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Sauditas ampliam descontos sobre óleo exportado para Ásia, um dia após acordo para controle da oferta

Shaybah Pipeline, Saudi Aramco, Arábia Saudita
Shaybah Pipeline, Saudi Aramco, Arábia Saudita

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Menos de 24 horas após o “acordo histórico” para controle da oferta de óleo, Saudi Aramco ampliou os descontos sobre os preços oficiais de venda da corrente Arab Light, em especial para os países asiáticos.

— Para maio, o maior desconto para os mercados asiáticos foi definido em US$ 7,40, frente aos valores de referência de Oman/Dubai; em relação ao Brent, os descontos máximos variam de US$ 11,00 e US$ 11,40 dependente do local de desembarque na Europa.

— Pesquisa da Platts com comercializados de óleo indicava uma expectativa de ampliação dos descontos em US$ 2 a US$ 3 por barril para o mercado asiático. No fim das contas, a Saudi Aramco cortou em US$ 4,2. Platts

— A Saudi Aramco afirma que os preços são reflexo do balanço de oferta e demanda. O mercado asiático, em especial a China, é o principal consumidor de óleo saudita, mas exportações para os EUA subiram durante a guerra de preços, de acordo com análise independente do TankerTrackers.com, que calcula que as exportações sauditas, para todos os mercados, superaram 12 milhões de barris/dia na primeira semana de abril.

— A divulgação de preços para maio havia sido postergada devido a reabertura das negociações da OPEP+. No domingo (12), foi anunciado um acordo para controlar a oferta, com redução de 9,7 milhões de barris por dia em maio e junho. Reuters

— A leitura inicial de analistas é que o acordo pode ajudar a aumentar o piso dos preços do petróleo, mas com a queda brusca na demanda, não deve gerar uma alta sustentada da commodity.

— A materialização do acordo também é vista com ceticismo. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuait pressionavam o mercado com ofertas adicionais de óleo, o que pode inflar os cortes – fala-se em um corte total de 12,5 milhões barris/dia, baseado em um patamar insustentável. Bloomberg/Valor

— O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou que o Brasil não pode se comprometer com acordos para controle de produção. Segundo ele, o corte de 200 mil barris/dia anunciado pela Petrobras, representa 20% das exportações que vinham sendo feitas pelo país.

— “O Brasil entende que o mercado internacional de petróleo é que deve, por meio dos mecanismos existentes, encontrar um preço de comercialização dessa commodity”, afirmou na sexta (10), em reunião do G20.

— Os preços do Brent negociados em Londres são negociados sem uma direção clara nesta segunda (13). Os contratos com vencimento em junho valem entre US$ 33,99 e US$ 30,63 frente ao fechamento de US$ 31,48 antes do feriado de Páscoa.

Após a confirmação de casos de covid-19 em plataformas a serviço da Petrobras, o Sindipetro-LP (litoral paulista) afirma que há relatos de casos suspeitos em unidades próprias. A Petrobras não confirma as informações.

— “A Petrobras não vai informar quando algum colaborador tiver confirmação ou complicações decorrentes da covid-19”, informou ao Valor.

O consumo de energia entre 18 de março e 3 de abril caiu, em média, 8% nos estados brasileiros, com recuo mais acentuado no Rio Grande do Sul (-17%) e Santa Catarina (-14%), de acordo co ma CCEE.

— Nos maiores mercados, a redução foi de 9% no Paraná, de 8% em São Paulo, de 4% no Rio de Janeiro e de 3% em Minas Gerais. Contudo, é mais acentuada no fim do período analisado: em 3 de abril, média recuou 26% em São Paulo, 18% no Rio de Janeiro e 20% no Paraná. Valor

O governo tenta uma alternativa para salvar o Plano Mansueto e oferece uma ajuda emergencial de R$ 40 bilhões para estados, calculadas a partir de perdas estimadas de arrecadação.

— Projeto alternativo é negociado para evitar aprovação da versão vigente na Câmara que amplia a capacidade de endividamento dos estados e retira contrapartidas previstas no projeto original – entre elas, a abertura do mercado de gás natural e privatização de empresas locais. Folha

— Governo tenta evitar o que governo classifica como bomba fiscal – calcula que o impacto seria de R$ 55 bilhões com ampliação de empréstimos da União, totalizando R$ 222 bilhões com todas as medidas previstas de socorro aos estados.

— Texto está na Câmara dos Deputados, em regime de urgência, a partir de um substitutivo de Pedro Paulo (DEM/RJ), relator do PLP 149.

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