O governo federal dos Estados Unidos anunciou que fará três leilões de óleo e gás nos próximos cinco anos. Apesar de ser o menor número da história, decisão marca uma mudança no posicionamento do presidente Joe Biden, que tinha prometido em campanha não licitar mais áreas para exploração e produção de petróleo.
Os leilões estão previstos para 2025, 2027 e 2029. Todos para blocos no Golfo do México. Não há previsão de concessão de áreas no offshore do Atlântico, Pacífico e Alasca.
As licitações serão conduzidas pelo Bureau of Ocean Energy Management (Boem), que receberá contribuições da indústria nos próximos 30 dias.
A iniciativa é chamada de National Outer Continental Shelf Oil and Gas Leasing Program (National OCS Program).
‘Menor da história’
Apesar da mudança de postura, o governo afirmou que o número de áreas licitadas é o “menor da história” e está alinhado com o objetivo da administração Biden-Harris de atingir emissões líquidas zero até 2050.
As vendas limitadas de arrendamentos de petróleo e gás, segundo nota do Departamento do Interior, permitirão a expansão do programa de arrendamentos de energia eólica offshore, apoiando o objetivo da administração de gerar 30 gigawatts de energia eólica offshore até 2030.
“A administração Biden-Harris está comprometida em construir um futuro de energia limpa que garanta a independência energética da América”, disse em comunicado a Secretária do Interior, Deb Haaland.
“O programa final proposto, que representa o menor número de vendas de arrendamentos de petróleo e gás na história, estabelece um curso para o departamento apoiar a crescente indústria de energia eólica offshore e proteger contra o potencial de danos ambientais e impactos adversos às comunidades costeiras.”
Desde 1992, nenhum plano quinquenal teve menos de 11 vendas de arrendamentos e a maioria teve de 15 a 20, de acordo com dados do Boem, divulgados pela Reuters.
O plano final terá bem menos vendas de arrendamentos do que as 47 propostas pela administração Trump em 2018, que incluíam áreas na Califórnia e no Atlântico.
A lei norte-americana exige que o Departamento do Interior crie um cronograma nacional de arrendamento de petróleo e gás a cada cinco anos. O departamento está sem um desde que o anterior expirou em junho de 2022, devido a um intenso debate sobre o programa.
O programa passará por análise ao longo de 60 dias antes de ser aprovado.