243 GW não-fósseis

Índia alcança 50% de participação de fontes não-fósseis na matriz elétrica

Com políticas para incentivar solar, eólica e bioenergia, país antecipa meta de 2030 para matriz elétrica

Vista aérea vertical de usina solar, com fileiras de painéis fotovoltaicos dispostos lado a lado (Foto Barney Elo/Pixabay)
Visão aérea de usina solar fotovoltaica (Foto Barney Elo/Pixabay)

BRASÍLIA — O governo indiano anunciou nesta segunda (14/7) que o país chegou ao marco de 50% de capacidade instalada de eletricidade a partir de fontes não fósseis — cinco anos antes da meta estabelecida em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para o Acordo de Paris.

Dos 484,82 GW instalados no país, 48,27% (234 GW) são renováveis, incluindo grandes hidrelétricas e mais 1,81% (8,78 GW) nuclear. A geração térmica fóssil responde pelos outros 49,92% (242 GW).

No recorte renovável, 49,38 GW correspondem a grandes hidrelétricas, enquanto 184,62 GW são referentes a fontes como solar, eólica e biomassa.

“Este marco significativo reforça o firme compromisso do país com a ação climática e o desenvolvimento sustentável, e sinaliza que a transição da Índia para energia limpa não é apenas real, mas também está acelerando sob a liderança do primeiro-ministro Shri Narendra Modi“, diz uma nota do Ministério de Energias Novas e Renováveis da Índia.

A NDC do país também traz como meta chegar a 500 GW de capacidade não fóssil até 2030 e zero emissões líquidas até 2070.

Ainda de acordo com o governo indiano, o avanço das renováveis está sendo impulsionado por programas de incentivo ao desenvolvimento de parques solares e a Política Nacional de Energia Híbrida Eólica-Solar.

Além disso, o setor da bioenergia, que antes era marginalizado, ganhou relevância tanto para os meios de subsistência rurais como para a geração de energia limpa.

“O programa Pradhan Mantri Kisan Urja Suraksha evam Utthaan Mahabhiyan (PM-KUSUM) capacitou milhares de agricultores com o fornecimento de bombas movidas a energia solar, permitindo uma agricultura sustentável e com segurança energética”, explica a nota.

“O programa PM Surya Ghar, lançado em 2024, provocou uma revolução nos telhados ao tornar a energia solar acessível às residências, promovendo a geração descentralizada de energia e empoderando os cidadãos como proprietários de energia”, completa.

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