RIO – A TotalEnergies e a Galp anunciaram nesta terça-feira (20/6) uma parceria para avaliar investimentos conjuntos em eólicas offshore na costa de Portugal.
As companhias vão compartilhar competências técnicas e o conhecimento do mercado energético para desenvolver os projetos. O anúncio ocorre num momento em que o país europeu busca atrair investimentos para viabilizar a construção de 10 gigawatts (GW) de capacidade instalada em eólicas offshore.
A ideia é combinar a experiência global da companhia francesa no setor de eólicas offshore com a presença e conhecimento da Galp sobre o mercado português.
A TotalEnergies tem a meta de instalar 100 GW de capacidade global de geração renovável até 2030, segundo o vice-presidente de eólicas offshore, Olivier Terneaud.
Ao todo, a francesa tem um portfólio global de 12 GW de projetos de eólicas offshore. Em Portugal, a companhia tem 1 GW de usinas solares e eólicas terrestres em operação e desenvolvimento.
“A Galp planeja transformar a sua base industrial em Portugal para disponibilizar uma vasta gama de soluções energéticas de baixo carbono e as energias renováveis são a espinha dorsal desta transição,” disse Georgios Papadimitriou, administrador-executivo da Galp para Renováveis, Novos Negócios e Inovação.
Parcerias no Brasil ainda não estão definidas
Questionado sobre a possibilidade de replicar a parceria portuguesa no Brasil, o diretor-geral da TotalEnergies no Brasil, Charles Fernandes, disse que a companhia aguarda o avanço da regulação no país para definir acordos.
“Esse é o tipo de investimento que será feito em parceria, dado os montantes. Mas ainda não temos nenhum parceiro particular, até porque esse debate ainda está engatinhando no Brasil”, disse durante o ESG Energy Forum 2023, no Rio de Janeiro.
A TotalEnergies já indicou o intesse em até 9 GW de capacidade de geração eólica offshore na costa do Brasil. São três parques distribuidores no Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Segundo ele, as discussões sobre essa regulação no Brasil estão avançando conforme esperado. O executivo reforçou que a companhia trabalha com a expectativa da realização de um leilão de áreas para projetos de eólicas offshore no país em 2024.
“Temos que discutir questões como a cadeia de suprimentos, a capacitação de fornecedores, a adequação dos portos. Ainda é muito cedo para falar de parceiros específicos”, acrescentou.
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