A Energia Sunnova International, uma das principais desenvolvedoras de energia solar residencial dos Estados Unidos, entrou com pedido de proteção contra falência no Capítulo 11, equivalente à recuperação judicial no Brasil. A empresa, que alertou em março que poderia fechar as portas, afirmou ter encerrado entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões em ativos e a mesma faixa de passivos.
A companhia enfrenta altos custos em sua dívida. Além disso, as políticas dos estados americanos para energia solar foram menos desenvolvidas nos últimos anos, tornando a energia solar residencial menos competitiva em termos de custo em comparação com a energia tradicional de entrega e desencorajando os compradores.
Na semana passada, a Mosaic, uma plataforma de financiamento de energia solar, entrou com o mesmo processo, enquanto as instaladas residenciais de energia solar SunPower e Lumio entraram com pedido de falência no ano passado.
A queda da indústria de energia solar residencial já era esperada há muito tempo, já que as altas taxas de juros prejudicaram as empresas do setor — os sistemas de painéis em telhados podem custar US$ 20 mil ou mais por residência, e os proprietários são menos propensos a comprá-los se tiverem que pagar uma alta taxa de juros para financiar o custo.
Golpe fatal na geração solar americana
As ações de empresas de geração fotovoltaica, já em dificuldades há tempos, haviam despencado em maio após sofrer um golpe potencialmente fatal: a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um pacote fiscal que elimina os créditos tributários para energia solar em telhados ainda em 2024 — sete anos antes do previsto inicialmente, em 2031.
Projetos de grande escala também terão prazos encurtados, com incentivos cortados até 2028. A medida, parte da política energética do governo de Donald Trump, foi classificada como “desastrosa para o setor solar residencial” por analistas.
“Isso está basicamente fechando o setor”, afirmou Gregg Felton, CEO da Altus Power, que desenvolve projetos solares em telhados, estacionamentos e outros locais de alto consumo de energia. “Ninguém mais investirá nesta área com esta versão da lei”, alertou Felton.
O mercado reagiu imediatamente: Sunrun (-37%), SolarEdge (-25%) e Enphase (-20%) lideraram as quedas na bolsa. O texto ainda precisa passar pelo Senado, onde republicanos têm maioria, com previsão de sanção presidencial até 4 de julho.
Mas a incerteza já sepultou investimentos no setor residencial, dependente dos incentivos para viabilizar sistemas na faixa de 20 mil dólares ou mais.
Com informações do Estadão Conteúdo e da Dow Jones Newswires.
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