Guerra tarifária

União Europeia aprova contratarifas em retaliação aos EUA, mas mantém foco em acordo

Comissão Europeia prepara resposta tarifária a possíveis sanções de Trump, mas negociações seguem

Bandeiras em frente à sede da Comissão Europeia (Fotor Flick Liber Europe)
Sede da Comissão Europeia (Foto Flickr Liber Europe)

Os países da União Europeia aprovaram nesta quinta-feira (24/7) uma lista de tarifas que poderá ser aplicada a até € 93 bilhões em produtos dos Estados Unidos, caso as negociações comerciais com Washington fracassem.

A medida, segundo diplomatas do bloco, tem caráter preventivo diante da ameaça do governo norte-americano de impor tarifas de 30% a partir de 1º de agosto.

A proposta aprovada reúne dois pacotes já discutidos pela Comissão Europeia, que totalizavam € 21 bilhões e € 72 bilhões, em um único conjunto de contramedidas. Apesar da aprovação pelos 27 países do bloco, nenhuma tarifa entrará em vigor antes de 7 de agosto.

O plano segue em paralelo aos esforços para fechar um acordo bilateral, prioridade destacada pela Comissão na quarta-feira (23/7).

Desde o início do impasse, a UE evitou implementar retaliações mesmo diante de sucessivos anúncios de sanções comerciais por parte dos EUA. O primeiro conjunto de tarifas foi autorizado em abril, mas sua aplicação foi suspensa para dar espaço às tratativas diplomáticas.

De acordo com diplomatas da UE, há avanços nas negociações e um acerto final pode resultar em uma alíquota geral de 15% sobre produtos europeus vendidos aos EUA — formato semelhante ao firmado entre Washington e Tóquio.

A medida substituiria a média atual de tarifas norte-americanas, que gira em torno de 5%, abrangendo setores como veículos e produtos farmacêuticos.

Alguns segmentos, como o de aeronaves, madeira, medicamentos específicos e produtos agrícolas, podem ser excluídos da nova alíquota. No entanto, os EUA indicam que não devem abrir mão da tarifa de 50% atualmente em vigor sobre o aço.

Com informações da Agência Brasil e da Reuters.

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