem sucedida do mercado de gás. Para a entidade, um conjunto de ações como a aprovação da Lei do Gás e ações regulatórias estaduais são capazes de diminuir a tarifa dos atuais US$ 14 por milhão de BTUS para US$ 7 por milhão de BTUS.
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As projeções mostram consumidores como indústrias de cerâmica, vidro, alumínio química e siderúrgica como atores capazes de absorver a inclusão da nova oferta de gás natural do pré-sal, inclusive a partir da substituição de outros combustíveis utilizados.
Indústrias químicas e de celulose, por exemplo, podem substituir 80% do carvão usado atualmente pelo gás natural, assim como na siderurgia a substituição pode chegar a 50%, desde que o corte no preço aconteça.
Caso a mudança no patamar do preço do gás não ocorra, a CNI estima que grandes consumidores de energia podem acumular um déficit na balança comercial destas indústrias de US$ 47,8 bilhões no mesmo ano.
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