Sanções miram receitas petrolíferas russas

União Europeia adota novo pacote de sanções contra a Rússia

Pacote reduz o preço máximo de exportação do barril russo para até 15% abaixo do mercado e inclui bloqueio a navios e bancos

Kaja Kallas, ministra das Relações Exteriores da UE, fala ao Parlamento Europeu em 2022 (Foto Philippe Stirnweiss/União Europeia)
Ministra das Relações Exteriores da UE, Kaja Kallas, fala ao Parlamento Europeu (Foto Philippe Stirnweiss/União Europeia)

A União Europeia (UE) adotou nesta sexta-feira (18/7), um novo pacote de sanções contra a Rússia, com medidas como a redução no preço máximo do petróleo russo que pode ser exportado, informaram fontes oficiais.

“A UE acaba de aprovar um dos pacotes de sanções mais duros contra a Rússia”, comemorou a ministra das Relações Exteriores da UE, Kaja Kallas.

Segundo Kallas, “toda sanção enfraquece a capacidade da Rússia de travar uma guerra. A mensagem é clara: a Europa não recuará em seu apoio à Ucrânia“.

Este pacote de sanções encontrou até agora oposição da Eslováquia, cada vez mais próxima de Putin, e com temor dos efeitos internos de tais medidas, embora o país tenha recebido garantias da UE.

O novo conjunto de medidas determina uma redução no preço máximo do petróleo russo exportado para países terceiros ao redor do mundo, para 15% abaixo do valor de mercado.

Esse teto é uma iniciativa do G7 que visa limitar a quantidade de dinheiro que a Rússia ganha com a exportação de petróleo.

Com o novo pacote de medidas restritivas, a UE adicionou cerca de 70 embarcações à lista de sanções por pertencerem à chamada “frota fantasma”, usada pela Rússia para contornar restrições adotadas anteriormente. Assim, o número de embarcações incluídas na lista de sanções passa a ser de 419.

O pacote de medidas acordado nesta sexta (18) também inclui sanções contra uma refinaria de petróleo de propriedade russa na Índia e dois bancos chineses.

Essas sanções foram acordadas pelos representantes permanentes dos países da UE em Bruxelas e devem ser adotadas formalmente em nível ministerial nesta sexta-feira.

Reino Unido

O governo britânico anunciou nesta sexta-feira (18/7), em ação coordenada com a União Europeia, a redução do teto de preços para o petróleo bruto russo, de US$ 60 para US$ 47,60 por barril.

A medida, segundo comunicado oficial, visa atingir “o coração das receitas petrolíferas de Vladimir Putin” e aumentar a pressão econômica sobre o Kremlin.

“A nova medida reduzirá o valor de mercado do petróleo russo, interrompendo o fluxo de dinheiro do petróleo para o cofre de guerra de Putin”, afirmou o governo do Reino Unido, acrescentando que a receita do petróleo russo já caiu 35% em base anual até maio.

A ministra das Finanças, Rachel Reeves, declarou que “o Reino Unido e seus aliados da UE estão apertando o cerco ao cofre de guerra do Kremlin, cortando ainda mais a fonte de financiamento mais valiosa da guerra ilegal na Ucrânia”.

O Reino Unido já impôs sanções contra mais de 250 navios ligados ao transporte de energia russa e afirmou que está comprometido com o apoio militar à Ucrânia no valor de 3 bilhões de libras por ano “pelo tempo que for necessário”.

O Reino Unido e a UE, diz o texto, “trabalham em sintonia para combater os que alimentam, de forma cruel, a destruição na Ucrânia”.

Com informações de agências internacionais.

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