A Venezuela denunciou o que chamou de “ato de pirataria internacional” após o que descreve como o “roubo descarado” de um navio petroleiro no mar do Caribe, atribuído diretamente aos Estados Unidos.
O governo venezuelano ainda destaca que a ação foi “anunciada de maneira pública” pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevando ainda mais as tensões entre as duas nações.
O texto, enviado via Telegram pelo ministro das Relações Exteriores do país, Yván Gil Pinto, afirma que não se trata de um episódio isolado.
O governo diz que Washington “já em sua campanha de 2024 afirmou abertamente que seu objetivo sempre foi ficar com o petróleo venezuelano sem pagar nenhuma contraprestação”, interpretando o incidente como parte de um “plano deliberado de despojo de nossas riquezas energéticas”.
A Venezuela também relaciona o episódio ao litígio envolvendo a Citgo, chamando-o de “roubo mediante mecanismos judiciais fraudulentos e à margem de qualquer norma”.
Em outra frente, o comunicado ainda denuncia tentativas de “mudança de regime”, com uma saída forçada de Nicolás Maduro, apoiadas por governos ocidentais.
Os EUA anunciaram ontem (10/12) que capturaram um navio petroleiro na costa da Venezuela. “Como vocês provavelmente sabem, acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela”, afirmou Trump. “É um grande petroleiro, muito grande. O maior já apreendido.”
Por Pedro Lima
